No dia 16 de outubro, o curso de Direito da ITE Botucatu fez um júri popular simulado do histórico caso Ana Rosa. Na ocasião, os alunos do quarto ano A enfrentaram os alunos do quarto ano B, entre acusação e defesa. O juiz da 1ª Vara Cível e ex-titular da Vara do Júri, Dr. Marcus Bachiega, presidiu a atividade.
Entenda o caso
Ana Rosa era casada com Francisco de Carvalho Bastos, conhecido pelo apelido de Chicuta, homem que transportava gado e tinha um ciúme doentio pela esposa. Ele cometia atos de violência moral e física, transformando a vida da mulher em um martírio.
Cansada de sofrer, ela resolveu fugir de casa, de Avaré até Botucatu. Ao chegar, pediu abrigo na casa de Fortunata Jesuína de Melo, proprietária de um cabaré.
Chicuta, louco por vingança, seguiu o rastro da esposa e, em Botucatu, contratou dois homens para matá-la. José Antônio da Silva Costa, o Costinha, e Hermenegildo Vieira do Prado, o Minigirdo.
Costinha se fez passar por um bom homem e ofereceu cobertura para Ana Rosa deixar o marido. Mal sabia ela que caminhava para uma cilada mortal.
Quando Ana Rosa chegou com Costinha nas proximidades do Rio Lavapés, avistou seu marido e se deu conta da emboscada armada contra ela.
A moça pediu a todos os santos para que não a matassem e mesmo assim os assassinos, sem piedade, consumaram o crime, esquartejando-a. Ana Rosa morreu no dia 21 de junho de 1885, aos 20 anos de idade. Era nascida no município de Avaré.
Os criminosos foram presos e condenados. Costinha, após cumprir pena, saiu e morreu esmagado quando cortava uma árvore. Minigirdo morreu na prisão, vítima de varíola.
Chicuta, em uma tarde de sexta feira, ia voltando da cidade para a fazenda quando sua carroça puxada por bois parou, de forma misteriosa.
Nervoso, ele batia nos animais, mas o carro não saía do lugar. Ao se deitar no chão para verificar as rodas do carro, os bois seguiram e as rodas separaram sua cabeça do corpo. Para muito foi a vingança de Ana Rosa.
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