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Pós-Graduação em

Direito

Titulação

Mestrado/Doutorado

Duração

2 anos/ 4 anos

Cidade

Bauru

Sobre o programa:

Programa de Mestrado foi autorizado pela Portaria MEC nº 966, de 11/07/2000. O Programa de Doutorado foi autorizado pela Portaria MEC nº 1140, de 10/09/2008. O PPGD iniciou o Mestrado em 1998 e o Doutorado em 2007. Portanto, o Programa conta com quase 20 anos (mestrado) e 10 anos (doutorado) o que...

Corpo Docente

DOCENTES – LINHA DE PESQUISA 1:
DIREITOS FUNDAMENTAIS E INCLUSÃO SOCIAL

André Luiz de Almeida Mendonça

Doutor e Mestre em Direito pela Universidade de Salamanca – USal (sua dissertação de mestrado e sua tese de doutorado receberam o pêmio extraordinário da Universidade). Professor do Programa de Doutorado em Estado de Derecho y Gobernanza Global da USal. Pesquisador e Professor Visitante de Universidade de Stetson – Estados Unidos (2015/2016). Professor do Programa de Doutorado e Mestrado em “Sistema Constitucional de Garantia de Direitos” da Instituição Toledo de Ensino – ITE. Professor de Direito do Estado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Membro do Grupo de Investigação em Justicia, Sistema Penal y Criminología – GIR/USAL. Ministro da Justiça e Segurança Pública. Ministro do Supremo Tribunal Federal.

Currículo Lattes

Cláudia Mansani Queda de Toledo

Projeto de Pesquisa: " Direito Constitucional Contemporâneo" - O grupo de pesquisa sobre o Direito Constitucional Contemporâneo tem por objetivo desenvolver a capacidade dos alunos para a realização de uma leitura rigorosa dos textos mais complexos sobre o tema, estimulando-os à reflexão e à formação de raciocínio crítico sobre o tema na linha de pesquisa em andamento: constitucionalismo e democracia, com o mister também de integrar a pesquisa entre os cursos de graduação e pós-graduação stricto sensu. A temática envolve o estudo e as reflexões a respeito da posição contramajoritária na defesa dos direitos fundamentais, de modo que seja assegurada a participação das minorias. Será objeto de estudo a fiscalização do Poder Judiciário, em busca de conciliar os valores do Estado Democrático de Direito (e a aplicação do princípio majoritário, que dele decorre) e a supremacia da Constituição Federal e a proteção dos direitos fundamentais. Discussões específicas dos julgamentos pela Corte Constitucional, com a análise dos reflexos na defesa dos direitos fundamentais.

Currículo Lattes

Claudio José Amaral Bahia

Projeto de Pesquisa: "Estado, Direito, Justiça e Sociedade sob a perspectiva da construção contemporânea da cidadania" - O projeto de pesquisa em tela tem por escopo debater as profundas e constantes alterações do pensamento democrático moderno e o respectivo reflexo na aplicação e concretização dos direitos fundamentais encampados pela Constituição Federal de 1988. Dentre tantos aspectos que devem ser ponderados, ressalta-se a importância da internacionalização do direito e os respectivos reflexos que ocasiona no ordenamento interno, bem como o crescente e preocupante amesquinhamento das garantias basilares do indivíduo a exemplo da decisão proferida pela Suprema Corte no sentido de permitir que a segregação da liberdade se inicie antes do trânsito em julgado do processo condenatório. Passar-se, também, pela reflexão sobre o Estado de Direito e o controle do poder; o condicionamento do direito administrativo pelos direitos fundamentais; a leitura moral da Constituição e constitucionalização do Direito; a pessoa humana como paradigma do ordenamento jurídico brasileiro. Em relação ao último tema, far-se-á uma ligação entre a tutela da pessoa humana e os instrumentos constitucionais e legais colocados à disposição do indivíduo; estudar-se-á o conceito de justiça e sua realização como valor social e político. Por fim, serão debatidos, exemplificativamente, alguns dos alcunhados “casos difíceis” (hard cases), distinguindo-os daqueles ditos rotineiros (ou fáceis).

Currículo Lattes

Eliana Franco Neme 

Projeto de Pesquisa: "Minorias e Constituição Federal" - A preocupação com a capacidade e a aptidão técnica que o sistema constitucional de garantia de direitos possui para produzir efeitos jurídicos, é uma constante para os estudiosos do direito, não apenas pela consciência que possuem de que apenas a real aplicação da constituição de 1988 poderá levar à implementação do estado social e Democrático de Direito almejado pelo constituinte, mas, e especialmente porque é na efetivação dos direitos contra majoritários que se evidencia a essencial tarefa dos que se preocupam com a dignidade da pessoa humana no início do século XXI.

Com a implantação da Carta de 1988, renovaram-se as esperanças jurídicas, e hoje, quase 30 anos depois de sua promulgação, ainda podemos notar que muitos dos ideais constitucionais permanecem albergados no longínquo horizonte conhecido plano dos projetos que não se concretizam, das normas que não se aplicam, das leis que “não pegam”, e que ameaçam permanentemente transformar o texto em uma Mera folha de papel, ao arrepio dos nossos sonhos mais inclusivos e democráticos.

Na exata medida de que a construção e o reconhecimento de direitos é processo de permanente construção, nos preocupamos nesta pesquisa com as nuances relacionadas com a efetiva proteção das maiorias e dos grupos vulneráveis em um contexto histórico de globalização e exacerbação do individualismo. A dúvida que nos movimenta é a de descobrir dentro deste plano atual de modernidade liquida valores capazes de se colocares como vértice e denominador comum para a proteção dos direitos e a preservação dos valores inerentes à identidade.

Currículo Lattes

José Cláudio Domingues Moreira 

Projeto de Pesquisa: "Direito Civil Constitucional" - A finalidade deste projeto de pesquisa tem como escopo analisar, estudar e refletir a respeito do Direito Civil Constitucional que implica na tendência da constitucionalização do Direito Privado. É inegável que os princípios constitucionais orientam as relações privadas, as relações do Estado e os indivíduos. Neste sentido, o Direito Privado regulamenta as normas que regem as relações entre particulares. Ato contínuo, o Direito Público sempre se preocupou com as relações entre particulares e o Estado, assim como, o Direito Constitucional possui princípios que se irradiam para todos os ângulos do Direito. A Constituição Federal de 1988 possibilitou a constitucionalização do Direito Civil, aproximando o Direito Privado, o Direito Público e o Direito Constitucional. Assim sendo, os direitos da personalidade, os reflexos da dignidade da pessoa humana nas relações familiares, a defesa do consumidor, do idoso, da propriedade, a vedação a discriminação, a inclusão social, a defesa das minorias, o direito de moradia, a defesa da pessoa portadora de necessidades especiais, dentre outros, são temas constitucionais fundamentais que nortearam a elaboração do atual Código Civil, do mesmo modo que o fez deixar de ter o patrimônio como eixo central deste sistema jurídico para então dar lugar à pessoa e à dignidade, como norma que legitima todo sistema infraconstitucional. O Código Civil de 2002 há que ser compreendido à luz da dignidade da pessoa humana e da solidariedade social. Para tanto, os estudos do direito da personalidade, do Direito de Família, da função social do contrato recebem luz emanada dos princípios constitucionais possibilitando o estudo das relações privadas sob essa égide.

Currículo Lattes

José Roberto Anselmo 

Projeto de Pesquisa: “Direito e Novas Tecnologias” - O presente grupo de pesquisa tem por objetivo debater e pesquisar as questões relativas à efetivação de direitos através da utilização de novas tecnologias. No mundo atual cada vez mais somos consumidores de tecnologia que se encontra presente em todos os momentos de nossa vida. Assim é inegável que o acesso à própria tecnologia, em muitos casos, se constitui em um verdadeiro direito a ser efetivado. O grupo, portanto, deverá realizar pesquisas sobre a relação entre o direito e o acesso às tecnologias.

Na relação entre direito e tecnologia é inegável que existe uma infinidade de situações a serem debatidas. Assim, as relações de consumo, por exemplo, cada vez mais se desenvolvem em ambiente eletrônico, o que pode importar muitas vezes a eliminação de situações presenciais, o que pode gera uma série de problema no campo do direito consumerista. No campo da efetivação do direito fundamental à saúde, a tecnologia se transformou em uma especial aliada, sendo responsável pela efetivação desse direito. Em relação às comunicações o campo relativo a efetivação e proteção dos direitos é vastíssimo, passando pelo acesso à informação, proteção da privacidade e intimidade das pessoas, inclusão digital, educação, trabalho, relacionamentos interpessoais, lazer, entre outras situações. Nesse sentido, revela-se fundamental a discussão sobre a relação entre o direito e as tecnologias.

Currículo Lattes

Luiz Nunes Pegoraro 

Projeto de Pesquisa: "Políticas Públicas e Inclusão Social" - O presente projeto de pesquisa tem por desiderato analisar como os sistemas eleitorais e as formas de governo impactam nas políticas públicas, considerando o direito ao sufrágio e a probidade administrativa exigida pelo constituinte originário. A discussão será iniciada com o debate sobre o processo de redemocratização e a Assembleia Nacional Constituinte. Na sequência, pretende-se analisar o sistema político brasileiro e o presidencialismo de coalizão. Refletir-se-á acerca das desigualdades sociais e do patrimonialismo. Após, serão debatidas as políticas sociais e o comportamento político. Será avaliado o papel do poder no sistema político brasileiro, além da figura das instituições de controle e a judicialização da política brasileira. Por fim, serão discutidas as políticas públicas no presidencialismo brasileiro, sempre visando à concretização de direitos.

Currículo Lattes

Pietro de Jesus Lora Alarcon 

Projeto de Pesquisa: "Cortes constitucionais na América Latina - análise da interpretação e aplicação do direito no "Estado de coisas inconstitucionais"" - Consiste em um conjunto sistemático de atividades de pesquisa, análises, estudos e diagnósticos sobre tema de relevância social indiscutível. O Projeto tem como suporte o texto normativo da Constituição Federal promulgada em 1988; os tratados de direitos humanos - especialmente aqueles ratificados pelo Estado brasileiro -; a doutrina nacional e estrangeira; as decisões das Cortes Constitucionais da América Latina das quais pode se desprender a caracterização de um estado de coisas inconstitucional, discutindo a interpretação/aplicação do Direito realizada, e finalmente, a promoção de políticas públicas destinadas à superação da problemática grave de direitos humanos na região que pautaram essas decisões.

Currículo Lattes

Ruth Maria Junqueira de Andrade Pereira e Silva

Colíder no projeto de pesquisa do Prof. José Cláudio Domingues Moreira

Projeto de Pesquisa: "Direito Civil Constitucional" - A finalidade deste projeto de pesquisa tem como escopo analisar, estudar e refletir a respeito do Direito Civil Constitucional que implica na tendência da constitucionalização do Direito Privado. É inegável que os princípios constitucionais orientam as relações privadas, as relações do Estado e os indivíduos. Neste sentido, o Direito Privado regulamenta as normas que regem as relações entre particulares. Ato contínuo, o Direito Público sempre se preocupou com as relações entre particulares e o Estado, assim como, o Direito Constitucional possui princípios que se irradiam para todos os ângulos do Direito. A Constituição Federal de 1988 possibilitou a constitucionalização do Direito Civil, aproximando o Direito Privado, o Direito Público e o Direito Constitucional. Assim sendo, os direitos da personalidade, os reflexos da dignidade da pessoa humana nas relações familiares, a defesa do consumidor, do idoso, da propriedade, a vedação a discriminação, a inclusão social, a defesa das minorias, o direito de moradia, a defesa da pessoa portadora de necessidades especiais, dentre outros, são temas constitucionais fundamentais que nortearam a elaboração do atual Código Civil, do mesmo modo que o fez deixar de ter o patrimônio como eixo central deste sistema jurídico para então dar lugar à pessoa e à dignidade, como norma que legitima todo sistema infraconstitucional. O Código Civil de 2002 há que ser compreendido à luz da dignidade da pessoa humana e da solidariedade social. Para tanto, os estudos do direito da personalidade, do Direito de Família, da função social do contrato recebem luz emanada dos princípios constitucionais possibilitando o estudo das relações privadas sob essa égide.

Currículo Lattes

Walter Claudius Rotenburg 

Projeto de Pesquisa: "Direitos sociais em âmbito interno e internacional" - Discutir criticamente o perfil jurídico dos direitos sociais, por meio de um levantamento doutrinário das características dessa espécie de direitos; arrolar as principais normas jurídicas sobre direitos sociais no âmbito interno (Brasil) e internacional, por meio de um levantamento da legislação; verificar a efetiva afirmação dos direitos sociais em políticas públicas, por meio de um levantamento de informações no âmbito nacional e internacional e coletar jurisprudência a respeito dos direitos sociais, por meio de pesquisa nos tribunais superiores do Brasil e em cortes internacionais.

Currículo Lattes

DOCENTES – LINHA DE PESQUISA 2:
GARANTIA DE ACESSO À JUSTIÇA E CONCRETIZAÇÃO DE DIREITOS

Fábio Alexandre Coelho 

Projeto de Pesquisa: "Concretização de direitos trabalhistas e previdenciários" - Este projeto de pesquisa tem como meta principal o estudo de mecanismos que possamos auxiliar na concretização de direitos trabalhistas e previdenciários.

O suporte principal para os estudos que serão desenvolvidos será o direito processual, num enfoque predominantemente constitucional, mas também buscaremos trabalhar com mecanismos que impeçam a lesão dos direitos trabalhistas e previdenciários, como é o caso da fiscalização efetiva das empresas terceirizadas, que costumam violar os direitos sociais de seus empregados.

Na abordagem referente ao Direito Previdenciário, buscaremos, sobretudo, fazer uma leitura dos diferentes regimes previdenciários à luz do texto constitucional e da previsão de que a competência para legislar a respeito do assunto é concorrente, o que impõe que os demais entes federativos observem às normas de caráter geral impostas pela União, o que nem sempre ocorre no âmbito dos regimes próprios de previdência social, provocando, com isso, muitas vezes, uma verdadeira corrosão da proteção social.

Também pretendemos realizar estudos a respeito da estrutura das normas jurídicas previdenciárias, uma vez que as constantes alterações legislativas acabam criando antinomias que, por sua vez, prejudicam a sua correta interpretação e aplicação, afetando, consequentemente, a sua efetividade.

Por fim, pretendemos trabalhar com as propostas de modificações que possivelmente alcançarão o direito previdenciário neste ano e nos próximos anos, notadamente no que se refere à sua constitucionalidade.

No que se refere ao direito e ao processo do trabalho, pretendemos analisá-los também sob a ótica da efetividade, dando especial enfoque para os mecanismos que possam evitar que sejam violados, pois nem sempre há como obter a satisfação dos direitos reconhecidos judicialmente em razão das dificuldades financeiras enfrentadas pelas empresas, impondo-se, assim, a adoção de instrumentos que evitem que os direitos sociais sejam lesionados.

Aproveitando o advento do Novo Código de Processo Civil, estudaremos de maneira crítica a sua aplicação subsidiária ao processo do trabalho. Para tanto, utilizaremos como norte o princípio do devido processo legal e a necessidade de obtenção de uma tutela jurisdicional justa, adequada e tempestiva, elementos essenciais numa abordagem constitucional do tema, a fim de que possamos aferir se os meios existentes são suficientes para a prestação adequada da tutela jurisdicional e, em caso negativo, oferecer sugestões para o seu aperfeiçoamento.

Currículo Lattes

Georghio Alessandro Tomelin 

É graduado em direito pela PUC/SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e doutor em direito do Estado pela FADUSP (Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo). Foi professor de diversos cursos de graduação e pós-graduação, sendo hoje Professor dos Programas de Mestrado e Doutorado da ITE-Bauru (Instituição Toledo de Ensino). Suas linhas de pesquisa estão na área “Alteridade, Dissimetrias e Heterotopias no Direito”, que representam uma continuidade do estudo desenvolvido em seu livro “O Estado Jurislador”, no qual debate o absolutismo jurídico no Brasil atual, onde os poderes cruzam suas funções e trocam de posição. É professor da disciplina “Paridade, Inclusão e Alteridade” na ITE-Bauru. Tem inúmeros artigos e pareceres publicados em várias revistas especializadas (RTDP, RDA, etc), todos na área do direito público. Atua também como advogado, consultor e parecerista jurídico, estando hoje nomeado como Conselheiro Jurídico do Governo Francês no Brasil (“Avocat-conseil auprès du Consulat Général de France à São Paulo”). É coordenador do “Núcleo de Combate à Criminalização da Advocacia” e membro efetivo da “Comissão de Direitos e Prerrogativas”, ambos da OAB/SP (Ordem dos Advogados do Brasil).

Currículo Lattes

José Luiz Ragazzi

Projeto de Pesquisa: Com a promulgação do Novo Código de Processo Civil brasileiro em 2015 que trouxe pela primeira vez  em seu bojo o instituto dos precedentes judicias, se torna necessário que verifiquemos qual a eficácia das decisões judiciais de primeiro grau, bem como da importância dos precedentes para a efetividade da tutela jurisdictional em nosso país.

Currículo Lattes

Roberta Cristina Paganini Toledo 

Graduada em direito (1994) e administração de empresas (1995) pela Instituição Toledo de Ensino, Mestre (2006) e Doutora (2016) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Atualmente é professora de cursos de graduação e pós-graduação. Professora do Programa de Mestrado e Doutorado em “Sistema Constitucional de Garantia de Direitos” da Instituição Toledo de Ensino – ITE. Suas linhas de pesquisas estão nas áreas da fundamentalidade formal e material do direito à moradia: necessária expansão da normatividade e da construção de estruturas relacionais multifacetadas de interpretação, aplicação e efetividade dos direitos fundamentais na bioética e no biodireito (biolaw).

Currículo Lattes 

Sérgio Tibiriça Amaral 

Projeto de Pesquisa: "Acesso à Corte Interamericana de Direitos Humanos e Concretização de Direitos no Controle de Convencionalidade" - O projeto de pesquisa em tela tem por escopo examinar as possibilidades e funcionamento do Sistema Interamericano de Direitos Humanos, formado pela Comissão IDH com sede em Washington e pela Corte IDH localizada em San José da Costa Rica, que servem para a concretização de direitos humanos quando ocorrem falhas internas dentro dos países membros. Para tanto, a Jurisdição Internacional garante o acesso à Justiça Transnacional, desde que sejam preenchidos alguns requisitos, entre os quais que o País americano seja signatário do Pacto de San José da Costa Rica e ocorra o esgotamento interno dos recursos judiciais, entre outros. Os relatórios e pareceres da Comissão devem ser focados com base nas linhas do Estado Democrático de Direito buscando assegurar, inicialmente, os direitos previstos nos tratados da OEA. Os relatórios serão examinados no Grupo, em especial os destinados à efetivar direitos. A Comissão, além dos relatórios, também abre obrigatoriamente a etapa judicial das denúncias, ou seja, o Sistema começa na Comissão, que faz juízo de admissibilidade das denúncias apresentadas. Importante ressaltar que esse órgão não judicial alcança todos os Estados da Organização dos Estados Americanos. Nesse contexto, dentre os escopos da Jurisdição Transnacional, revela-se imprescindível a análise dos julgamentos efetivados pelo tribunal localizado em San José da Costa Rica. O Sistema Interamericano de Direitos Humanos é de grande importância para proteção dos direitos fundamentais do homem, funcionando o controle de convencionalidade como um fiscal da respeitabilidade por parte dos Estados-parte da OEA em relação aos direitos humanos ou fundamentais que eles se obrigaram proteger. Trata-se de uma instância superior, supranacional, que visa a aceleração da proteção por um mecanismo supranacional, sempre respeitando como regra o esgotamento dos recursos internos. A Corte como órgão jurisdicional de proteção complementar aos direitos humanos nos países membros do Pacto de San José, como o caso do Brasil. No trabalho da Corte há uma competência contenciosa, na qual o controle de convencionalidade pode determinar que um Estado-membro revogue sua norma.

Currículo Lattes


Grade Curricular

MESTRADO

Disciplinas obrigatórias - 04 (quatro), que correspondem a 16 créditos (quatro créditos por disciplina).

  1. Teoria Geral da Constituição
  2. Teoria Geral do Direito
  3. Filosofia do Direito
  4. Jurisdição Constitucional 

Disciplinas optativas - 03 (três), que correspondem a 12 créditos (quatro créditos por disciplina). 

  1. Federalismo e  Direitos  Fundamentais – Direito Material; Processo Constitucional e Federação – Direito Processual
  2. Garantias Materiais do Indivíduo na Constituição Federal – Direito Material; Acesso à Justiça e Concretização de Direitos
  3. Liberdade de informação e sua efetividade - aspectos processuais; Liberdade de informação e sua efetividade - aspectos  materiais

DOUTORADO

Seminários específicos de qualificação: 02 (dois) seminários correspondentes a 06 créditos (três créditos por seminário).

  1. Constitucionalismo, Democracia, Procedimento e Substância
  2. Paridade, Inclusão e Alteridade

Seminários obrigatórios comuns de qualificação: 02 (dois) seminários correspondentes a 10 créditos (cinco créditos por seminário).

  1. Igualdades e Diferenças na Teoria Geral do Direito – Direito Material; Direitos Procedimentais na Teoria Geral do Direito – Direito Processual
  2. Direito à Saúde e seus Limites Contingentes – Aspectos Materiais; Direito à Saúde e seus Limites Contingentes – Aspectos Processuais

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

Mestrado
Para obter o título de Mestre o acadêmico deverá ter completado, no mínimo, 32 créditos. A cada disciplina cursada serão concedidos 04 créditos. Cada disciplina tem uma duração de 32 horas aula.

Os créditos são distribuídos da seguinte maneira:

Total de disciplinas a cursar: 08 (oito), que correspondem a 32 créditos.
I – Disciplinas obrigatórias: 04 (quatro), que correspondem a 16 créditos.
II – Disciplinas optativas: 03 (três), que correspondem a 12 créditos.
III – Tópicos especiais: que correspondem a 02 créditos.
IV – Pesquisa orientada e defesa de dissertação: 02 créditos.

A conclusão das disciplinas, a orientação e o depósito da dissertação devem ocorrer em até 24 (vinte e quatro) meses.

Doutorado
Para a obtenção do título de Doutor, o Mestre deverá completar um total de 64 créditos. A cada seminário comum a ambas linhas de pesquisa, serão atribuídos cinco créditos; a cada seminário específico da linha de pesquisa, serão atribuídos três créditos.

Os créditos são distribuídos da maneira seguinte:

I – Créditos obtidos pelo cumprimento do programa de mestrado: 32 créditos.
II – Seminários obrigatórios comuns de qualificação: 02 (dois) seminários correspondentes a 10 créditos (cinco para cada seminário).
III – Seminários específicos de qualificação: 02 (dois) seminários correspondentes a 06 créditos (três créditos por seminário).
IV – Exame de qualificação: 04 créditos.
V – Seminários de pesquisa orientada: 10 créditos.
VI – Depósito e defesa de tese: 02 créditos.

A conclusão dos seminários, orientação, banca de qualificação tese e depósito da dissertação devem ocorrer em até 36 (trinta e seis) meses


Linhas de Pesquisa

Área de Concentração e Linhas de Pesquisa
O Programa de Mestrado em Direito compreende 1 (uma) área de concentração e 2 (duas) linhas de pesquisa.

Área de Concentração: SISTEMA CONSTITUCIONAL DE GARANTIA DE DIREITOS

Linhas de Pesquisa:

Linha 1 – Direitos fundamentais e inclusão social

Linha 2 – Garantia de acesso à justiça e concretização de direitos


Grupos de Pesquisa

Nome do grupo: A eficácia das decisões judiciais no Brasil e a importância dos precedentes judiciais
Ano de formação: 2018
LÍDER(ES) DO GRUPO: JOSÉ LUIZ RAGAZZI / Colider: THIAGO MUNARO GARCIA

O presente projeto de pesquisa visa o estudo da atuação do Poder Judiciário na efetivação da jurisdição; o peso de suas decisões e a importância dos precedentes judiciais. Tem a finalidade de elaboração de artigos cientificos visando a disseminação da necessidade de uma atuação visando dar efetividade à Tutela Jurisdicional brasileira.

Nome do grupo: Acesso à Corte Interamericana de Direitos Humanos e Concretização de Direitos no Controle de Convencionalidade
Ano de formação: 2017
LÍDER(ES) DO GRUPO: SÉRGIO TIBIRIÇÁ AMARAL

O projeto de pesquisa em tela tem por escopo examinar as possibilidades e funcionamento do Sistema Interamericano de Direitos Humanos, formado pela Comissão IDH com sede em Washington e pela Corte IDH localizada em San José da Costa Rica, que servem para a concretização de direitos humanos quando ocorrem falhas internas dentro dos países membros. Para tanto, a Jurisdição Internacional garante o acesso à Justiça Transnacional, desde que sejam preenchidos alguns requisitos, entre os quais que o País americano seja signatário do Pacto de San José da Costa Rica e ocorra o esgotamento interno dos recursos judiciais, entre outros. Os relatórios e pareceres da Comissão devem ser focados com base nas linhas do Estado Democrático de Direito buscando assegurar, inicialmente, os direitos previstos nos tratados da OEA. Os relatórios serão examinados no Grupo, em especial os destinados à efetivar direitos. A Comissão, além dos relatórios, também abre obrigatoriamente a etapa judicial das denúncias, ou seja, o Sistema começa na Comissão, que faz juízo de admissibilidade das denúncias apresentadas. Importante ressaltar que esse órgão não judicial alcança todos os Estados da Organização dos Estados Americanos. Nesse contexto, dentre os escopos da Jurisdição Transnacional, revela-se imprescindível a análise dos julgamentos efetivados pelo tribunal localizado em San José da Costa Rica. O Sistema Interamericano de Direitos Humanos é de grande importância para proteção dos direitos fundamentais do homem, funcionando o controle de convencionalidade como um fiscal da respeitabilidade por parte dos Estados-parte da OEA em relação aos direitos humanos ou fundamentais que eles se obrigaram proteger. Trata-se de uma instância superior, supranacional, que visa a aceleração da proteção por um mecanismo supranacional, sempre respeitando como regra o esgotamento dos recursos internos. A Corte como órgão jurisdicional de proteção complementar aos direitos humanos nos países membros do Pacto de San José, como o caso do Brasil. No trabalho da Corte há uma competência contenciosa, na qual o controle de convencionalidade pode determinar que um Estado-membro revogue sua norma.

Nome do grupo: Alteridade, Dissimetrias e Heterotopias no Direito
Ano de formação: 2020
LÍDER(ES) DO GRUPO: GEORGHIO ALESSANDRO TOMELIN / Colider ANTONIO JOSÉ FRANCO DE SOUZA PÊCEGO

O presente projeto de pesquisa visa discutir as condicionantes da igualdade formal no direito a partir do pensamento de Michel Foucault e outros autores que debatem a hermenêutica do sujeito. Analisando-se historicamente a igualdade, a partir do que oprime e do que liberta, é que pretendemos reler a obra de Michel Foucault, nos exatos pontos em que aponta a dissimetria que tomou conta da aplicação abstrusa e exagerada das regras do direito.

Nome do grupo: Concretização de direitos trabalhistas e previdenciários
Ano de formação: 2016
LÍDER(ES) DO GRUPO:
 FÁBIO ALEXANDRE COELHO

Este projeto de pesquisa tem como meta principal o estudo de mecanismos que possamos auxiliar na concretização de direitos trabalhistas e previdenciários.

O suporte principal para os estudos que serão desenvolvidos será o direito processual, num enfoque predominantemente constitucional, mas também buscaremos trabalhar com mecanismos que impeçam a lesão dos direitos trabalhistas e previdenciários, como é o caso da fiscalização efetiva das empresas terceirizadas, que costumam violar os direitos sociais de seus empregados.

Na abordagem referente ao Direito Previdenciário, buscaremos, sobretudo, fazer uma leitura dos diferentes regimes previdenciários à luz do texto constitucional e da previsão de que a competência para legislar a respeito do assunto é concorrente, o que impõe que os demais entes federativos observem às normas de caráter geral impostas pela União, o que nem sempre ocorre no âmbito dos regimes próprios de previdência social, provocando, com isso, muitas vezes, uma verdadeira corrosão da proteção social.

Também pretendemos realizar estudos a respeito da estrutura das normas jurídicas previdenciárias, uma vez que as constantes alterações legislativas acabam criando antinomias que, por sua vez, prejudicam a sua correta interpretação e aplicação, afetando, consequentemente, a sua efetividade.

Por fim, pretendemos trabalhar com as propostas de modificações que possivelmente alcançarão o direito previdenciário neste ano e nos próximos anos, notadamente no que se refere à sua constitucionalidade.

No que se refere ao direito e ao processo do trabalho, pretendemos analisá-los também sob a ótica da efetividade, dando especial enfoque para os mecanismos que possam evitar que sejam violados, pois nem sempre há como obter a satisfação dos direitos reconhecidos judicialmente em razão das dificuldades financeiras enfrentadas pelas empresas, impondo-se, assim, a adoção de instrumentos que evitem que os direitos sociais sejam lesionados.

Aproveitando o advento do Novo Código de Processo Civil, estudaremos de maneira crítica a sua aplicação subsidiária ao processo do trabalho. Para tanto, utilizaremos como norte o princípio do devido processo legal e a necessidade de obtenção de uma tutela jurisdicional justa, adequada e tempestiva, elementos essenciais numa abordagem constitucional do tema, a fim de que possamos aferir se os meios existentes são suficientes para a prestação adequada da tutela jurisdicional e, em caso negativo, oferecer sugestões para o seu aperfeiçoamento.

Nome do grupo: Cortes constitucionais na América Latina - análise da interpretação e aplicação do direito no "Estado de coisas inconstitucionais
Ano de formação: 2012
LÍDER(ES) DO GRUPO: PIETRO DE JESUS LORA ALARCON

Consiste em um conjunto sistemático de atividades de pesquisa, análises, estudos e diagnósticos sobre tema de relevância social indiscutível. O Projeto tem como suporte o texto normativo da Constituição Federal promulgada em 1988; os tratados de direitos humanos - especialmente aqueles ratificados pelo Estado brasileiro -; a doutrina nacional e estrangeira; as decisões das Cortes Constitucionais da América Latina das quais pode se desprender a caracterização de um estado de coisas inconstitucional, discutindo a interpretação/aplicação do Direito realizada, e finalmente, a promoção de políticas públicas destinadas à superação da problemática grave de direitos humanos na região que pautaram essas decisões.

Nome do grupo: Direito Civil Constitucional
Ano de formação: 2016
LÍDER(ES) DO GRUPO: JOSÉ CLÁUDIO DOMINGUES MOREIRA / Colider: RUTH MARIA JUNQUEIRA DE ANDRADE PEREIRA E SILVA

A finalidade deste projeto de pesquisa tem como escopo analisar, estudar e refletir a respeito do Direito Civil Constitucional que implica na tendência da constitucionalização do Direito Privado. É inegável que os princípios constitucionais orientam as relações privadas, as relações do Estado e os indivíduos. Neste sentido, o Direito Privado regulamenta as normas que regem as relações entre particulares. Ato contínuo, o Direito Público sempre se preocupou com as relações entre particulares e o Estado, assim como, o Direito Constitucional possui princípios que se irradiam para todos os ângulos do Direito. A Constituição Federal de 1988 possibilitou a constitucionalização do Direito Civil, aproximando o Direito Privado, o Direito Público e o Direito Constitucional. Assim sendo, os direitos da personalidade, os reflexos da dignidade da pessoa humana nas relações familiares, a defesa do consumidor, do idoso, da propriedade, a vedação a discriminação, a inclusão social, a defesa das minorias, o direito de moradia, a defesa da pessoa portadora de necessidades especiais, dentre outros, são temas constitucionais fundamentais que nortearam a elaboração do atual Código Civil, do mesmo modo que o fez deixar de ter o patrimônio como eixo central deste sistema jurídico para então dar lugar à pessoa e à dignidade, como norma que legitima todo sistema infraconstitucional. O Código Civil de 2002 há que ser compreendido à luz da dignidade da pessoa humana e da solidariedade social. Para tanto, os estudos do direito da personalidade, do Direito de Família, da função social do contrato recebem luz emanada dos princípios constitucionais possibilitando o estudo das relações privadas sob essa égide.

Nome do grupo: Direito e Novas Tecnologias
Ano de formação: 2016
LÍDER(ES) DO GRUPO: JOSÉ ROBERTO ANSELMO

O presente grupo de pesquisa tem por objetivo debater e pesquisar as questões relativas à efetivação de direitos através da utilização de novas tecnologias. No mundo atual cada vez mais somos consumidores de tecnologia que se encontra presente em todos os momentos de nossa vida. Assim é inegável que o acesso à própria tecnologia, em muitos casos, se constitui em um verdadeiro direito a ser efetivado. O grupo, portanto, deverá realizar pesquisas sobre a relação entre o direito e o acesso às tecnologias.

Na relação entre direito e tecnologia é inegável que existe uma infinidade de situações a serem debatidas. Assim, as relações de consumo, por exemplo, cada vez mais se desenvolvem em ambiente eletrônico, o que pode importar muitas vezes a eliminação de situações presenciais, o que pode gera uma série de problema no campo do direito consumerista. No campo da efetivação do direito fundamental à saúde, a tecnologia se transformou em uma especial aliada, sendo responsável pela efetivação desse direito. Em relação às comunicações o campo relativo a efetivação e proteção dos direitos é vastíssimo, passando pelo acesso à informação, proteção da privacidade e intimidade das pessoas, inclusão digital, educação, trabalho, relacionamentos interpessoais, lazer, entre outras situações. Nesse sentido, revela-se fundamental a discussão sobre a relação entre o direito e as tecnologias.

Nome do grupo: Direitos sociais em âmbito interno e internacional
Ano de formação: 2017
LÍDER(ES) DO GRUPO: WALTER CLAUDIUS ROTHENBURG / Colider: TATIANA STROPPA

Discutir criticamente o perfil jurídico dos direitos sociais, por meio de um levantamento doutrinário das características dessa espécie de direitos; arrolar as principais normas jurídicas sobre direitos sociais no âmbito interno (Brasil) e internacional, por meio de um levantamento da legislação; verificar a efetiva afirmação dos direitos sociais em políticas públicas, por meio de um levantamento de informações no âmbito nacional e internacional e coletar jurisprudência a respeito dos direitos sociais, por meio de pesquisa nos tribunais superiores do Brasil e em cortes internacionais.

Nome do grupo: Estado, Direito, Justiça e Sociedade sob a perspectiva da construção contemporânea da cidadania
Ano de formação: 2015
LÍDER(ES) DO GRUPO: CLAUDIO JOSÉ AMARAL BAHIA / Colider ANDRÉ MURILO PARENTE NOGUEIRA

O projeto de pesquisa em tela tem por escopo debater as profundas e constantes alterações do pensamento democrático moderno e o respectivo reflexo na aplicação e concretização dos direitos fundamentais encampados pela Constituição Federal de 1988. Dentre tantos aspectos que devem ser ponderados, ressalta-se a importância da internacionalização do direito e os respectivos reflexos que ocasiona no ordenamento interno, bem como o crescente e preocupante amesquinhamento das garantias basilares do indivíduo a exemplo da decisão proferida pela Suprema Corte no sentido de permitir que a segregação da liberdade se inicie antes do trânsito em julgado do processo condenatório. Passar-se, também, pela reflexão sobre o Estado de Direito e o controle do poder; o condicionamento do direito administrativo pelos direitos fundamentais; a leitura moral da Constituição e constitucionalização do Direito; a pessoa humana como paradigma do ordenamento jurídico brasileiro. Em relação ao último tema, far-se-á uma ligação entre a tutela da pessoa humana e os instrumentos constitucionais e legais colocados à disposição do indivíduo; estudar-se-á o conceito de justiça e sua realização como valor social e político. Por fim, serão debatidos, exemplificativamente, alguns dos alcunhados “casos difíceis” (hard cases), distinguindo-os daqueles ditos rotineiros (ou fáceis).

Nome do grupo: Minorias e Constituição Federal
Ano de formação: 2016
LÍDER(ES) DO GRUPO: ELIANA FRANCO NEME

A preocupação com a capacidade e a aptidão técnica que o sistema constitucional de garantia de direitos possui para produzir efeitos jurídicos, é uma constante para os estudiosos do direito, não apenas pela consciência que possuem de que apenas a real aplicação da constituição de 1988 poderá levar à implementação do estado social e Democrático de Direito almejado pelo constituinte, mas, e especialmente porque é na efetivação dos direitos contra majoritários que se evidencia a essencial tarefa dos que se preocupam com a dignidade da pessoa humana no início do século XXI.

Com a implantação da Carta de 1988, renovaram-se as esperanças jurídicas, e hoje, quase 30 anos depois de sua promulgação, ainda podemos notar que muitos dos ideais constitucionais permanecem albergados no longínquo horizonte conhecido plano dos projetos que não se concretizam, das normas que não se aplicam, das leis que “não pegam”, e que ameaçam permanentemente transformar o texto em uma Mera folha de papel, ao arrepio dos nossos sonhos mais inclusivos e democráticos.

Na exata medida de que a construção e o reconhecimento de direitos é processo de permanente construção, nos preocupamos nesta pesquisa com as nuances relacionadas com a efetiva proteção das maiorias e dos grupos vulneráveis em um contexto histórico de globalização e exacerbação do individualismo. A dúvida que nos movimenta é a de descobrir dentro deste plano atual de modernidade liquida valores capazes de se colocares como vértice e denominador comum para a proteção dos direitos e a preservação dos valores inerentes à identidade.

Nome do grupo: Políticas Públicas e Inclusão Social
Ano de formação: 2016
LÍDER(ES) DO GRUPO: LUIZ NUNES PEGORARO

O presente projeto de pesquisa tem por desiderato analisar como os sistemas eleitorais e as formas de governo impactam nas políticas públicas, considerando o direito ao sufrágio e a probidade administrativa exigida pelo constituinte originário. A discussão será iniciada com o debate sobre o processo de redemocratização e a Assembleia Nacional Constituinte. Na sequência, pretende-se analisar o sistema político brasileiro e o presidencialismo de coalizão. Refletir-se-á acerca das desigualdades sociais e do patrimonialismo. Após, serão debatidas as políticas sociais e o comportamento político. Será avaliado o papel do poder no sistema político brasileiro, além da figura das instituições de controle e a judicialização da política brasileira. Por fim, serão discutidas as políticas públicas no presidencialismo brasileiro, sempre visando à concretização de direitos.

Nome do grupo: Direito Constitucional Contemporâneo
Ano de formação: 2017
LÍDER(ES) DO GRUPO: CLÁUDIA MANSANI QUEDA DE TOLEDO / Colider LIVIA PELLI PALUMBO 

O grupo de pesquisa sobre o Direito Constitucional Contemporâneo tem por objetivo desenvolver a capacidade dos alunos para a realização de uma leitura rigorosa dos textos mais complexos sobre o tema, estimulando-os à reflexão e à formação de raciocínio crítico sobre o tema na linha de pesquisa em andamento: constitucionalismo e democracia, com o mister também de integrar a pesquisa entre os cursos de graduação e pós-graduação stricto sensu. 

A temática envolve o estudo e as reflexões a respeito da posição contramajoritária na defesa dos direitos fundamentais, de modo que seja assegurada a participação das minorias.

Será objeto de estudo a fiscalização do Poder Judiciário, em busca de conciliar os valores do Estado Democrático de Direito (e a aplicação do princípio majoritário, que dele decorre) e a supremacia da Constituição Federal e a proteção dos direitos fundamentais.

Discussões específicas dos julgamentos pela Corte Constitucional, com a análise dos reflexos na defesa dos direitos fundamentais.

Nome do grupo: Federalismo e a Efetivação dos Direitos Fundamentais
Ano de formação: 2021
LÍDER(ES) DO GRUPO: JOSÉ ROBERTO ANSELMO

O presente grupo de pesquisa busca avaliar o impacto do federalismo na efetivação de direitos fundamentais por meio dessas políticas públicas, bem como discutir assuntos relativos ao federalismo brasileiro (sua formação, possíveis alterações, impactos, entre outros assuntos relacionados às características do federalismo)


Infraestrutura:


Publicações Científicas do PPGD

Precedentes judiciais obrigatórios: à luz da teoria pura do direito
Autores
Luís Guilherme Soares Maziero
Editora
Juruá
Edição
2019

Curso de Direito Constitucional
Autores
Vidal Serrano Nunes Junior e Luiz Alberto David Araujo
Editora
Verbatim
Edição
2016 (21ª)

A multifacetariedade dos direitos fundamentais no Neoconstitucionalismo
Organizadores (discentes do Programa)
Jurandir José dos Santos e Ermenegildo Nava
Editora
Redige
Edição
2015

Educação: uma nova perspectiva para o Estado Democrático de Direito brasileiro
Autor
Cláudia Mansani Queda de Toledo
Edição
2015

Curso de Direito Constitucional
Autores
Vidal Serrano Nunes Junior (docente) e Luiz Alberto David Araujo
Editora
Verbatim
Edição
2015 (20ª)

Direito Constitucional
Autor
José Roberto Anselmo (docente)
Editora
Spessotto
Edição
2015

Mandado de Segurança
Autores (livro)
Docente Vidal Serrano Nunes Júnior e Marcelo Sciorilli
Editora
Verbatim
Edição
2014

De Jure - Revista Jurídica
Organizadores (coletânea) (discente do Programa)
Aline Leite Viana Dilly Patrus; Andeirson da Matta Barbosa, Carolina Costa Val Rodrigues, Claudinéia Onofre de Assunção Mota, discente Cristiano Quinaia, Fernanda Almeida Lopes, Jadir Cirqueira de Souza, João Gaspar Rodrigues, Juliana Jacob, Karina de Almeida Batistuci e Samuel Alvarenga Gonçalves
Editora
Centro de estudos e aperfeiçoamento funcional - Diretoria de produção editorial
Edição
2014

Acesso à justiça e concretização de direitos
Organizadores
Discente Dirceu Pereira Siqueira e Docente Flávio Luís de Oliveira
Editora
Boreal
Edição
2014

Curso de Direito Constitucional
Autores
Vidal Serrano Nunes Junior e Luiz Alberto David Araujo
Editora
Verbatim
Edição
2014 (19ª)

Sistema Constitucional de Garantias - ensaios e reflexões
Organizadores
Docente Sérgio Tibiriça Amaral e Discente Bernardo Silva de Seixas
Editora
Boreal
Edição
2014

Minorias & Grupos Vulneráveis - reflexões para uma tutela inclusiva
Organizadores
Discentes Dirceu Pereira Siqueira e Nilson Tadeu Reis Campos Silva
Editora
Boreal
Edição
2013

Sistema Constitucional de Garantias e seus mecanismos de proteção
Organizadores
Discente Dirceu Pereira Siqueira e Docente Sérgio Tibiriça Amaral
Editora
Boreal
Edição
2013

Acesso à justiça - uma perspectiva da democratização da administração da justiça nas dimensões social, política e econômica
Autores
Dirceu Pereira Siqueira, Flávio Luís de Oliveira (docente)
Editora
Boreal
Edição
2012

As constituições do Brasil - análise histórica das constituições e de temas relevantes ao constitucionalismo pátrio
Autores
Júlio de Souza Gomes, Lívia Pitelli Zamarian
Editora
Boreal
Edição
2012

Ciência política, estado e direito público - uma introdução ao direito público da contemporaneidade
Autor
Pietro de Jesus Lora Alarcón
Editora
Verbatim
Edição
2011

Matrizes dos conceitos de justiça
Autores
Lafayette Pozzoli, Vladimir Brega Filho (discente)
Editora
Letras Jurídicas
Edição
2010

Processo Seletivo - 2023


Contatos:

Bauru -SP

Telefone: (14) 2107-5048

E-mail: secretariageral@ite.edu.br

Botucatu - SP

Telefone: (14) 3813-5200

E-mail: secretariafaib@ite.edu.br


Eventos Científicos

2017
ITE x  RED CIIDI
XI Conferencia Internacional de Derecho e Informática de La Habana y al VII Congreso Iberoamericano de Investigadores y Docentes de Derecho e Informática.

2017
ITE x Universidade de Guadalajara
2º encontro bilateral Brasil e México e Lançamento da Obra 100 anos da Constituição Mexicana – Guadalajara

2016
ITE x Universidade de Guadalajara
1º encontro bilateral Brasil e México – Bauru/SP

2013
ITE x Universidade de PISA
Curso de alta formação "Justiça Constitucional e Tutela Jurisdicional do Direito", na Universidade de Pisa, Itália.

Chamada para Publicação

Chamada de artigo: Revista Espaço Jurídico [EJJL] -Qualis: A1
A EJJL publica artigos que discutem questões relativas à efetividade dos direitos constitucionais fundamentais e dos direitos humanos, com especial ênfase para os direitos civis e direitos sociais.
Revista de Direito Econômico e Socioambiental (Qualis A2)
Os artigos submetidos que venham a ser aprovados no sistema de double blind peer review serão publicados:2.1. em 2017, se submetidos no sistema até o dia 31.08.2017;2.2. em 2017 ou primeira edição de 2018, se submetidos no sistema até o dia 30.09.2017;2.3. a depender da disponibilidade das edições e em conformidade com chamadas futuras, se submetidos no sistema após 30.09.2017.
Revista Direito GV - Qualis A1
Periodicidade Quadrimestral A submissão de trabalhos para a Revista Direito GV deve ser feita por meio do sistema online ScholarOne Manuscripts no endereço https://mc04.manuscriptcentral.com/rdgv-scielo.
Revista de Direitos e Garantias Fundamentais - A1
A Revista de Direitos e Garantias Fundamentais, publicação do Programa de Pós-Graduação em Direito da Faculdade de Direito de Vitória (FDV), torna pública a chamada de artigos para publicação em fluxo contínuo.
Revista de Direito Brasileira - RDB - Qualis A1
revista também é de fluxo contínuo em relação à PARTE GERAL, que foca na JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL.Quaisquer dúvidas sobre a publicação deverão ser dirimidas por mensagem encaminhada para o e-mail: rdbconpedi@gmail.com.
A Revista Brasileira de Direito da IMED- Qualis A1
Havendo dúvidas ou questionamentos referente a este Edital entrar em contato por meio do e-mail: nit@imed.edu.br Recebe artigos em fluxo contínuo.
Revista Veredas do Direito - Qualis A1
Fluxo ContinuoTema: Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável.Os interessados devem se cadastrar na Revista como AUTOR e submeter o artigo pelo link: http://www.domhelder.edu.br/revista/index.php/veredas/user/register
Revista Eletrônica de Direito do Centro Universitário Newton Paiva - Qualis B1
Fluxo Contínuo.Publicação quadrimestral Linha editorial a temática, Estado Democrático de Direito e Solução de Conflitos.E-mail: revistadodireito@newtonpaiva.br
Revista do Curso de Direito da UFSM - Qualis A1
As submissões são recebidas em fluxo contínuo.
A Revista Jurídica da UniFil
Adota Fluxo Contínuo. Temas: Teorias do Direito do Estado e da Cidadania; A Dogmática jurídica, desenvolvimento e responsabilidade social.
Revista de Direito da Universidade Federal de Viçosa passa a seguir o fluxo contínuo de recebimento e publicação
O template já está disponível no menu "Submissões" e no dia 16/03/2020 o sistema estará liberado para envio dos manuscritos.
Revista de Direito UFV - Fluxo Contínuo
Os artigos obrigatoriamente devem estar relacionados com as temáticas do direito e deverão ser inéditos
Revista do Instituto de Hermenêutica Jurídica
Adota Fluxo Contínuo. A revista encontra-se com chamada aberta para novos pareceristas/avaliador(es).
Revista Pedagogía Universitaria y Didáctica del Derecho
es una publicación científica semestral que contribuye tanto a la reflexión multidisciplinaria sobre Pedagogía Universitaria y Didáctica del Derecho, para la formación y consolidación de esta área de investigación, como a la difusión de prácticas innovadoras en la enseñanza-aprendizaje del Derecho, considerando el contexto nacional e internacional.
Revista de Direito Universidade Federal de Viçosa
Revista está recebendo artigos para publicação em fluxo contínuo
A Revista de Direito Fluxo Continuo
chamada para submissão de artigos para o "DOSSIÊ AÇÕES AFIRMATIVAS RACIAIS, RACISMO ESTRUTURAL E O DIREITO: reflexões sobre as políticas públicas raciais e seus impactos na sociedade" que será publicado em 2021.Os artigos poderão ser enviados entre os dias 1º de agosto e 1º de dezembro de 2020.
Revista de Desenvolvimento e Políticas Públicas
FLUXO CONTÍNUO. É um espaço aberto para contribuições relevantes e inéditas à construção de uma melhor compreensão a respeito do desenvolvimento econômico e políticas públicas.
Revista Direito e Liberdade (RDL) - QUALIS B 1 - DIREITO da CAPES.
Peródico adota fluxo contínuo
Revista de Direito Universidade Federal de Viçosa
Adota Fulxo Contínuo - e-mail: revistadir@ufv.br
Revista de Direito da Universidade Federal de Viçosa
submissão e publicação de artigos em fluxo contínuo. Todas as informações para envio dos artigos estão disponíveis em nossas "Diretrizes para Autores".
Revista Direito Público (RDP) - A1
Adota Fluxo contínuo . Temas: Processo e Jurisdição Constitucional e Direitos e Garantias Fundamentais
Revista Direito, Estado e Sociedade - A1
Vinculado ao programa de pós-graduação em Direito da PUC-Rio - adota fluxo continuo
ESPAÇO JURÍDICO - A1
Adota fluxo continuo
A revista de Filosofia KRITERION - A1
Publica artigos inéditos em filosofia ou que tenham relevância filosófica. Aceita a propostas de artigos em qualquer área da filosofia. Adota fluxo continuo
Revista de Ciências Jurídicas PENSAR (UNIFOR) - A1
Adota fluxo continuo. Quatro eixos temáticos que compõem a sua linha editorial: - Direitos Humanos e Fundamentais; - Teoria Política; - Estado Democrático de Direito no Brasil: - Direito Constitucional nas Relações Privadas.
NOVOS ESTUDOS JUIRÍDICOS - A1
Adota fluxo contínuo. Áreas: "Constitucionalismo e Produção do Direito" e "Direito e Jurisdição"
NOVOS ESTUDOS JURÍDICOS (UNIVALI) - A1
Adota fluxo contínuo. Quatro temas: Principiologia Constitucional e Política do Direito, Estado, Transnacionalidade e Sustentabilidade, Constitucionalismo e Produção do Direito, Direito e Jurisdição ,Direito Ambiental, Transnacionalidade e Sustentabilidade.
PSICOLOGIA: TEORIA E PESQUISA - A1
Adota fluxo contínuo
Revista de Estudos Constitucionais, Hermenêutica e Teoria do Direito (RECHTD) - A1
Adota fluxo contínuo - Temas: Hermenêutica, Constituição e Concretização de Direitos; Sociedade, Novos Direitos e Transnacionalização.
Revista Brasileira de Direito - A1
Adota fluxo contínuo. Temas: Direitos Fundamentais, Jurisdição Constitucional e Democracia; Ética, Cidadania e Sustentabilidade; Direito e novas tecnologias na sociedade da informação; Estudos sobre teoria e dogmática jurídica no século XXI.
Revista Brasileira de Direito Animal - A1
Adota fluxo Contínuo. Bioética e direitos dos animais é a linha editorial da Revista.
Revista Brasileira de Política Internacional (RBPI) - A1
Adota fluxo Contínuo. RBPI publica artigos sobre temas relacionados às Relações Internacionais em geral Política, Economia, Sociologia, Segurança, História, Política Externa, Meio Ambiente e outras questões relevantes da agenda internacional contemporânea.
Revista de Direitos Fundamentais e Democracia - A1
adota fluxo contínuo. Tema: Dos Direitos Fundamentais e da Democracia
THE UNIVERSITY OF CHICAGO LAW REVIEW - A1
Adota fluxo contínuo
Revista de Direitos Fundamentais e Democracia (Qualis A1)
Os artigos deverão possuir ao menos um autor/coautor com título de Doutorado, em coautoria com um mestrando, mestre ou doutorando. São aceitos no máximo dois autores por artigo
Revista Jurídica da Presidência - A1
é um periódico de responsabilidade do Centro de Estudos Jurídicos da Presidência voltado à publicação de artigos científicos inéditos, resultantes de pesquisas e estudos independentes sobre a atuação do Poder Público em todas as áreas do Direito.
Revista de Direito Empresarial - B1
Fluxo Contínuo - Os trabalhos deverão ser inéditos no Brasil, podendo ser escritos em português, espanhol, italiano, francês ou inglês.
A&C - Revista de Direito Administrativo e Constitucional - A2
A linha editorial da A&C - Revista de Direito Administrativo & Constitucional, estabelecida pelo seu Conselho Editorial composto por renomados juristas brasileiros e estrangeiros, está voltada às pesquisas desenvolvidas na área de Direito Constitucional e de Direito Administrativo, com foco na questão da efetividade dos seus institutos não só no Brasil como no Direito comparado, enfatizando o campo de intersecção entre Administração Pública e Constituição e a análise crítica das inovações em matéria de Direito Público, notadamente na América Latina e países europeus de cultura latina
THE UNIVERSITY OF CHICAGO LAW REVIEW - fluxo contínuo
The University of Chicago Law Review accepts submissions through Scholastica. We encourage authors to create an account and submit to our journal here. Alternatively, you may email us your manuscript for publication in The Law Review at lrarticles@law.uchicago.edu. The Law Review also accepts proposals for Book Reviews. If you have a forthcoming book that you would like to be reviewed, or a book review you would like published, please submit via the same process for articles described above.
A Revista Direito e Liberdade - Qualis B1 em Direito
A revista adota fluxo continuo
REVISTA DIREITO E LIBERDADE - RDL.
adota fluxo contínuo - Após percorrer com êxito longa e desafiadora trajetória, iniciada em 2005, a RDL é hoje um periódico jurídico de grande porte, já consolidado como o mais conceituado periódico jurídico do Estado do Rio Grande do Norte e como um dos grandes periódicos jurídicos nacionais, ostentando com orgulho o estrato QUALIS B 1 -DIREITO da CAPES.
Revista Direitos Democráticos & Estado Moderno - DD&EM
A Revista tem fluxo contínuo - mas, prazo final para submissão da edição de 2022/1 - 28/02/2022
Revista Direito e Sexualidade (ISSN 2675-3596)
convida os(as) docentes, discentes e demais pesquisadores(as) a submeterem artigos cienti´ficos, trabalhos de pesquisa aplicada e ensaios ine´ditos e originais para a publicac¸a~o no perio´dico. Revista de periodicidade semestral.
A Revista de Direito Contemporâneo UNIDEP (RDC-U)
As submissões ao periódico são de fluxo contínuo, sendo que as contribuições encaminhadas até a data de 17 de abril de 2022.
Revista Semestral de Direito Econômico
Chamada de artigos. Vol.1. Prazo para submissões: 15/05/2022 . Vol.2 Prazo para submissões: 15/09/2022 .A REVISTA TAMBÉM POSSUI CHAMADA PERMANENTE DE ARTIGOS CIENTÍFICOS DE TEMÁTICA LIVRE RELACIONADA AO DIREITO ECONÔMICO. OS TRABALHOS PODEM SER SUBMETIDOS A QUALQUER MOMENTO PARA AVALIAÇÃO.
Revista Espaço Jurídico [EJJL] - Qualis A1
A EJJL publica artigos que discutem questões relativas à efetividade dos direitos constitucionais fundamentais e dos direitos humanos, com especial ênfase para os direitos civis e direitos sociais.
Revista Direito GV - Qualis A1
Periodicidade Quadrimestral. A submissão de trabalhos para a Revista Direito GV deve ser feita por meio do sistema online ScholarOne Manuscripts
Revista de Direitos e Garantias Fundamentais - Qualis A1
A Revista de Direitos e Garantias Fundamentais, publicação do Programa de Pós-Graduação em Direito da Faculdade de Direito de Vitória (FDV). Periodicidade Quadrimestral
Revista de Ciências Jurídicas PENSAR (UNIFOR) - Qualis A1
Adota fluxo continuo. Quatro eixos temáticos que compõem a sua linha editorial: - Direitos Humanos e Fundamentais; - Teoria Política; - Estado Democrático de Direito no Brasil: - Direito Constitucional nas Relações Privadas.
Revista de Estudos Constitucionais, Hermenêutica e Teoria do Direito (RECHTD) - Qualis A1
Adota fluxo contínuo - Temas: Hermenêutica, Constituição e Concretização de Direitos; Sociedade, Novos Direitos e Transnacionalização.
Revista de Direitos Fundamentais e Democracia - Qualis A1
Adota fluxo contínuo. Tema: Dos Direitos Fundamentais e da Democracia
EDUCACAO E REALIDADE - Qualis A1
Educação e suas interfaces com as artes, filosofia, letras, ciências sociais e humanas, resultantes de estudos teóricos, pesquisas empíricas, análises sobre práticas concretas ou debates polêmicos e atuais.
Revista Jurídica da Presidência - Qualis A2
É um periódico de responsabilidade do Centro de Estudos Jurídicos da Presidência voltado à publicação de artigos científicos inéditos, resultantes de pesquisas e estudos independentes sobre a atuação do Poder Público em todas as áreas do Direito.
Revista Direito, Estado e Sociedade - Qualis A2
Vinculado ao programa de pós-graduação em Direito da PUC-Rio - adota fluxo continuo
Revista de Direito Econômico e Socioambiental - Qualis A2
A Revista de Direito Econômico e Socioambiental é um periódico científico quadrimestral, promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da PUCPR (http://www.pucpr.br/ppgd). Tem como escopo principal a publicação e difusão de artigos jurídicos de pesquisadores nacionais e estrangeiros sobre temas das linhas de pesquisa do PPGD-PUCPR, e ser lida por pesquisadores, professores e estudantes de Direito de diferentes países interessados em Direito Econômico e Socioambiental, por meio da publicação de artigos em inglês, espanhol, português, italiano e francês. Periodicidade quadrimestr
A&C - Revista de Direito Administrativo e Constitucional - Qualis A2
A linha editorial da A&C - Revista de Direito Administrativo & Constitucional, estabelecida pelo seu Conselho Editorial composto por renomados juristas brasileiros e estrangeiros, está voltada às pesquisas desenvolvidas na área de Direito Constitucional e de Direito Administrativo, com foco na questão da efetividade dos seus institutos não só no Brasil como no Direito comparado, enfatizando o campo de intersecção entre Administração Pública e Constituição e a análise crítica das inovações em matéria de Direito Público, notadamente na América Latina e países europeus de cultura latina
Cadernos do FNB (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação)
chamada aberta para submissão de artigos, entrevistas, resenhas e relatos de experiência. A publicação é um periódico interdisciplinar, semestral, de acesso aberto, revisado por pares e sem ônus para o autor. São recebidos artigos em fluxo contínuo.
Confluências: Revista Interdisciplinar em Sociologia e Direito
Classificada como B2 no triênio 2013/2016 (última avaliação oficial), a revista aceita artigos e resenhas em fluxo contínuo e está recebendo até o dia 30/06 trabalhos que serão avaliados para a próxima edição de agosto de 2022. A submissão demanda que ao menos um dos autores esteja cursando o doutorado ou já seja doutor. . Em caso de dúvidas não dirimidas neste, estamos disponíveis pelo e-mail revistaconfluencias.psd@id.uff.br
Revista Direito e Sexualidade
De periodicidade semestral e de fluxo contínuo de recebimento de trabalhos. Como sugestão, abaixo são apontadas algumas linhas e sub-linhas de pesquisa adotadas pelo Grupo de Pesquisa Direito e Sexualidade e que poderão ser utilizadas nos trabalhos a serem submetidos nesta revista: o Corpo e controle social. o Direito e sexualidade. o Gêneros e feminismos. o Identidade de gênero e direitos humanos. o Orientação-sexual e garantia de acesso aos direitos fundamentais. o Relações de trabalho e sexualidade. o Reprodução humana e seus reflexos éticos e jurídicos.
Revista Semestral de Direito Econômico
A revista mantém chamada de artigos permanente e as submissões podem ser enviadas através do portal eletrônico da revista
Revista Cadernos do FNDE
, vinculada ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, está com chamada aberta em fluxo contínuo.
Revista da Procuradoria-Geral do Banco Central
Estamos recebendo artigos destinados a compor a edição de dezembro de 2022, que devem ser encaminhados, para o endereço https://revistapgbc.bcb.gov.br/index.php/revista/information/authors, em arquivo Word, observando-se as normas de publicação e os parâmetros de editoração disponíveis no sítio eletrônico informado. Artigos não selecionados para compor essa segunda edição de 2022 podem ser selecionados para compor a primeira edição de 2023. Em caso de dúvidas e/ou dificuldades, enviar mensagem de e-mail para revista.pgbc@bcb.gov.br.

Bancas Agendadas


Dissertações

Doutorando(a) Lucas da Silva Peres
Orientador(a) Professor Doutor José Luiz Ragazzi
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema Desigualdade social e transmissão intergeracional de riquezas sob a perspectiva da tributação.
Data da apresentação 26/04/2023

O presente trabalho tem por escopo a análise da desigualdade social e a transmissão intergeracional de riquezas, ambas sob a perspectiva da tributação. Procurou-se demonstrar a importância de sua análise conjunta, notadamente no contexto constitucional brasileiro que, expressamente, assume o compromisso de promoção de um Estado Democrático de Direito a partir de certos princípios e objetivos expressos em seu texto. Apresenta-se a aderência constitucional da temática, seguida pela construção dos conceitos dos elementos centrais da tese. presenta-se a evolução do tributo sobre a transmissão intergeracional de riquezas no Brasil, as perspectivas de mudanças a partir de projetos de lei ou de emendas à Constituição, atualmente em trâmite no Congresso Nacional. Foram indicados elementos que apontam para a internacionalização da temática, mediante análise comparada de outros ordenamentos jurídicos e a apresentação de estudos deorganismos internacionais. Ao fim, indicaram-se readequações e propostas baseadas nos elementos doutrinários e científicos expostos

Mestrando(a) Otávio Martinez Isaquiel Ferreira
Orientador(a) Livre-docente Eliana Franco Neme
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema Remédios constitucionais como instrumentos de efetivação de direitos fundamentais.
Data da apresentação 19/12/2022

O trabalho aborda a formação histórica do Brasil sob a ótica dos direitos componentes do complexo cidadão, assim definido como o amálgama de direitos civis, políticos e sociais, perfazendo-se os principais episódios conjunturais que consolidaram a historiografia pátria. Além disso, analisa-se, em breviário, a realidade panorâmica atinente aos avanços, retrocessos e estagnações marcantes da contemporânea realidade nacional. Em continuidade, apresenta-se a estrutura constitucional brasileira, situando os direitos fundamentais nessa contextura, de molde a distingui-los terminologicamente dos direitos humanos e classificá-los quanto às dimensões e eficácia irradiante nas relações intersubjetivas. Além disso, os remédios constitucionais são apresentados em dimensões memoriais, mediante consignação de escorços históricos, e descritivas, problematizando-se sob aspectos de ordem técnica. Ao cabo, são fixadas posições conclusivas, a propugnar pelos remédios constitucionais como mecanismos jurisdicionais à disposição das pessoas para a retificação de disparidades fáticas entre os planos do “dever-ser” e do “ser”, restabelecendo a autoridade dos comandos constitucionais, tornando-os efetivos.

Mestrando(a) Filipe Fernandes Dias Tomazoni
Orientador(a) Livre-docente Eliana Franco Neme,
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema O direito sucessório extrajudicial e a autonomia do testador.
Data da apresentação 03/04/2023

Trata-se de um estudo sobre o direito de herança sob a perspectiva de direito fundamental, constitucionalmente assegurado, portanto. A peculiaridade reside, aclarando-se, na aplicação prática do direito sucessório perante as serventias extrajudiciais, não de maneira isolada, mas sim de forma aliada à legislação. O ordenamento jurídico brasileiro evoluiu ao dar celeridade, na resolução de inventários e partilhas, por meio de escrituras públicas. Contudo, o direito sucessório, materialmente falando, não acompanhou as mudanças e evoluções sociais. A presente pesquisa tem como objetivo geral verificar os aspectos legais do direito de herança e princípio da saisine, passando pela pela liberdade de testar e suas limitações, a função social da herança, o modelo brasileiro e o direito comparado e a análise sobre a tese de ampliação dos direitos de liberdade do testador, especificamente no ato de lavratura de testamento. Busca-se demonstrar que a rigidez do direito sucessório precisa ser revista e se adequar à realidade atual das famílias, em especial, respeitando a autonomia privada do testador. De acordo com o estudo bibliográfico desenvolvido, é possível a defesa de um viés mais equilibrado no que atine às liberdades testamentárias, isto é, sobre a possibilidade de o autor da herança deter maiores poderes nas deliberações relativas ao seu patrimônio. Para o embasamento teórico, utilizou-se Ingo Wolfgang Sarlet, Vitor Frederico Kümpel, Mário Luiz Delgado, entre outros grandes doutrinadores. O método de abordagem adotado será o dedutivo e a técnica de pesquisa foi bibliográfica. Por fim, a pesquisa constatou que, sem olvidar o respeito à legislação sucessória de regência, é possível, em verdadeiro juízo de ponderação e observância aos princípios da razoabilidade, proporcionalidade e da justeza, que o direito de herança, como direito fundamental que é, deve também obediência à autonomia da vontade, de maneira equilibrada, privilegiando maiores liberdades ao autor da herança quando da feitura do testamento. Ademais, a Constituição de 1988 consagrou a herança como direito fundamental, mas não aclarou sobre as peculiaridades deste instituto, nem mesmo sobre a legítima, deixando a cargo do legislador infraconstitucional tal tarefa .

Doutorando(a) Luiz Augusto Almeida Maia
Orientador(a) Dr. Pietro de Jesus Lora Alarcón
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema Legitimidade democrática e controle de constitucionalidade: entre o novo iluminismo e o constitucionalismo transformador.
Data da apresentação 24/03/2023

A presente tese sustenta que a legitimidade democrática do controle de constitucionalidade, exercido pelo Supremo Tribunal Federal, se encontra totalmente vinculada a um necessário exercício de adequação metodológica e epistemológica,a partir da concepção contemporânea que se tem do Direito e da Democracia, como condição de possibilidade para o enfrentamento legítimo das injustiças sociais, em contraposição a um possível “novo iluminismo”. Foi realizado, para a pesquisa, o levantamento e a revisão de material bibliográfico, bem como de jurisprudência selecionada, abordando-se o tema através de um método científico inspirado no materialismo histórico-dialético, sobre o prisma de uma democracia substantiva, em que a ordem social é estabelecida através de uma relação dialética entre votos e argumentos, sendo a degeneração do Direito a degeneração da própria democracia. Neste sentido, a pesquisa se dirige à análise de possíveis práticas desviantes da Constituição, de modo a demonstrar não só a pertinência do presente estudo, mas também a relação que há entre o tipo de legitimidade que serve como parâmetro para o controle de constitucionalidade, realizado pelo Supremo Tribunal Federal, e a produção de resultados concretos, que projetam ou consolidam a democracia constitucional brasileira. Deste modo, as posturas defendidas pelo “novo iluminismo” se amoldam a um tipo específico de controle antidemocrático, em que razões de primeira ordem para a decisão, concebidas pelo julgador, com viés punitivista e neoliberal, se sobrepõem às razões protegidas pelo Constitucionalismo Democrático. Em razão deste quadro, defende-se que a democratização da jurisdição constitucional brasileira não passa por uma ideia de self-restraint, mas sim pela incorporação, por parte da Corte Suprema, de um constitucionalismo transformador comprometido com a concretização do texto constitucional, em sua plenitude, através de um “entrincheiramento” em relação ao sentido das regras que tratam dos direitos fundamentais e pela prevalência de argumentos de princípio, tudo isso a partir de um novo paradigma cognitivo, capaz de diminuir as diferenças abissais existentes na sociedade brasileira.

Doutorando(a) Ellen Carina Mattias Sartori Caldas
Orientador(a) Dr. Claudio José Amaral Bahia e Dra. Roberta Cristina Paganini Toledo Lew
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema Além da herança digital: a transmissão mortis causa de mídias sociais digitais à luz do direito fundamental à proteção de dados pessoais.
Data da apresentação 30/03/2023

O direito fundamental à proteção de dados pessoais tem como desígnio a tutela da liberdade, da privacidade e do livre desenvolvimento da personalidade da pessoa humana, inclusive nos meios digitais. Nesse sentido, a lei estabelece um regime jurídico, cuja premissa é a autodeterminação do titular sobre o fluxo de suas informações pessoais. As mídias sociais digitais, a despeito de terem como finalidade promover a interação social e a troca de informações entre seus usuários, possuem um modelo de negócios associado ao tratamento de dados pessoais. No cenário contemporâneo, marcado pela ubiquidade da internet, emerge a questão sobre o destino póstumo das contas de mídias sociais digitais e controle de dados pessoais após a morte do titular. A problemática deriva da percepção de que o “corpo eletrônico” poderá permanecer em um espaço-tempo indeterminado e sobreviver à morte biológica. A ideia de “herdar” contas ou perfis de mídias sociais digitais levanta discussões complexas, diante da ausência de regulamentação legal. O objetivo desta tese, assim, é analisar a transmissão mortis causa das mídias sociais digitais, bem como propor uma espécie de “sucessão anômala”, tendo como embasamento o regime jurídico dos direitos da personalidade e, sobretudo, o regime jurídico de proteção de dados pessoais. No aspecto metodológico, trata-se de uma pesquisa propositiva, teórica, bibliográfica, realizada através de revisão narrativa de literatura, que utiliza o método dedutivo e explicativo. Desse modo, a tese sustenta que é necessário realizar uma clivagem funcional: i) bens digitais de conteúdo patrimonial, bem como a expressão econômica de bens digitais híbridos ou dúplices, serão transmitidos conforme o direito sucessório; ii) a sucessão de obras intelectuais ocorrerá nos termos da Lei n. 9.610/1998; iii) bens digitais de cunho existencial ou personalíssimo, como as mídias sociais digitais, em regra, serão intransmissíveis, salvo mediante consentimento livre, informado e inequívoco do titular ou nas hipóteses previstas em lei. Especificamente em relação às mídias sociais digitais, propõe-se que deverá ser realizada mais uma distinção, a considerar: (i) o direito de acesso passivo: direito de familiares ou terceiro acessar os dados pessoais e conteúdos estáticos produzidos pelo falecido em vida; (ii) o direito de acesso ativo ou gerenciamento: direito de familiares ou terceiro continuar a reproduzir ou a produzir conteúdo nas mídias sociais digitais em nome da pessoa falecida. Nesse último caso, sugere-se mais uma diferenciação: a) em relação ao conteúdo produzido em vida; b) em relação à produção de novos conteúdos em nome do falecido. Ademais, além da análise sob o ponto de vista dos familiares, defende-se a imposição de obrigações legais aos provedores, pautadas no conceito de “Privacy by Design” e “Privacy by Default”. Por derradeiro, corrobora-se que deve ser sobrepujada a ideia da necessidade de testamento ou codicilo, salvo quanto a aspectos patrimoniais, bastando que o consentimento se dê na forma da lei. Nesse diapasão, quanto à transmissão póstuma de mídias sociais digitais, compreende-se que esta é a abordagem mais coerente com os direitos fundamentais e da personalidade em geral, mas, principalmente, com o direito à proteção de dados pessoais .

Mestrando(a) Alandeson de Jesus Vidal
Orientador(a) Professor Doutor Georghio Alessandro Tomelin
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema "O direito fundamental à defesa efetiva como forma de mitigação da injustiça penal no Brasil"
Data da apresentação 08/03/2023

O sistema penal brasileiro pode ser considerado injusto. É possível que essa afirmação soe como uma conclusão, o que tecnicamente não seria apropriado para este formato de pesquisa; todavia, a sentença nada mais é que uma premissa do que se pretendeu desenvolver, seja quanto à forma, seja quanto ao conteúdo. Ainda que essa injustiça penal no Brasil seja de domínico público e quase incontroversa, inclusive com reconhecimento jurídico por parte da Corte Constitucional brasileira na ADPF nº 347 foi importante mostrar as causas maiores do contexto social e as implicações intrassistêmicas. Nessa busca deparou-se com o fenômeno do poder e a sua concentração como fonte das distorções na vida em comunidade, inclusive na forma como o Direito Penal é aplicado em sua função controladora de corpos subjugados; sobretudo quando se depara com os dados oficiais disponibilizados, o que confirma a seletividade em sua utilização. Demandou-se, ainda, uma análise do próprio Direito que, sob essa ênfase de dominação, não poderia ser considerado como um fenômeno histórico-cultural autônomo, mas sim como extensão operacional e burocrática dos arranjos e estruturas formais do poder. Para sustentar esse ponto de vista foram apresentados apontamentos contextuais histórico- filosóficos das civilizações antigas, passando pelo surgimento do contratualismo social moderno, enfatizando-se o movimento iluminista e o desenvolvimento atual dos direitos humanos. Estabelecida a premissa da injustiça do sistema penal avançou-se para o apontamento da efetivação da defesa, mais propriamente do direito fundamental de assistência jurídica gratuita, como forma de mitigação da injustiça apontada. Nesse sentido, assim como nas causas da injustiça penal,também houve a necessidade de uma contextualização social para melhor entendimento, indicando-se o implemento da solidariedade jurídica como pressuposto de existência e limitação de qualquer direito humano e, de forma intrassistêmica, apresentou-se para fins de mitigação da injustiça no sistema penal brasileiro a efetividade da defesa, sobretudo a assistência jurídica gratuita como direito fundamental à população alvo, esmagadora maioria de quem é processado criminalmente, ao serviço público estabelecido pela Constituição Federal de 1988, a qual elege como instituição a Defensoria Pública, devidamente equipada, para a sua prestação eficiente.

Mestrando(a) Suelaine Cristiane Nogueira Miranda
Orientador(a) Professor Dr. Luiz Nunes Pegoraro
Área de Concentração SISTEMA CONSTITUCIONAL DE GARANTIA DE DIREITOS
Tema Atendimento pedagógico domiciliar para crianças e adolescentes enfermos
Data da apresentação 14/12/2022

O presente trabalho busca esclarecer a importância do atendimento pedagógico domiciliar para crianças e adolescentes enfermos que devido a hospitalização e períodos prolongados de internação por motivo de tratamento de saúde, estão impossibilitados de frequentarem as aulas presenciais. A partir dessas considerações verifica-se a necessidade de assegurar ao aluno adoecido a continuidade da escolarização, de modo a propiciar um retorno à escola de origem com o mínimo de prejuízo no aprendizado. O tema apresentado é inovador e busca contribuir para o desenvolvimento e o acesso à educação no âmbito domiciliar, resguardando o melhor interesse das crianças e dos adolescentes enfermos, que diante das adversidades e das restrições em relação ao longo período de tratamento, enfrentam impedimentos e objeções para obterem a concretização dos seus direitos, em especial o acesso à educação domiciliar. O método utilizado para a pesquisa foram artigos científicos, livros, sites, periódicos, teses, dissertações, jurisprudências e as leis direcionadas para o atendimento educacional domiciliar.

Doutorando(a) Robson Martins
Orientador(a) Professor Doutor Claudio José Amaral Bahia
Área de Concentração SISTEMA CONSTITUCIONAL DE GARANTIA DE DIREITOS
Tema Ministério Público de garantias
Data da apresentação 14/12/2022

A presente tese, dividida em quatro capítulos e desenvolvida por meio de pesquisa bibliográfica e documental, ademais de sê-lo por meio do método dedutivo, histórico e comparativo, insere-se na Área de Concentração intitulada “Do Sistema Constitucional de Garantia de Direitos” e na Linha de Pesquisa denominada de “Garantia de Acesso à Justiça e Concretização de Direitos”, do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Direito oferecido pelo Centro Universitário de Bauru, mantido pela Instituição Toledo de Ensino. Tem, por objeto de estudo, os efeitos produzidos no ordenamento jurídico processual penal brasileiro – e, especificamente, na atividade do Ministério Público, nas fases de investigação e, posteriormente, de acusação e de instrução criminal –, provocados pela promulgação da Lei número 13.964, de 24 de dezembro de 2019 (“Lei Anticrime”, ou “Pacote Anticrime”, que visa ao aperfeiçoamento da legislação penal e processual penal brasileira e que é, igualmente, responsável pela introdução, no Direito Pátrio, do instituto jurídico do Juiz de Garantias), no sentido de fazer com que a investigação e a acusação criminais sejam obrigatoriamente atribuídas a membros diversos do Ministério Público, tornando imperioso o reexame, na seara criminal, das funções de investigação e de acusação do parquet, de modo a garantir, por este, o respeito à dignidade da pessoa humana e a isonomia de tratamento dispensada a todos os acusados, em perspectiva que tanto se aproxima do Sistema do Juizado de Instrução, visto nos projetos legislativos inicialmente pensados para o Código de Processo Penal brasileiro, instituído pelo Decreto-Lei número 3.689, de 3 de outubro de 1941; quanto se avizinha de Sistemáticas Processuais Penais do Direito Comparado, já adotadas na Alemanha, na França, na Itália, em Portugal e no México, todas igualmente examinadas neste escrito; chegou-se à conclusão de tornar necessária a reinterpretação da Súmula número 234 do Superior Tribunal de Justiça, do Tema número 184 de Repercussão Geral do Supremo Tribunal Federal e da Resolução número 181 de 2017 do Conselho Nacional do Ministério Público para, assim fazendo, honrar o princípio da máxima efetividade dos Direitos Fundamentais e honrar, também, a realização de uma Política Criminal que assegure as garantias processuais penais do investigado e do acusado e, consequentemente, da dignidade da pessoa humana, de modo a fazer, finalmente, com que o parquet livre-se da pecha autoritária de acusador público por excelência e se volte a atuar na defesa dos princípios básicos do Estado Democrático de Direito, sem abandonar sua função de buscar a aplicação do jus puniendi. Utilizou-se no trabalho o método dedutivo, partindo-se do instituto do Juiz de Garantias para possibilitar o desenvolvimento da hipótese acerca da necessidade de separação das funções inquisitiva e acusatória do Ministério Público.

Mestrando(a) João Carlos Lavigne de Lemos Tavares
Orientador(a) Professora Livre-docente Dra. Eliane Franco Neme
Área de Concentração SISTEMA CONSTITUCIONAL DE GARANTIA DE DIREITOS
Tema Ética como ponto de convergência da liberdade religiosa no estado democrático de direito
Data da apresentação 02/12/2022

A religião é parte primordial no desenvolvimento tupiniquim. O Brasil foi construído sobre princípios cristãos, desde a sua invasão. Os portugueses que aqui chegaram catequizaram o povo indígena, bem como, depois, o povo preto, trazido da África para a escravidão. Este trabalho busca examinar o princípio da liberdade religiosa sob o prisma ético, demonstrando que o Estado deve ter como base política e legislativa os princípios éticos e não determinada denominação religiosa. Para tanto, faz-se um breve apanhado histórico da construção normativa brasileira sob o prisma religioso. Em seguida, a partir da Constituição Federal de 1988, estuda-se a liberdade religiosa e a construção deste instituto como um princípio do estado democrático de direito. Feitas as considerações jurídicas, introduz-se a ética religiosa das três denominações que possuem influência em Estados, principalmente no ocidente, quais sejam, Judaísmo, Cristianismo e Islamismo, buscando os princípios comuns dessas religiões. Por fim, estuda-se os princípios éticos da Verdade, Justiça e Amor

Doutorando(a) Gustavo Henrique de Souza Vilela
Orientador(a) Professor Doutor José Cláudio Domingues Moreira
Área de Concentração SISTEMA CONSTITUCIONAL DE GARANTIA DE DIREITOS
Tema A indignidade como efeito da condenação criminal : a concretização da função social da herança pautada no sistema principiológico constitucional
Data da apresentação 01/12/2022

O direito sucessório como um todo encontra-se carente de produção científica, o que acarreta seu afastamento de valores humanitários e solidários típicos do Estado Social, suas parcas atualizações não acompanharam as transformações sociais, nem a evolução engendrada pela constitucionalização do direito privado. Mas, há institutos sucessórios em situação ainda pior, a exemplo da indignidade e da deserdação, cuja ausência de pesquisas e de atualizações legislativas causaram inegável falta de coerência com a realidade e com os ditames constitucionais. São institutos adaptados do direito romano, praticamente estáticos desde às Ordenações do Reino, o que foça questionar se o interesse na sanção patrimonial ainda é exclusivamente privado ou se existe interesse social na ampliação da aplicabilidade e na melhora da funcionalidade da exclusão sucessória, o que embasaria a necessidade de uma reforma profunda, no sentido de transformá-la em instrumento com efetividade para o controle social, voltado à punição e à prevenção da violência doméstica e familiar. A pesquisa envolve: expor os equívocos da antiquada legislação em vigor, para selecionar os maiores problemas que provocam sua ineficácia em combater grande parte das agressões praticadas entre membros que compõe a mesma entidade familiar; demonstrar a permissão e o estímulo da Constituição Federal para as alterações necessárias, especialmente por parte de princípios como o da solidariedade e de preceitos fundamentais como o da função social da herança; apresentar diferentes regramentos estabelecidos em legislações estrangeiras, para auxiliar na fundamentação jurídica de boa parte das sugestões; evidenciar a aderência da indignidade junto ao direito penal, pela compatibilidade com sua função e simetria com os demais efeitos extrapenais de uma condenação; apontar os inúmeros benefícios advindos da eventual migração de sua imposição pela jurisdição penal; e propõe com ineditismo, a extinção da deserdação e a aplicação da indignidade como efeito secundário extrapenal específico da condenação criminal, como um vértice da constitucionalização do direito privado, que viabiliza a aproximação e a integração do instituto patrimonial junto ao direito público, harmonizando-o com os atuais valores éticos e morais da sociedade brasileira.

Mestrando(a) Diego Rodrigues da Silva
Orientador(a) Professor Doutor José Cláudio Domingues Moreira
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema "O procedimento extrajudicial de usucapião como forma de efetivação do direito de propriedade"
Data da apresentação 18/11/2022

O Código de Processo Civil de 2015 (Lei nº 13.105/15) trouxe como uma das grandes novidades o procedimento extrajudicial da usucapião, inserindo o artigo 216-A na Lei de Registros Públicos. O novo Código consagra uma tendência desjudicializadora e de incentivo à autocomposição e resolução extrajudicial de conflitos. Nesse sentido, a presente dissertação tem o objetivo principal de demonstrar a importância desse movimento denominado de “desjudicialização” para o acesso à justiça e, em especial, uma constatação de que o procedimento extrajudicial de usucapião pode funcionar como importante mecanismo de obtenção do direito fundamental à propriedade, acesso à justiça e moradia digna. No que toca à metodologia, se pauta em uma pesquisa de cunho bibliográfico, que possibilita a recuperação de conhecimentos já sistematizados em determinada área, além do que, materiais publicados, em livros e trabalhos acadêmicos, são capazes de sustentar pesquisas tendo como premissa o modo de acesso às fontes secundárias. Neste sentido, buscou-se efetuar pesquisas em portais de periódicos, além de investigações relacionadas a leis, decretos e documentos que pudessem sustentar a discussão aqui proposta. Destaca-se que a pesquisa bibliográfica possibilita um estudo mais amplo sobre o tema, pois utiliza-se de uma grande quantidade de fenômenos, diferentemente da pesquisa realizada de maneira direta. A experiência de sucesso de outros procedimentos desjudicializadores mostra que a via extrajudicial torna mais fácil e célere o alcance do direito almejado e, nessa esteira, é que a usucapião extrajudicial surge como importante meio de efetivação de um direito fundamental do indivíduo, qual seja, o direito de propriedade.

Mestrando(a) Carlos Alberto Martins Júnior
Orientador(a) Professora Doutora Ruth Maria Junqueira de Andrade Pereira e Silva
Área de Concentração SISTEMA CONSTITUCIONAL DE GARANTIA DE DIREITOS
Tema O controle judicial da concorrência desleal por similaridade de trade dress de produtos de consumo
Data da apresentação 08/11/2022

O mercado consumerista discute, de há muito, a concretização do princípio constitucional da livre concorrência e do direito dos fabricantes de produtos de consumo à convivência pacífica com seus concorrentes. A concorrência desleal pela similaridade do trade dress de produtos ainda não foi estabelecida, de forma específica e autônoma, na legislação pátria brasileira, o que torna a discussão mais dificultosa, mais ampla e, muitas vezes, mais subjetiva. Por essa razão, o presente trabalho tem, como objetivo, explorar os dispositivos legais atualmente aplicáveis ao tema e abordar como os Tribunais brasileiros têm enfrentado a questão da prática da concorrência desleal por similaridade de conjunto-imagem e como têm procedido na análise jurídica de dois produtos concorrentes usando um certo conjunto-imagem no mesmo mercado, ademais de elucidar as implicações atinentes aos produtos concorrentes, notadamente quanto ao direito de pedido judicial de abstenção da utilização de determinado conjunto-imagem no mercado. Além disso, nesses casos, os litígios podem ser resolvidos, também, com o pagamento de indenização referente às perdas e danos causados ao outro concorrente, tendo, como parâmetro, a comprovação do real tamanho de mercado que cada produto detém. Nesse cenário, as decisões judiciais sobre o tema são imprescindíveis para a consolidação dos preceitos jurídicos referentes à matéria em questão, trazendo aos operadores de direito os elementos essenciais para a resolução dos conflitos.

Doutorando(a) Thiago Munaro Garcia
Orientador(a) Professora Doutora Maria Junqueira de Andrade Pereira e Silva
Área de Concentração SISTEMA CONSTITUCIONAL DE GARANTIA DE DIREITOS
Tema Recuperação judicial pró-sociedade: a natureza constitucional da função social da empresa
Data da apresentação 12/09/2022

A abordagem dada à função social da empresa, enquanto decorrente da proteção constitucional conferida à propriedade e meios de produção, passa a ser encarada, paulatinamente, sob o ponto de vista sistêmico, através da relação estabelecida entre Estado, economia e atividade empresária. A empresa, em franca expansão e destacada importância na atual sociedade de mercado, caracteriza-se, como nunca antes, como núcleo de produção de riqueza, de empregos e de circulação de bens e serviços, merecedora, portanto, de proteção e preservação. Além disso, aliado à compreensão sistêmica, perpassando-se por conceitos filosóficos e sociológicos que denotam a evolução do fenômeno econômico empresarial, robustece-se a compreensão de que a função social da propriedade recai, inexoravelmente, sobre a figura da empresa enquanto atividade destinada à produção de bens ou oferecimento de serviços para o mercado com o intuito lucrativo, sendo elemento essencial para o sistema social globalmente considerado. Afasta-se a ideia de empresa como empreendimento vinculado ao interesse particular de seu titular de maneira exclusiva, voltando-se para o interesse público em sua preservação. Apresenta-se, também, os princípios e objetivos da ordem econômica na Constituição Federal da República de 1988 aplicáveis à matéria recuperacional, traçando-se uma linha comparativa entre o cenário atual do processo de recuperação judicial e falência perante o Judiciário brasileiro e os sistemas recuperacionais adotados pelos Estados Unidos da América, França, Portugal, Argentina e Colômbia, possibilitando-se o compartilhamento das diferenças de técnicas legislativas e judiciais. Demais disso, a partir de dados estatísticos jurimétrico colhidos no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, bem como de estudos realizados pelo Observatório de Insolvência da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e Serasa Experian, expõe-se os entraves existentes na legislação atual de recuperação judicial de empresas e a necessidade de desenvolvimento de novas ferramentas legais para o tratamento do requerimento recuperacional formulado pelo insolvente. Nessa toada, extrai-se da função constitucional do Ministério Público - a quem se atribui a defesa dos interesses difusos e coletivos - a missão de proteção da ordem jurídica enquanto o complexo de regras e princípios que legitimam sua atuação não apenas como fiscal da lei, mas como legitimado para o ingresso de ações perante o Poder Judiciário e, inclusive e sobretudo, para a apresentação de novo procedimento de recuperação judicial vocacionado à proteção da empresa em razão de sua função social. Sendo assim, o parquet passa a ostentar legitimidade ativa para pleitear a recuperação judicial nos casos em que a função social da empresa se verificar em risco ou conflito com o interesse de seus titulares. Intui-se, também, a superação da crise causada pela interposição fraudulenta do procedimento recuperacional para blindagem da responsabilidade dos diretores e administradores. Destarte, expõe-se a necessária mudança de paradigma da recuperação judicial para aquilo que se convencionou denominar de recuperação pró-sociedade.

Mestrando(a) Juliana Losnake Pereira
Orientador(a) Livre-Docente Eliana Franco Neme
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema Crises mundiais e emancipação feminina : análise sob a perspectiva jurídico-constitucional
Data da apresentação 13/05/2022

A presente pesquisa tem como escopo analisar as principais crises mundiais enfrentadas, bem como a forma como essas impactaram a vida de mulheres; Assim, busca-se um estudo acerca da Peste Negra, a Primeira Guerra Mundial, a Gripe Espanhola, a Grande Depressão, a Segunda Guerra Mundial, os Anos de Chumbo e a Pandemia da Covid-19. Cumpre ressaltar que se objetiva identificar em que período histórico tais crises preexistiram, bem como qual era o papel feminino ante a sociedade em referida época. Tal estudo também versará a respeito do sistema constitucional de crises, sua implementação e os meios utilizados por este instituto, como o Estado de Defesa e o Estado de Sítio. Salienta-se que esta análise visa contribuir para a identificação de possíveis meios protetivos para a contribuição do enfretamento feminino às grandes crises mundiais, bem como resguardar a mulher, auxiliando sua emancipação.

Doutorando(a) Marcus Vinicius Feltrim Aquotti
Orientador(a) Dr. Sérgio Tibiriçá Amaral
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema Teoria da Ação Comunicativa de Habermas na justiça consensual penal como garantia de acessibilidade à justiça célere e fraterna e instrumento de pacificação social.
Data da apresentação 13 /05/2022

O presente trabalho teve por objetivo investigar, a partir da ideia de justiça e por meio da Teoria da Ação Comunicativa de Habermas, uma forma de se buscar um acesso material e efetivo à justiça, bem como restaurar o convívio social, rompido com o conflito decorrente, na esfera criminal, da prática da infração penal. Outro objetivo deste trabalho foi difundir ou implementar a noção de fraternidade na justiça, principalmente criminal, já que essa é, via de regra, voltada para o caráter retributivo. É certo que essa finalidade não tem atingido suas expectativas, já que o excesso de demandas tem exaurido o Poder Judiciário e prejudicado a boa prestação jurisdicional, impedindo a aplicação do princípio da duração razoável do processo, prejudicando, consequentemente, o acesso à justiça, especialmente das pessoas mais carentes, em decorrência da morosidade, que, por consequência, gera aumento dos custos de uma demanda. Importa também ressaltar que esse excesso de demandas que levam à falência do sistema judiciário brasileiro também decorre da cultura do litígio pregada em nossa sociedade, na qual tudo e todos devem recorrer ao Poder Judiciário para a solução de seus problemas, por mais simples e corriqueiros que sejam. Por esse motivo é que o presente trabalho buscou investigar e pesquisar a possibilidade do uso do diálogo e do consenso na justiça criminal, utilizando a razão comunicativa para atingir o entendimento e o consenso, para que se estabeleça uma cultura da solução pacífica entre as partes envolvidas no litígio e no conflito que, na esfera penal, é decorrente da prática de uma infração penal a qual lesou um bem jurídico tutelado pelo ordenamento jurídico Foi verificado também que essa busca por uma solução pacífica e consensual, valendo-se do diálogo e da racionalidade comunicativa, permite gerar uma série de benefícios, tais como o acesso à justiça, a pacificação e a restauração do convívio social. Também foi constatado que isso permite uma participação democrática e cidadã, gerando um amadurecimento do cidadão e da sociedade e o fortalecimento de princípios democráticos decorrentes dessas práticas voltadas para a justiça consensual criminal, oferecendo tanto a reparação do prejuízo sofrido pela vítima, trazendo-a para o contexto da solução negociada. Outro benefício que foi constatado, decorrente dessa prática, é que a mesma permite a restauração e a reabilitação do autor da infração penal ao convívio social, fomentando uma solução negocial não somente entre acusado e acusador, mas também com a inclusão da vítima, principal interessada neste processo. Com isto, ficou constatado que a aplicação do agir comunicativo abre um espaço democrático para um canal de diálogo e comunicação entre as partes, visando e oportunizando se substituir a cultura do conflito - com uma solução imposta e violenta por parte de um terceiro alheio ao litígio - para uma solução harmônica, consensual e dialogada entre as partes com o uso da comunicação racional. Com isso, abre-se o caminho para o resgate da fraternidade na justiça criminal, tornando-a mais humanizada em decorrência dos benefícios já mencionados, resultantes desta prática.

Doutorando(a) Alexandre Ferrari Vidotti
Orientador(a) Dra. Ruth Maria Junqueira de Andrade Pereira
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema A judicialização da assistência farmacêutica no Estado de São Paulo: ressignificações à luz da atual sistemática dos precedentes judiciais .
Data da apresentação 04 /04/2022

A temática deste trabalho detém atualidade, ineditismo e importância para o mundo acadêmico, bem como, para a sociedade em geral, na medida em que envolve a positivação do direito à saúde na Constituição Federal de 1988 e à luz do Novo Código de Processo Civil, ressignificando a figura dos precedentes judiciais; não, como um fenômeno de contenção de recursos ou de privação de direitos, mas, sim, como um instrumento de garantia desse direito fundamental e, também, de prestígio à segurança jurídica, perpetuada, nesse caso, pelo Poder Judiciário. Ademais, a discussão deste trabalho ganha contornos essenciais no âmbito do Estado de São Paulo, em especial nos programas de assistência farmacêutica desenvolvidos e financiados pela Secretaria Estadual de Saúde, em cumprimento das previsões constantes da Constituição Federal, da Constituição do Estado Bandeirante, dos ditames da Lei Federal nº 8.080/90 e de seus regulamentos infralegais, os quais implementaram o Sistema Único de Saúde. Todavia, nos embasamentos das decisões judiciais proferidas em primeira e em segunda instâncias, pouco se constata a observância desses programas e protocolos médicos, elaborados por grupos técnicos multidisciplinares ligados à área de saúde. A partir de 18 de março de 2016, com a entrada em vigor do Novo Código de Processo Civil (Lei Federal nº 13.105, de 16 de março de 2015) e com a codificação, no ordenamento processual brasileiro, da Teoria de Dworkin e da figura dos precedentes judiciais, em vista da uniformização e da vinculação de teses firmadas pelos Tribunais Superiores, em virtude do desequilíbrio estrutural derivado da constante intervenção judicial nas políticas públicas de saúde, suscita-se a questão sobre se esses precedentes inviabilizam o direito subjetivo de ação, se eles ferem a constitucional inafastabilidade da jurisdição e os limites da atuação jurisdicional, e se servem para estabelecer parâmetros que promovam maiores controle, equilíbrio e, até mesmo, melhor qualidade das decisões judiciais em saúde pública, em um patamar voltado à realidade fática, sem comprometer, em demasia, as ações e os programas farmacêuticos estatais.

Mestrando(a) Omar Augusto Leite Melo
Orientador(a) Dr. Luiz Nunes Pegoraro
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema Análise econômica dos direitos fundamentais: consequencialismo e custo dos direitos na jurisdição (econ)stitucional do Supremo Tribunal Federal.
Data da apresentação 17 /12/2021

A dissertação versa sobre o emprego da análise econômica do direito (AED) na jurisdição constitucional exercida pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil, sobretudo de argumentos consequencialistas extraídos da teoria dos custos dos direitos. O trabalho inicia com uma introdução acerca da AED com vistas à apresentação geral e desmistificação da abordagem juseconômica, destacando as possibilidades, os benefícios e os exemplos de aplicação da metodologia econômica no Direito. Após enfrentar o tema da concretização dos direitos fundamentais pela jurisdição constitucional, defende-se o uso da teoria dos custos dos direitos (orçamentários, sociais e de oportunidade) como referencial para a tomada de decisões jurídicas consequencialistas no âmbito da jurisdição "(econ)stitucional". Foi desenvolvida uma pesquisa empírica baseada em todos os acórdãos proferidos pelo STF no rito da repercussão geral publicados nos três primeiros trimestres de 2020, avaliando-se como os ministros adotaram argumentos juseconômicos em seus votos. Referida investigação quantitativa pretendeu revelar que a AED, sobretudo a argumentação consequencialista, já tem sido frequentemente empregada nos julgamentos do STF com repercussão geral, expandindo a aplicação da Análise Econômica do Direito Constitucional (Direito Constitucional & Economia), ainda que de modo inconsciente, implícito e sem o devido rigor metodológico oferecido por esta disciplina. Quanto à metodologia, o trabalho se valeu de uma investigação enciclopédica condizente com a dogmática jurídica tradicional, coletando-se acervo bibliográfico produzido por autores nacionais e estrangeiros, além de centenas de acórdãos. Ademais, investiu-se em pesquisas quantitativas de jurimetria, baseadas em estatísticas relacionadas aos direitos fundamentais e à jurisdição constitucional, para fins de retratar a realidade de seu exercício pelo STF.

Doutorando(a) Simone Nunes Freitas Araújo
Orientador(a) Dra. Claudia Mansani Queda de Toledo
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema Do valor ao trabalho digno e o teletrabalho: proposta de mudança legislativa.
Data da apresentação 21 /12/2021

No contexto da globalização, do avanço da tecnologia da informação e comunicação (TIC), da preponderância do Estado neoliberal, e da perspectiva das discussões relacionadas à história do trabalho e ao Direito do trabalho, em defesa da manutenção da justiça social, este estudo aborda o tema da modalidade teletrabalho. A mesma é definida por unir noções de labor a distância do lugar tradicional de trabalho com o emprego de TICs com vistas à competividade e a flexibilização nas relações trabalhistas, que em meio a paradoxos, pode gerar vantagens e desvantagens tanto para a empresa como para o trabalhador. No atual contexto da pandemia COVID-19, o percentual de crescimento da modalidade supera os anteriores, o que coloca questões a respeito de seus impactos sociais. A análise da legislação brasileira (Capitulo II-A da CLT, e art. 62, inciso III incluído pela Lei nº13.467/2017) e de diversos ordenamentos jurídicos existentes no mundo, como, também, documentos da EUROFOUND e OIT demonstram a fragilidade da legislação brasileira. O que importa destacar, os direitos sociais na Constituição Federal como cláusula pétrea, o princípio da proibição do retrocesso social em afirmativa ao valor absoluto a pessoa humana. Desta perspectiva, pergunta-se: Quais normas legais, ações dos operadores do direito, se fazem necessárias para proteção do indivíduo-trabalhador(a) quanto ao equilíbrio trabalho-vida, saúde ocupacional, e bem-estar? Para responder a esta questão foram realizadas as seguintes ações metodológicas: Revisão das literaturas nacional e internacional sobre trabalho, Direito do Trabalho, Direitos Sociais, Tratados Internacionais, Teletrabalho e Legislações; Amostra investigativa, quanti-qualitativa, de dados coletados através de questionário fechado direcionado a teletrabalhadores de localidades distintas, de diversas profissões, ocupações e níveis de escolaridade. Os resultados apontaram para a fragilidade das condições de trabalho na modalidade teletrabalho no Brasil, os riscos à saúde do teletrabalhador. O que importa a necessidade de apresentar uma proposta legislativa para a garantia da real aplicação do valor ao trabalho digno e da justiça social.

Doutorando(a) Paulo Henrique Silva Godoy
Orientador(a) Dr. José Luiz Ragazzi
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema Simulação processual fraudulenta e seu controle no Direito Processual Civil brasileiro - O acesso à justiça de pretensões legitimas.
Data da apresentação 17 /11/2021

A simulação processual fraudulenta consiste no uso ilícito ou anormal do processo que visa fraudar a lei ou terceiros. A inobservância de princípios éticos (lealdade) e a ausência de um efetivo contraditório no processo que não passa de uma mera aparência constitui abuso do direito de demandar e grave ato atentatório à dignidade da Justiça. Ao se afastar dos escopos nobres e desejados da atividade jurisdicional, a simulação processual fraudulenta deverá ser combatida, evitando-se que o processo produza efeitos não desejados pelo legislador. A presente tese procurou, portanto, evidenciar os casos de simulação processual fraudulenta e demonstrar a sua principal consequência, qual seja, a nulidade absoluta do processo. O sistema processual brasileiro dispõe de um efetivo controle dessas pretensões ilegítimas. As invalidades processuais podem e devem ser controladas quando o processo está em curso (interno) e, dependendo do grau de invalidade, mesmo após o trânsito em julgado (externo). Dentro dessa perspectiva, a tese mostrou como deve ser feito o controle interno da simulação processual fraudulenta que levará a uma decisão obstativa (art. 142, do CPC/2015), seja ela meramente terminativa ou definitiva. Após o trânsito em julgado (controle externo), a nulidade absoluta decorrente da simulação processual poderá ser alegada, em sede de ação rescisória que prevê a simulação ou a colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei, como vício rescisório (art. 966, III, do CPC/2015). Embora eleita como vício rescisório, a simulação processual fraudulenta poderá ser alegada por ação declaratória de nulidade, ação anulatória e até mesmo em sede de embargos de terceiro, considerando que o vício da nulidade absoluta impede a formação da coisa julgada e que terceiros sejam atingidos pela eficácia da decisão judicial

Mestrando(a) Karen Cristina Kerche Dias
Orientador(a) Dra. Roberta Cristina Paganini Toledo Lew
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema Abandono Digital
Data da apresentação 28 /09/2021

O presente trabalho apresenta a análise do novo instituto do abandono digital infantil como hipótese de negligência parental. Com o avanço acelerado da tecnologia se torna indiscutível a nossa adaptação ao mundo atual. As crianças já nascem em um mundo cada vez mais virtual e logo cedo entram em contato com as redes sociais. Busca-se a discussão sobre a liberdade que as crianças e adolescentes têm em redes e ambientes virtuais e, se for o caso a responsabilização ou orientação aos pais que cometem abandono digital, deixando livre o acesso sem nenhum controle e supervisão. Boa parte das crianças já estão on-line. As crianças absorvem conhecimento e formam sua identidade com base do conteúdo que acessam desde pequenas, de acordo com especialistas. A destreza com a tecnologia, somada à ingenuidade, pode acarretar problemas bem mais graves. Levando como base a Doutrina da Proteção Integral, o Estatuto da Criança e do Adolescente e as leis que regulamentam o Direito Digital, busca-se a intervenção estatal de forma a amenizar os prejuízos e proteger as crianças e adolescentes, bem como, se for necessário e em último caso, alterar a situação familiar. Por fim, tem ainda por objeto propor a inclusão de um terceiro inciso no § 1º do artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Mestrando(a) Julio César Marin do Carmo - Defesa
Orientador(a) Dr. Georghio Alessandro Tomelin
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema Categorias jurisprudenciais decursivas da dignidade
Data da apresentação 28 /10/2021

O objetivo desta dissertação é extrair da jurisprudência o sentido, o alcance prescritivo e todos os critérios de utilização do princípio da dignidade da pessoa humana, pelo Judiciário e, verificar se os tribunais estão cumprindo a função constitucional de efetivá-lo. Positivada na Constituição Federal de 1988, a dignidade da pessoa humana possui força vinculante e estruturadora de todo o ordenamento jurídico irradiando seus efeitos sobre os demais princípios e direitos fundamentais. Trata-se de verdadeira conquista civilizatória. Contudo, em razão das diferentes raízes filosóficas e doutrinárias aliadas à vagueza, porosidade e abertura material dos princípios, diversas dimensões foram desenvolvidas na doutrina, operando-se assim grande divergência quanto ao real sentido. Por tal razão, avulta a importância da compreensão e delimitação do seu conteúdo mínimo (até mesmo para se evitar o uso indiscriminado) dada pelos Pretórios para sua efetiva realização. De outro lado, pretende-se evidenciar que a despeito da positivação da dignidade na Carta Magna, a complexidade para sua conceituação e a evolução da dogmática constitucional, longe estamos de efetivar a sua aplicação, mormente no âmbito trabalhista onde pelos influxos dos ideais liberais, o Estado não tem cumprido seu poder-dever de implementar ações tendentes a impedir lesões à dignidade.

Doutorando(a) Diogenis Bertolino Brotas - Defesa
Orientador(a) Dr. José Luiz Ragazzi
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema Combate à guerra fiscal x efetivação do direito fundamental à alimentação: uma necessária releitura constitucional.
Data da apresentação 26 /10/2021

Trata-se de trabalho de pesquisa desenvolvido junto ao Programa de Pós-graduação em Direito, do Centro Universitário de Bauru, mantido pela Instituição Toledo de Ensino, dentro da Linha de Pesquisa 1 - Direitos Fundamentais e Inclusão Social, junto ao grupo de pesquisa Direitos Humanos e Tributação. À vista do necessário rigor metodológico, utilizamos como instrumentos de investigação o teórico, o bibliográfico, o explicativo/descritivo e o qualitativo; assim como o método dedutivo, pelo qual a evidenciação da tese se dá por meio de uma sequência de argumentos, cada qual a provar uma etapa do discurso. A pesquisa está dividida em cinco capítulos, seguindo-se a conclusão. Sempre respeitando o foco do trabalho, inicialmente discorremos sobre a evolução e a classificação dos direitos humanos. Na sequência, analisamos as bases do sistema tributário brasileiro, em especial alguns princípios constitucionais relacionados à tese. No capítulo três, tratamos do direito fundamental à alimentação, direito humano de primeira dimensão, corolário do direito à vida digna. No capítulo quatro, discutimos sobre as bases e a evolução do federalismo, com destaque ao superestimado, atual estágio do brasileiro; discussão importante e necessária à análise da atuação do CONFAZ em nosso território. Após, no quinto e último capítulo, com fundamento na doutrina do capitalismo humanista, a qual sustenta a liberdade e a igualdade, alicerçadas no amor de Cristo/fraternidade, mas também com base nos princípios da dignidade da pessoa humana, do mínimo existencial, da felicidade, da razoabilidade/proporcionalidade, da capacidade contributiva, da seletividade e da autonomia dos Estados-membros, apresentamos os resultados do trabalho, o qual passa pelo necessário enfrentamento da dicotomia existente entre o combate à guerra fiscal versus a efetivação do direito fundamental à alimentação; em face do que, sustentou-se a necessidade de uma releitura constitucional, para a solução da pseudo antinomia.

Mestrando(a) Júlio César Marin do Carmo
Orientador(a) Dr. Georghio Alessandro Tomelin
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema Categorias jurisprudenciais decursivas da dignidade.
Data da apresentação 28 /10/2021

O objetivo desta dissertação é extrair da jurisprudência o sentido, o alcance prescritivo e todos os critérios de utilização do princípio da dignidade da pessoa humana, pelo Judiciário e, verificar se os tribunais estão cumprindo a função constitucional de efetivá-lo. Positivada na Constituição Federal de 1988, a dignidade da pessoa humana possui força vinculante e estruturadora de todo o ordenamento jurídico irradiando seus efeitos sobre os demais princípios e direitos fundamentais. Trata-se de verdadeira conquista civilizatória. Contudo, em razão das diferentes raízes filosóficas e doutrinárias aliadas à vagueza, porosidade e abertura material dos princípios, diversas dimensões foram desenvolvidas na doutrina, operando-se assim grande divergência quanto ao real sentido. Por tal razão, avulta a importância da compreensão e delimitação do seu conteúdo mínimo (até mesmo para se evitar o uso indiscriminado) dada pelos Pretórios para sua efetiva realização. De outro lado, pretende-se evidenciar que a despeito da positivação da dignidade na Carta Magna, a complexidade para sua conceituação e a evolução da dogmática constitucional, longe estamos de efetivar a sua aplicação, mormente no âmbito trabalhista onde pelos influxos dos ideais liberais, o Estado não tem cumprido seu poder-dever de implementar ações tendentes a impedir lesões à dignidade.

Doutorando(a) Diogenis Bertolino Brotas
Orientador(a) Dr. José Luiz Ragazzi
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema Combate à guerra fiscal versus efetivação do direito fundamental à alimentação: uma necessária releitura constitucional.
Data da apresentação 26 /10/2021

Trata-se de trabalho de pesquisa desenvolvido junto ao Programa de Pós-graduação em Direito, do Centro Universitário de Bauru, mantido pela Instituição Toledo de Ensino, dentro da Linha de Pesquisa 1 - Direitos Fundamentais e Inclusão Social, junto ao grupo de pesquisa Direitos Humanos e Tributação. À vista do necessário rigor metodológico, utilizamos como instrumentos de investigação o teórico, o bibliográfico, o explicativo/descritivo e o qualitativo; assim como o método dedutivo, pelo qual a evidenciação da tese se dá por meio de uma sequência de argumentos, cada qual a provar uma etapa do discurso. A pesquisa está dividida em cinco capítulos, seguindose a conclusão. Sempre respeitando o foco do trabalho, inicialmente discorremos sobre a evolução e a classificação dos direitos humanos. Na sequência, analisamos as bases do sistema tributário brasileiro, em especial alguns princípios constitucionais relacionados à tese. No capítulo três, tratamos do direito fundamental à alimentação, direito humano de primeira dimensão, corolário do direito à vida digna. No capítulo quatro, discutimos sobre as bases e a evolução do federalismo, com destaque ao superestimado, atual estágio do brasileiro; discussão importante e necessária à análise da atuação do CONFAZ em nosso território. Após, no quinto e último capítulo, com fundamento na doutrina do capitalismo humanista, a qual sustenta a liberdade e a igualdade, alicerçadas no amor de Cristo/fraternidade, mas também com base nos princípios da dignidade da pessoa humana, do mínimo existencial, da felicidade, da razoabilidade/proporcionalidade, da capacidade contributiva, da seletividade e da autonomia dos Estados-membros, apresentamos os resultados do trabalho, o qual passa pelo necessário enfrentamento da dicotomia existente entre o combate à guerra fiscal versus a efetivação do direito fundamental à alimentação; em face do que, sustentou-se a necessidade de uma releitura constitucional, para a solução da pseudo antinomia.

Doutorando(a) Bruno Alberto Maia
Orientador(a) Livre docente Eliana Franco Neme
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantias de Direito
Tema Autonomia da vontade e direitos fundamentais: violação à igualdade no Estatuto da Pessoa com Deficiência
Data da apresentação 10 /09/2021

Esta tese investiga quais os fundamentos jus-filosóficos que nos permitem sustentar que o Estatuto da Pessoa Com Deficiência está em total descompasso com a autonomia da vontade e com a disciplina dos Direitos Fundamentais na Constituição Federal de 1988. A pesquisa desenvolvida baseia-se em vasto levantamento e revisão bibliográfica, sobretudo, dos pandectistas alemães em razão da influência que exerceram e exercem até hoje, tanto na doutrina, quanto na jurisprudência brasileiras. A partir da relação dialética entre os métodos científicosdedutivo e indutivo, a questão de fundo que apresentamos é que o Estatuto da Pessoa Com Deficiência, ao dispor em seus comandos legais, notadamente, os artigos 6º e 84, que o deficiente é considerado pessoa plenamente capaz para a prática dos atos da vida civil, provocou uma entropia, tanto no âmbito do Direito Constitucional, quanto no âmbito do Direito Civil, além de ter, em razão do seu excesso de concretização, banalizado a dignidade da pessoa humana, erigida como um dos Fundamentos da República Federativa do Brasil, e elemento intrínseco da pessoa natural, que permite o exercício da autonomia para os referenciais de imputação plenamente capazes, e que, simultaneamente, justifica a necessidade de proteção das minorias vulneráveis deficientes, a partir de outro vetor axiológico, corolário da dignidade da pessoa humana, a saber, o princípio da solidariedade, tanto, no âmbito familiar, quanto coletivo. Sob essa perspectiva, a pessoa humana é, e deve ser simultaneamente o sujeito e o objeto empírico do Direito em prol do reconhecimento de iguais liberdades fundamentais, respeitadas as diferenças que devem ser racionalmente justificadas pelo legislador de Direito Privado, sob pena de comprometer a autonomia científica do Direito Constitucional e do Direito Civil, e, por conseguinte, toda a tradição dogmática civilista, quando não exerce adequadamente a filtragem dos Direitos Fundamentais, para, assim, permitir seu ingresso no âmbito do Direito Privado. Como resultado da pesquisa, apresentamos os fundamentos pelos quais podemos sustentar a inconstitucionalidade dos Artigos 6º e 84 do Estatuto da Pessoa Com Deficiência, em razão da violação à Convenção de Nova Iorque, cujo Protocolo Facultativo foi ratificado pelo Brasil e ingressou em nosso ordenamento jurídico com força de Emenda Constitucional.

Doutorando(a) Vania Mara Basílio Garabini - Defesa
Orientador(a) Livre docente Walter Claudius Rothenburg
Área de Concentração SISTEMA CONSTITUCIONAL DE GARANTIA DE DIREITOS
Tema Assistência social e inclusão por meio da renda básica universal: uma perspectiva de justiça social
Data da apresentação 19 /12/2020

A desigualdade social é um dilema da sociedade contemporânea. O que torna necessário explorar como a proteção social, caminha em direção a um ideário de justiça social a ser promovido pelas governanças do Estado Democrático de Direito. Nesse sentido, desenvolve-se a hipótese do trabalho em que a Renda Básica Universal não se trata de uma política social de transferência de renda e sim, de um direito fundamental que encontra justificativa na Justiça Social. Através de pesquisa bibliográfica exploratória, sobre a Renda Básica Universal, o sistema de proteção social e a redistribuição de renda objetiva-se contribuir para realização dos ideários contemporâneos de justiça social, compreendendo a redistribuição de renda como uma forma de garantia da dignidade de vida, de reconhecimento de status e de livre exercício de cidadania, com intrínseca vinculação à proteção dos direitos humanos. E, ao delinear o direito fundamental à assistência social, considerando a estrutura unitária dos direitos fundamentais, constata-se que a Renda Básica Universal surge, no cenário atual, com especificidades de um direito fundamental. Essa concepção está centrada na segurança da existência do ser humano, através da percepção socioeconômica que gera inclusão social e reconhecimento de sujeitos e grupos politicamente abandonados ou socialmente excluídos da participação democrática. Conclui-se que a proteção e a garantia do acesso à renda contida em nosso texto constitucional e que reverbera em nossas legislações infraconstitucionais, em cumprimento às diretrizes universais de Dignidade da Pessoa Humana, Cidadania e Justiça Social são suficientes para o reconhecimento da Renda Básica Universal como um direito fundamental em nosso sistema legal constitucional.

Doutorando(a) Tatiana Stroppa - Defesa
Orientador(a) Livre docente Walter Claudius Rothenburg
Área de Concentração SISTEMA CONSTITUCIONAL DE GARANTIA DE DIREITOS
Tema Regulação democrática dos meios de comunicação social para a garantia de direitos no ambiente digital
Data da apresentação 18 /12/2020

O presente trabalho tem como tema central a defesa da regulação dos meios de comunicação social, compreendida como um aspecto da dimensão objetiva do direito fundamental à comunicação social. Este exige regulamentações jurídicas que garantam um livre fluxo de conteúdos e não apenas a preservação de espaços de autonomia individual que permitam a manifestação. Destaca as funções exercidas pelos meios de comunicação social e suas novas implicações, a partir da digitalização e convergência, que impactam a construção da esfera pública e as condições de consolidação da democracia e de efetivação de direitos, particularmente os direitos de expressão, de informação e à comunicação. Para cumprir seu objetivo, o estudo refuta um entendimento desregulatório que vê nos meios de comunicação o protagonismo para as decisões sobre quais conteúdos são visíveis na esfera pública. A opção pela vinculação da regulação estatal a um modelo democrático sublinha a compreensão de que a atuação do Estado é imprescindível para a construção de espaços plurais e diversos no ambiente comunicacional e que, ao mesmo tempo, o Estado está sujeito a controles que evitam qualquer ingerência inconstitucional no fluxo de conteúdos quando do exercício dessa tarefa. Pela posição central das plataformas de conteúdo e de aplicação na estruturação da esfera pública, a tese, embora reconheça a importância dos mecanismos de autorregulação e corregulação, firma o protagonismo do Estado na fixação de normas jurídicas que devem ser seguidas nas definições dos termos de uso e nas atividades de moderação de conteúdos, direcionando o regime jurídico-normativo para uma regulação convergente que enfoque a veiculação de conteúdo audiovisual e não a tecnologia utilizada para o transporte de conteúdos. O Estado deve fixar parâmetros a serem obrigatoriamente observados pelas grandes plataformas digitais que monopolizam e oligopolizam a camada de aplicações e de conteúdo na internet; modulam e direcionam os conteúdos, em atuações que configuram formas contemporâneas de censura; fragmentam as experiências; e minam a diversidade e a pluralidade, valores fundamentais em sociedades democráticas.

Doutorando(a) Guilherme Soares de Oliveira Ortolan - Defesa
Orientador(a) Dr. Cláudio José Amaral Bahia
Área de Concentração SISTEMA CONSTITUCIONAL DE GARANTIA DE DIREITOS
Tema A morte assistida, com dignidade, sob a perspectiva da liberdade religiosa em um estado laico.
Data da apresentação 17 /12/2020

Esta tese propõe o direito de morrer, sob determinadas condições, em que o sofrimento percebido pela pessoa torna insuportável continuar vivo. Delimita conceitualmente e elenca requisitos para a morte assistida, sob três modalidades - eutanásia, suicídio assistido e ortotanásia - sustentando que sua licitude, no cenário jurídico-constitucional brasileiro, está fundamentada no princípio da dignidade da pessoa humana e no direito geral de liberdade, que tem como seus corolários a liberdade religiosa e a laicidade do Estado. Argumenta que a discussão sobre o tema frequentemente acaba interditada por um viés dogmático, de origem religiosa, com que se enxerga o direito à vida, ou, antes, a sacralidade da vida humana. A dignidade da pessoa humana legitima, nas condições excepcionais delineadas, a deliberada antecipação do termo à vida, a fim de fazer cessar a dor ou o sofrimento, permitindo um final digno para a vida. A pesquisa aborda as características gerais, algumas delas criticamente, dos direitos fundamentais, e, sob um referencial teórico específico, a obra do professor Jorge Novais, identifica um conteúdo normativo autônomo para o princípio da dignidade da pessoa humana. Traça um direito geral de liberdade e identifica os seus corolários pertinentes à pesquisa, apontando, ainda, a apropriação indevida da dignidade humana e da liberdade religiosa pela retórica religiosa. Envereda, também, pelo tabu da morte, procurando significá-la sob perspectiva histórica e antropológica. É traçado um breve escorço da visão de algumas religiões sobre a morte assistida. No cerne da pesquisa, é apontada uma solução de continuidade na proteção jurídica da dignidade da pessoa, que deveria manter-se ao longo de toda a sua vida, todavia fraqueja nos seus estertores. É diagnosticada uma concepção contemporânea de autonomia jurídica, como elemento biográfico da dignidade humana e, dialogando com a Bioética, é oferecida uma interpretação do direito à vida que permite concluir por um direito à morte sob as condições e mediante a observância dos requisitos propostos. A metodologia do trabalho é sincrética no que se refere às suas fontes e o raciocínio desenvolvido na tese está organizado sob o método dedutivo; como métodos auxiliares, são utilizados: histórico, comparativo e dialético.

Doutorando(a) Marcos Alcará - Defesa
Orientador(a) Dr. Sergio Tibiriçá Amaral
Área de Concentração SISTEMA CONSTITUCIONAL DE GARANTIA DE DIREITOS
Tema O acesso à justiça pela conciliação na suspensão da CNH e o direito fundamental de locomoção.
Data da apresentação 15 /12/2020

A conciliação com o Ente Público é possível diante das penalidades constantes no Código de Trânsito Brasileiro, quando da punição de proprietários de veículos e condutores, quando ocorra de forma indevida, punindo sumariamente aqueles que não sejam efetivamente os condutores responsáveis. Visando garantir o direito à locomoção e ao acesso à justiça, a Carta Magna de 1988, assegurou por meio do art. 5º, incisos XV e XXXV, que o Poder Judiciário irá garantir o direito à locomoção e apreciar lesão ou ameaça a direito. Na busca pela correção de distorções quando da aplicação de penalidades sumárias à CNH dos proprietários e condutores, o Poder Judiciário passa a apreciar pedidos de proprietários de veículos, objetivando a correção do cadastro de pontos decorrentes de multas de trânsito cadastradas sumariamente na CNH do proprietário, quando não tenha ocorrido a identificação do condutor no momento da autuação, visando a readequação da situação ao real condutor. Com o avanço do Constitucionalismo, o acesso à justiça, além de ser exercido pelas partes ao acessarem o Poder Judiciário, passa a reclamar pelo necessário debate sobre uma maior brevidade quanto à resposta do Estado Julgador, em relação ao bem pretendido pela prestação jurisdicional vindicada, almejando pela resposta enquanto útil, em especial no caso de aplicação de penalidades restritivas de direitos que recaiam sobre o direito de conduzir veículos, que limitam a locomoção regular por parte do cidadão. O trabalho foi desenvolvido por meio de pesquisa bibliográfica e análise de julgados do STJ, com base em fontes especializadas indicando a fundamentação dominante sobre o tema. A efetiva punição dos condutores, consoante às disposições do Código de Trânsito Brasileiro, deve ser feita observando as normas previstas na Constituição Federal de 1988, que garantem a todos o acesso à justiça, que será efetivado com o intento de ações judiciais e com o desfecho destas de forma mais célere, com a participação dos integrantes do processo, mediante atuação mais dinâmica, buscando a conciliação pelas partes, incluindo o Poder Público, nos casos em que houver autorização para tanto.

Doutorando(a) Luiz Henrique Milaré de Carvalho - Defesa
Orientador(a) Dr. Claudio José Amaral Bahia
Área de Concentração SISTEMA CONSTITUCIONAL DE GARANTIA DE DIREITOS
Tema Ninguém fica para trás: a participação popular nas audiências públicas e a construção do direito fundamental à moradia.
Data da apresentação 17 /12/2020

A proposta desta tese é a formulação de uma regulamentação legal específica para as audiências públicas dentro do Estatuto da Cidade, apresentada como ferramenta indispensável para a construção do direito à moradia, principalmente para as camadas vulneráveis da população. Tal desiderato é propiciar a efetiva participação popular, conforme estabeleceu o legislador constituinte em 1988, principalmente nos artigos 182 e 183 do texto. Para tanto, a metodologia utilizada foi a indutivadedutiva, com apoio em livros, artigos, documentos e legislações nacionais e internacionais, visando estabelecer um parâmetro com outros locais e outras experiências. E, nessa trajetória, aborda-se a importância da moradia enquanto abrigo, refúgio e construção de identidade do ser humano, em perspectivas psicológica, religiosa, cultural, na interação espaço - indivíduo, fatores de sua conceituação como integrante no rol dos direitos humanos e o problema da ocupação do espaço como mercadoria e a fragilidade das cidades em habitar o ser humano, principalmente ante as desigualdades crescentes. Em tal realidade, as condições precárias de cidades que alijam seus moradores para espaços hostis, criando seres invisíveis, sem direitos. De forma que o problema ganha projeção mundial, com enfrentamento multifacetado, discutido nas Conferências da ONU, onde o slogan não deixar ninguém para trás, da última edição em Quito, no Equador, converge com o pensamento de Henri Lefebvre na obra O Direito à Cidade e a transformação do humanismo e do urbano ante o protagonismo de todos seus habitantes. Na perspectiva positiva interna, o direito à moradia e de participação popular como direitos fundamentais, e o papel do Judiciário na ponderação da dignidade da pessoa humana, mínimo existencial e reserva do possível. Igualmente pertinente são os movimentos sociais e seu papel de resgate de cidadania e democracia direta, elementos crescentes na nova projeção de Políticas Públicas.

Mestrando(a) Ana Carla Criscione dos Santos - Defesa
Orientador(a) Dra. Cláudia Mansani Queda de Toledo
Área de Concentração SISTEMA CONSTITUCIONAL DE GARANTIA DE DIREITOS
Tema Ordenamento jurídico de proteção à mulher: Evolução e efetividade das garantias constitucionais.
Data da apresentação 18 /12/2020

Este estudo propõe uma reflexão sobre a evolução dos direitos das mulheres, tomando como partida a Constituição de 1824 e a legislação que vigorava na época. A análise da exclusão sistemática das mulheres como sujeitos de direitos durante o período faz questionar se, de fato, atualmente, são elas iguais aos homens, conforme preconiza a Constituição Federal de 1988. No decorrer do trabalho, exponho a grande diferença existente quanto à pouca representatividade feminina na política, a grande carga de afazeres domésticos às mulheres atribuída, a menor remuneração pelo mesmo trabalho e proponho, ao final, a análise da efetividade da legislação pátria na proteção e amparo das mulheres, especialmente aquelas vítimas de violência doméstica e sexual. A arraigada cultura da diferença de gênero na sociedade brasileira, com a cultura de que existem papéis predefinidos para o homem e para a mulher, dificulta a efetividade da legislação pátria. A realidade da violência doméstica contra as mulheres, tida mundialmente como a grande pandemia pela Organização Mundial de Saúde, traz a necessidade de reflexão a respeito das atitudes necessárias para diminui-la, caso não seja, ainda, possível extirpá-la, como a implantação dos grupos reflexivos para homens agressores. O estudo visa contribuir com uma discussão quanto à influência da cultura dificulta ou cria obstáculos à tão sonhada igualdade.

Mestrando(a) Arthur Célio Cruz Ferreira Jorge Garcia - Defesa
Orientador(a) Dr. Sergio Tibiriçá Amaral
Área de Concentração SISTEMA CONSTITUCIONAL DE GARANTIA DE DIREITOS
Tema CONTROLE DE CONVENCIONALIDADE COMO INSTRUMENTO DE GARANTIA AOS DIREITOS HUMANOS
Data da apresentação 16 /12/2020

O controle de convencionalidade abordado nesta pesquisa é tema de extrema relevância, seja no plano nacional quanto internacional, que realmente intriga e instiga o estudo. Trata-se de um novo método para a compatibilização e (re)adequação das normas infraconstitucionais em que se substitui a Constituição como paradigma de confronto pelos tratados internacionais veiculadores dos direitos humanos, e que deve ser realizado pelos Estados-membros da Organização dos Estados Americanos tal como o Brasil, consoante determina o Sistema Regional Interamericano de Proteção de Direitos Humanos ao qual estamos vinculados, sob pena de a omissão caracterizar afronta a esses direitos e a deflagração dos mecanismos próprios de proteção internacional com possíveis condenações. Utilizando-se do método dedutivo, a partir de uma revisão bibliográfica sobre o tema, a pesquisa teve por escopo principal aferir se essa nova modalidade de controle dos atos normativos configurava-se como instrumento hábil a garantir a proteção dos direitos humanos enquanto representantes da própria dignidade humana. Para tanto percorremos todo o processo de formação histórica, filosófica, política e jurídica da dignidade humana e dos direitos nela respaldados, suscitando, inclusive, o grave golpe sofrido durante as grandes guerras mundiais, e como a humanidade resolveu superar a fragilidade exposta nos entreguerras para restabelecer e desenvolver uma proteção universal desses direitos no âmbito internacional, dissociada da relação sujeito-Estado. Discorremos então acerca do Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos para revelara como o controle de convencionalidade é tratado no âmbito internacional, para que pudéssemos promover as devidas relações com o Estado brasileiro e a Constituição Federal de 1988, logrando êxito revelar todo o potencial do controle de convencionalidade ser utilizado como instrumento de garantia dos direitos humanos, notadamente na via difusa, propiciando a correção de problemas e deficiências internas do Brasil na proteção desses direitos, evitando-se a atuação coadjuvante e complementar dos mecanismos de proteção internacional como vem ocorrendo atualmente, por ironia, como decorrência da omissão e ausência de tempestiva tutela por parte do Poder Judiciário brasileiro.

Mestrando(a) Germano Vannini - Defesa
Orientador(a) Dr. José Roberto Anselmo
Área de Concentração SISTEMA CONSTITUCIONAL DE GARANTIA DE DIREITOS
Tema PRINCÍPIO DA DIGINIDADE HUMANA, SUA RECOGNIÇÃO PELAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS E SEU USO INDISCRIMINADO.
Data da apresentação 16 /12/2020

A presente dissertação debruça-se sobre a dignidade da pessoa humana, considerada uma das temáticas mais erigidas na seara jurídica e em outras ciências do conhecimento. Examinando as perspectivas determinantes de suas principais dimensões, com foco nos aspectos teológico e filosófico, considerando a impossibilidade de se abarcar todos os enunciados associados ao tema, tendo em vista sua complexidade, extensão e ramificação em inúmeras culturas e doutrinas, far-se-á uma análise singular a seu respeito, buscando compreendê-la, além de descrever sua trajetória evolutiva, sua importância no ordenamento jurídico internacional, sua concepção e sua relação social e histórica com a ciência do direito. Ademais, identificar-se-á a roupagem atribuída à dignidade por cada texto constitucional brasileiro, verificando-se, conjuntamente, o período nacional correspondente, com ênfase em seus desdobramentos enquanto princípio fundamental da Constituição Federal brasileira de 1988. Por fim, apresentar-se-á algumas considerações acerca de seu uso indiscriminado pelos operadores do direito, fazendo-se uma alusão ao toque de Midas. Nesse sentido, com o fim de se alcançar uma análise hígida com relação a tais aspectos que envolvem a dignidade, utilizar-se-á, como metodologia de pesquisa científica, o método indutivo.

Mestrando(a) Lígia Maria Costa Ribeiro - Defesa
Orientador(a) Dra. Eliana Franco Neme
Área de Concentração SISTEMA CONSTITUCIONAL DE GARANTIA DE DIREITOS
Tema Povos indígenas na corte interamericana de direitos humanos: uma ideia de justiça.
Data da apresentação 16 /12/2020

Esta dissertação tem por objetivo analisar se os direitos sociais de minorias e grupos vulneráveis, notadamente dos povos indígenas, encontram-se devidamente protegidos pelo Sistema Interamericano de Proteção de Direitos Humanos. Isto porque, hodiernamente as minorias e os grupos vulneráveis clamam pela proteção de seus direitos tão aviltados cotidianamente, face as constantes discriminações que lhe são perpetradas pela classe dominante da sociedade que advém desde a formação do processo histórico de colonização do Brasil e demais países latino-americanos. O texto sugere que para a efetiva inclusão e proteção desses direitos seria necessário acessar mecanismos internacionais de proteção, no entanto, a análise dos casos levados à Corte Interamericana de Direitos Humanos demonstrou a ausência de efetiva proteção dessas minorias e grupos vulneráveis, pois na América-Latina de um modo geral ainda está a se tentar implementar direitos de primeira dimensão, ainda não totalmente garantidos nesses países, inviabilizando praticamente uma melhor leitura e proteção dos almejados direitos de segunda dimensão há muito declarados pelas Constituições.

Mestrando(a) Rodolfo Rabito Soares - Defesa
Orientador(a) Dr. Claudio José Amaral Bahia
Área de Concentração SISTEMA CONSTITUCIONAL DE GARANTIA DE DIREITOS
Tema Da decisão adequada nos casos difíceis em defesa dos direitos fundamentais.
Data da apresentação 16 /12/2020

Passando pelo estudo do desenvolvimento dos direitos e garantias fundamentais, desde os seus primórdios, chegamos à teoria da aplicabilidade dos direitos fundamentais nas relações privadas, mais conhecida como efeito horizontal. Com isto, temos por análise no presente trabalho o estudo e crítica ao Recurso Extraordinário 201.819-8 - Rio de Janeiro, de Relatoria da Ministra Ellen Gracie, cujo o qual trouxe duas vertentes de interpretações quanto ao conflito de normas de direito civil (normas internas de associação privada) e direito constitucional (direito fundamental ao contraditório e ampla defesa). Desta forma, diante do atual cenário jurídico, no qual está cada vez mais calcado no Estado Democrático de Direito, com supedâneo nos direitos fundamentais dos cidadãos, necessário se faz uma releitura do referido julgamento com ênfase no método hermenêutico de interpretação para a construção da decisão judicial. A partir disto, traçamos por bem o estudo da hermenêutica jurídica pelos jusfilosóficos que mais se aproximam da realidade brasileira, qual sejam: Lênio Streck e Ronald Dworkin. No que se refere a hermenêutica judicial, trabalhamos o estudo do melhor método de interpretação da norma e suas lacunas em face do julgamento dos casos difíceis, visando uma decisão adequadamente correta à moralidade política e em defesa dos direitos e garantias fundamentais, provendo, com isso, uma sustentação para julgamentos futuros. Também fora abordada a questão da discricionariedade do juiz quando da interpretação da normal

Mestrando(a) Fernando Mello Duarte - Defesa
Orientador(a) Dr. José Luiz Ragazzi
Área de Concentração SISTEMA CONSTITUCIONAL DE GARANTIA DE DIREITOS)
Tema SISTEMA CONSTITUCIONAL E OS PRECEDENTES NO BRASIL: A DEFESA DE UM SISTEMA PRÓPRIO.
Data da apresentação 15 /12/2020

O sistema judiciário processual civil brasileiro sofreu diversas alterações com a entrada em vigor do Novo Código de Processo Civil em 2015. Dentre as principais alterações, estão as mudanças relacionadas ao regime dos pronunciamentos judiciais e demais mecanismos de segurança jurídica, os quais sofreram substanciais alterações rumo à solidificação do sistema de precedentes. O NCPC inaugura antes de tudo um encontro entre duas tradições tradicionalmente tidas como opostas (civil law e common law). Se, na origem, as diferenças entre o direito costumeiro e o escrito podiam ser facilmente identificadas e tidas como critérios diferenciadores, na atualidade, esta divisão antagônica - no modo como era estudada - não mais se justifica. Somente a didática pode autorizar divisões antagônicas na atualidade. Este movimento de convergência é o caminho natural da globalização e do desenvolvimento do direito interno, pelos mais variados fatores. Cada direito no plano interno deve ser desenvolvido conforme sua estrutura, sem negar, contudo, os benefícios que o direito comparado nos traz. Neste cenário surge o estudo dos precedentes, do case law e da doutrina (regra) do stare decisis no direito brasileiro, vista à luz de nossas peculiaridades, através do espelho de institutos do direito comparado. Nosso direito interno possui mecanismos, institutos e modo de funcionamento próprio. Daí a necessidade de ver os precedentes através do direito interno e não como uma americanização do direito brasileiro. Conforme mencionado, a facilidade de comunicação e estudo do direito comparado trouxe inegáveis ganhos. Ao mesmo tempo, trouxe também a necessidade de filtragem e separação da pura e simples importação de institutos alheios à realidade do nosso direito interno. O NCPC institui um modelo de precedentes próprio, com institutos próprios. A falta de técnica legislativa acirrou as discussões sobre este modelo; contudo, é preciso ter como fixa a premissa de que atualmente vige um modelo de precedentes no direito brasileiro. Críticas devem ser feitas à falta de técnica do legislador, sem, no entanto, desprezar a passagem do fortalecimento do direito jurisprudencial para a "inauguração" dos precedentes. Os pilares da segurança jurídica e da estabilidade judicial ganham igualmente destaque na busca pela efetividade jurisdicional, vista como um dos grandes desafios da atualidade. A dissertação se desenvolve neste sentido, primando pelo estudo da "inauguração" do sistema de precedentes e, ao mesmo tempo, o fortalecimento do sistema jurisprudencial brasileiro, visto sob a perspectiva de um sistema próprio, com defeitos e qualidades

Mestrando(a) Cláudio Augusto Saad Abujamra - Defesa
Orientador(a) Dra. Cláudia Mansani Queda de Toledo
Área de Concentração SISTEMA CONSTITUCIONAL DE GARANTIA DE DIREITOS
Tema Liberdade de comunicação social e o sigilo processual
Data da apresentação 15 /12/2020

Em razão de decisões judiciais no sentido de que os meios de comunicação de massa podem divulgar dados oriundos de processos sob segredo de justiça, fundadas na liberdade de informação e de comunicação social, surge o interesse em precisar o alcance do inciso LX do art. 5º da Constituição Federal ("a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem"), mormente em face do disposto no art. 220, caput, e §§ 1º e 2º, também da Constituição de 1.988 (o § 1º prevê a plena liberdade de informação jornalística, observados os incisos IV, V, X, XIII e XIV do art. 5º, sem, portanto, menção ao inciso LX -; e o § 2º, estabelece a vedação de censura). Exemplo nesse sentido é a decisão proferida pelo Ministro Celso de Mello na Reclamação n. 18566/SP - STF. Por meio de pesquisas envolvendo doutrina jurídica e jurisprudência, partiremos de uma base conceitual relacionada a princípios, democracia e comunicação social e liberdade de expressão; em seguida, trataremos especificamente da conexão entre o art. 5º, inciso LX, e o art. 220, caput, e §§ 1º e 2º, da Constituição Federal; após, abordaremos a publicidade dos atos processuais e suas exceções (intimidade e interesse social); e, por fim, mencionaremos a Reclamação n. 18566/SP - STF. Buscaremos demonstrar que os meios de comunicação social, inclusive quando no exercício da liberdade de informação jornalística, não têm o direito-dever de divulgar dados oriundos de processos sob segredo de justiça.

Mestrando(a) Cassio Passanezi Pegoraro - Defesa
Orientador(a) Dr. Luiz Nunes Pegoraro
Área de Concentração SISTEMA CONSTITUCIONAL DE GARANTIA DE DIREITOS
Tema Critérios para a aferição da constitucionalidade da persecução penal em face de crimes previstos em normas penais em branco.
Data da apresentação 15 /12/2020

Dispõe o artigo 5º, inciso XXXIX, da Constituição Federal não haver crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. O dispositivo consagra no ordenamento jurídico nacional o princípio da estrita legalidade ou da reserva legal de lei na esfera penal, determinando que apenas a lei, no seu sentido técnico e estrito do termo pode descrever crimes e cominar penas. A par desse princípio, à luz do princípio da intervenção mínima do direito penal, que, por sua vez, enseja a atuação penal do Estado apenas se os demais ramos do direito não sanarem a situação de conflito de interesses ou de risco social, consagra-se que apenas a vontade presumida do povo pode justificar a atividade persecutória penal do Estado. Em que pese essa assertiva, identifica-se na legislação penal pátria normas em que essa atuação não decorre exclusivamente da atuação legislativa. São as chamadas normas penais em branco heterogêneas. Sobre estas se dedica o presente trabalho para a análise e estudo da constitucionalidade e consequente legitimidade de atuação penal do Estado em face de crimes cujo conceito não possuem todos os seus elementos descritos em lei. Exemplos destas normas que servirão de referência para os estudos que se apresentam, encontram-se na Lei de Drogas e no Estatuto do Desarmamento, vez que a definição de drogas e armas de fogo não têm previsão no mesmo diploma que tipifica os crimes neles relacionados, mas em atos do Poder Executivo. Em que pese a aceitação parcial dessas normas doutrinária e jurisprudencialmente, temos, em conclusão ao estudo, que a atuação estatal em face de tais crimes é, em tese, inconstitucional, eis que afrontadora ao princípio da reserva legal acima apresentado, que, por sua vez, reflete clara demonstração do regime democrático adotado no âmbito da República Federativa do Brasil, em que pese a admissão, para a salvaguarda de tais sistemas penais, da utilização de princípios de interpretação constitucional.

Mestrando(a) Brunna Lapenna Miranda Sampaio Novais - Defesa
Orientador(a) Dra. Eliana Franco Neme
Área de Concentração SISTEMA CONSTITUCIONAL DE GARANTIA DE DIREITOS
Tema Prisão cautelar de mulheres: análise do habeas corpus 143.641
Data da apresentação 15 /12/2020

No ano de 2018, o Supremo Tribunal Federal, julgou o Habeas Corpus coletivo 143.641, decidindo pela concessão de substituir a prisão preventiva pela domiciliar para as mulheres na condição de gestante, mães com crianças até doze anos ou que possuam alguma deficiência. Assim, dessa maneira, a finalidade da presente dissertação é fazer uma análise sobre a assertividade e algumas alternativas de referida decisão, perante a atual situação carcerária em que vive o Brasil. Durante o trabalho, seguiu-se uma linha histórica, na qual foi abordado todo contexto histórico das mulheres, dos seus direitos e ausência deles. Foi observado o fato de a população carcerária ter crescido de maneira exorbitante nos últimos anos, o quanto isso afeta as crianças que acabam sendo submetidas ao cárcere e também o quanto a ausência dessas mães no seio familiar atinge esses menores. Para ilustrar os traços abordados e ajudar na compreensão dos fatos, foram trazidos dados reais do Sistema Penitenciário Brasileiro, analisando as mulheres presas e socialmente atingidas. Abordou-se o estado da coisa inconstitucional em que se encontra o nosso sistema penitenciário. Como conclusão, notou-se que o Supremo Tribunal Federal vem adotando a sistêmica do desencarceramento, assim como outros países, pretendendo com isso, inclusive, preservar a dignidade dessas crianças, estejam elas soltas ou detidas com suas mães na prisão.

Mestrando(a) Guilherme Lopes Mair - Defesa
Orientador(a) Dra. Cláudia Mansani Queda de Toledo
Área de Concentração SISTEMA CONSTITUCIONAL DE GARANTIA DE DIREITOS
Tema DEVIDO PROCESSO LEGAL NO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO: ASPECTOS RECURSAIS.
Data da apresentação 14 /12/2020

A dissertação de mestrado ora apresentada versa acerca das implicações do devido processo legal no âmbito do Tribunal de Contas da União, com especial enfoque sobre questões de natureza recursal. Fornecendo uma visão panorâmica sobre a aludida Corte de Contas, examina-se desde suas origens e competências, passando-se, outrossim, por elementos técnico-administrativos e de ritualística processual, dentre outros. Tais perspectivas dão supedâneo ao enfrentamento da questão nodal do trabalho, que reside na investigação concernente à eficácia do direito fundamental do devido processo legal em relação a determinadas situações processuais, no que tange, precipuamente, a aspectos recursais e suas eventuais violações.

Mestrando(a) Marina Rodrigues Alvarenga Alves - Defesa
Orientador(a) Dr. José Claudio Domingues Moreira
Área de Concentração SISTEMA CONSTITUCIONAL DE GARANTIA DE DIREITOS
Tema A definição da tese no incidente de resolução de demandas repetitivas à luz das garantias e dos princípios processuais
Data da apresentação 14 /12/2020

O presente estudo tem como objetivo analisar o Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas e sua implementação no ordenamento jurídico brasileiro, vislumbrando os reflexos que sua utilização pode gerar no âmbito constitucional. A evolução da sociedade e a transformação das relações interpessoais fizeram com que fosse cada vez mais necessária uma mudança de paradigma do processo civil brasileiro. Aliado à necessidade de se repensar o sistema jurídico-processual já decadente, o Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas surge ainda em um cenário cuja própria concepção do Direito vinha se aprimorando. Um país cuja estrutura jurídica sempre fora reconhecida como civil law passa a ganhar contornos de um sistema precedentalista, que confere elevada carga de normatividade às decisões judiciais. A partir da identificação e do reconhecimento de que a criação de mecanismos de resolução de conflitos em massa era fundamental no novo processo civil brasileiro, passaremos a verificar, especificamente com relação ao Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas, como deve ser pensada a sua implementação no ordenamento jurídico, de modo a preservar sua constitucionalidade. O principal objetivo do trabalho foi propor uma leitura do Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas afinada com os princípios constitucionais que o legitimam, de modo a alertar que a sua utilização deturpada e estratégica pode gerar inúmeros transtornos e graves ofensas aos direitos e garantias fundamentais conquistados pelos cidadãos, em especial à garantia de acesso à justiça e ao devido processo legal

Mestrando(a) Mariana Freitas de Abreu - Defesa
Orientador(a) Dr. José Claudio Domingues Moreira
Área de Concentração SISTEMA CONSTITUCIONAL DE GARANTIA DE DIREITOS
Tema Direitos fundamentais sociais em crise: desequilíbrio constitucional e onerosidade municipal na prestação de serviço público
Data da apresentação 14 /12/2020

O presente trabalho é uma análise referente aos deveres e competências constitucionais atribuídas aos Municípios enquanto entes da federação para a implantação de políticas públicas que visam a garantia e a efetividade dos direitos sociais como subsistema dos direitos fundamentais elencados em nossa ordem constitucional. O estudo foi realizado tendo como base a crise que vivemos para a implantação dos direitos sociais, face ao desequilíbrio constitucional e onerosidade municipal. Deste modo, o desequilíbrio constitucional se dá em razão da quantidade de responsabilidades que cada ente federado possui para alcançar os objetivos estabelecidos em nossa Constituição Federal, possuindo estrita relação com a parcela de receita pública que cada um consegue arrecadar. Assim, vemos que o exercício da tributação é um elemento essencial de interesse do Estado, por ser o principal meio de auferir renda para a efetivação dos direitos fundamentais. Diante disso, o ponto principal do trabalho está em demonstrar a onerosidade municipal, devido a incompatibilidade entre as receitas e despesas que impossibilitam o ente de cumprir com todas as determinações constitucionais. Finalmente, visando uma solução para o momento em que vivemos devido a sobrecarga do Município, acreditamos que a solução seria a realização de um novo pacto federativo para que sejam cumpridos os deveres constitucionais.

Doutorando(a) Leandro Eburneo Laposta - Defesa
Orientador(a) Dr. Georghio Alessandro Tomelin
Área de Concentração SISTEMA CONSTITUCIONAL DE GARANTIA DE DIREITOS
Tema AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA: DEVIDO PROCESSO LEGAL E PRINCIPIOLOGIA
Data da apresentação 11 /12/2020

A implantação da audiência de custódia promoveu o aperfeiçoamento da jurisdição criminal no Brasil, tendo em vista que o instituto viabilizou a concretização dos direitos e garantias fundamentais do autuado em prisão em flagrante, que se consubstanciam no devido processo legal, do qual decorrem princípios correlatos, tais como: inafastabilidade do controle jurisdicional; presunção de inocência; contraditório e da ampla defesa; juiz natural; publicidade; vedação da prova ilícita; motivação das decisões judiciais; duplo grau de jurisdição; celeridade processual e da duração razoável do processo; humanidade. A audiência de custódia não deve ser associada à impunidade, uma vez que a posição de garantidor do magistrado decorre dos preceitos legais e constitucionais. Seja hipótese de liberdade provisória seja caso de prisão preventiva, que, como medida excepcional, somente pode ser decretada se estiverem presentes os requisitos legais, deve o juiz tutelar os direitos e garantias fundamentais do autuado em flagrante. Isso quer dizer que não há uma relação de exclusão, mas sim de justaposição, no sentido que, em qualquer situação que se apresente na audiência de custódia, relaxamento da prisão em flagrante, liberdade provisória ou prisão preventiva, o juiz deve sempre assegurar ao autuado o devido processo legal.

Mestrando(a) Gabriela Colhado de Andrade - Defesa
Orientador(a) Dra. Cláudia Mansani Queda de Toledo
Área de Concentração SISTEMA CONSTITUCIONAL DE GARANTIA DE DIREITOS
Tema A teoria dos custos dos direitos e o retrocesso previdenciário.
Data da apresentação 10 /12/2020

A presente dissertação de mestrado versa sobre a aplicação do princípio da vedação ao retrocesso na seara previdenciária. O desenvolvimento da sociedade em conjunto com a história legislativa culminou na constitucionalização dos direitos sociais, que foram elevados à fundamentalidade, e que por esta razão gozam de maior proteção. O direito previdenciário, sendo considerado como direito fundamental pelo Constituinte de 1988, merece as proteções que decorrem da mencionada categoria de direitos, porém as reformas legislativas com cunho eminentemente restritivo contrariam frontalmente o princípio da vedação do retrocesso. Citadas reformas são motivadas por razões econômicas, clamando pela mantença do equilíbrio do erário e justificando-se no custos dos direitos. Não se tem o objetivo de se discutir, neste trabalho, a legitimidade para alterações legislativas, mas aprofundar-se nesta categoria de direitos e na legitimação das razões que levam às mudanças, e se estas são suficientes para legitimar o próprio retrocesso dos direitos. .

Mestrando(a) Ana Gabriela Zenerato de Moraes
Orientador(a) Dr. Sérgio Tibiriça Amaral
Área de Concentração Sistema Constituicional de Garatia de Direitos
Tema Uma crítica ao modelo atual de aplicação da insignificância penal dentro do sistema constitucional de garantias brasileiro
Data da apresentação 27 /03/2020

O presente trabalho tem por objeto de estudo a abordagem do modelo atual de aplicação do princípio da insignificância dentro do sistema constitucional de garantias brasileiro sob um ponto de vista crítico. O objetivo é investigar a interpretação metodológica sustentada pela doutrina tradicional e o uso dos vetores como argumentos performáticos. Uma vez que, não raro, casos análogos são abordados com divergentes interpretações, mas justificados com base nos mesmos argumentos - os quatro vetores - que além de existirem como condição de aplicação da insignificância penal, têm sido utilizados como ato de fala, abarcando a totalidade dos casos, seja a ordem denegada ou não. Essa incoerência enseja preocupação, cujo descuido pressupõe a ocorrência de ativismo judicial, quando o uso dos performáticos serve de pretexto para mascarar a subjetividade do julgador que desrespeita os limites constitucionais, como também promove a insegurança jurídica no plano das decisões judiciais, especialmente em virtude da seara criminal, pois impacta diretamente na dignidade da pessoa humana, na vida e na liberdade das pessoas. O desenvolvimento desse trabalho é elaborado a partir do método indutivo, com análise geral do princípio da insignificância em conjunto à investigação sobre o ativismo judicial, para se elaborar, assente às constatações particulares, uma correspondência entre eles e, então, construir conclusões ao final. Com propósito exclusivo para o meio acadêmico, esse estudo é realizado com uma abordagem qualitativa, no fito exploratório em aproximar a comunidade científica das conclusões realizadas, onde por meio de procedimentos bibliográficos são usadas fontes doutrinárias impressas e on-line, jurisprudenciais, e pesquisas anteriores de artigos e revistas.

Mestrando(a) Leticia Nascibem Colovati
Orientador(a) Dr. Claudio José Amaral Bahia
Área de Concentração Sistema Constitucional de garantia de Direitos
Tema Os direitos da mulher na jurisdição constitucional: Uma análise da importância da função contramajoritária e da ADPF 54
Data da apresentação 14 /02/2020

O presente estudo realiza uma análise da concretização dos direitos fundamentais

Mestrando(a) Manoel Afonso Losila
Orientador(a) Livre-Docente Walter Cláudius Rothenburg
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema O Poder Legislativo municipal como vetor de inclusão das pessoas com deficiência.
Data da apresentação 29 /11/2019

As pessoas com deficiência no Brasil se deparam com diversas dificuldades quando da inclusão ao convívio social. A aplicação dos direitos fundamentais objetiva a erradicação do preconceito e discriminação sofridas, além das diversas barreiras que se deparam no dia a dia, dentre elas, a barreira da acessibilidade, que dificulta e, até mesmo, pode impedir a realização das atividades mais simples. Nesta linha, utilizando-se da metodologia hipotético-dedutiva, o enfoque especial do trabalho volta-se à figura do Poder Legislativo, a importância das leis e políticas públicas, como forma de igualar e facilitar o dia a dia das pessoas com deficiência, passando por uma questão prática como a Lei Cancela Aberta que foi promulgada no Município de Bauru, que objetiva, às pessoas com deficiência, o acesso a estabelecimentos que possuam cancela para veículos, da mesma forma que as pessoas sem qualquer deficiência acessam os mesmos locais. Desta forma, o estudo em questão possibilita uma análise das pessoas com deficiência, do Poder Legislativo Municipal e as políticas públicas que, através dele, podem ser implementadas, como fonte de melhorias às pessoas com deficiência.

Doutorando(a) Almir Galassi
Orientador(a) Dra. Eliana Franco Neme
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema A sanção premial como instrumento de inclusão social do idoso no mercado de trabalho.
Data da apresentação 17 /04/2020

Dentro de um projeto de análise do sistema constitucional de garantia de direitos, a presente tese discorre a respeito da sanção premial, tendo por objetivo apresentar um estudo a respeito de sua aplicabilidade para inclusão da pessoa idosa no mercado de trabalho. Para tanto, a pesquisa ancorou-se documentalmente na Lei Complementar nº 123 de 2006. A partir de um enfoque teórico-exploratório, o trabalho, de natureza básica, parte de uma abordagem quali-quantitativa para esclarecer tanto o conceito de idoso como também apresentar a proteção do mesmo na Constituição Federal e na Lei nº 10.741, de 01 de outubro de 2003. Fundamentando-se em uma revisão teórico-documental, este texto demonstra, também, o fato de que o aumento da população idosa será a realidade em um futuro próximo no Estado brasileiro. A Constituição Federal de 1988 protege a pessoa idosa, uma vez que garante, por meio do princípio da dignidade da pessoa humana e da igualdade, que o Estado realize práticas inclusivas, as quais reinsiram a pessoa idosa no mercado de trabalho. São, portanto, ações afirmativas, efetivadas a partir de políticas públicas eficientes. O reconhecimento da pessoa idosa é necessário para que esse grupo possa garantir seu respeito social, tendo em vista que a idade apresenta-se como um fator de exclusão do idoso no mercado de trabalho. Dessa maneira, os resultados da pesquisa demonstram que a microempresa e a empresa de pequeno porte destacam-se na geração de empregos, sendo possível conceder um prêmio à microempresa e à empresa de pequeno porte que realizarem a contração de pessoas idosas para seu quadro de colaboradores. Sendo assim, o prêmio concedido às organizações que contratam idosos tem fundamento basilar na função social do tributo, no pleno emprego, no tratamento diferenciado à microempresa e à empresa de pequeno porte, na extrafiscalidade e no valor social do trabalho.

Mestrando(a) Fabiana Augusto Zacaib Pierim
Orientador(a) Dr. José Roberto Anselmo
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema A garantia da privacidade nas relações virtuais
Data da apresentação 14 /02/2020

O objetivo do presente trabalho através da pesquisa do método dedutivo é analisar a evolução dos direitos fundamentais, com enfoque especial a garantia do direito à intimidade, vida privada, honra e imagem assegurados na Constituição Federal. E entender como esses direitos personalíssimos foram afetados no decorrer do avanço da tecnologia e informações, que de certa forma alteraram as relações sociais. Com o advento da internet os conflitos de direitos entre titulares aumentaram e diante da necessidade de maior proteção foi editada a Lei do Marco Civil da Internet com objetivo de proteção de direitos como liberdade de expressão e privacidade. O mundo digital já é uma realidade e as novas tecnologias apontam para uma era de crescente globalização e de um processo evolutivo e revolucionário. Inúmeros dados pessoais são coletados, armazenados, e disponibilizados sem tratamento adequado acarretando a violação à privacidade dos titulares. Esses confrontos tem sido objeto do aumento das demandas judiciais e indenizações elevadas. E com a promulgação da lei de proteção de dados (LGPD), Lei nº 13.709 de 14 de agosto de 2018, que entrará em vigor a partir de agosto de 2020 as expectativas são positivas quanto a garantia da privacidade no meio virtual apesar do grande impacto nos setores públicos e privados que deverão se adequar as exigências legais.

Mestrando(a) Alexandre Henrique Pantano de Oliveira
Orientador(a) Pós-Doutor Rui Carvalho Piva
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema A eficácia do acesso à justiça no Brasil
Data da apresentação 06 /12/2019

O presente estudo se dedicará, não apenas à conceituação formal e aplicação do

Mestrando(a) Marina de Castro Carvalho Cury
Orientador(a) Dr. Fábio Alexandre coelho
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema Aspectos constitucionais da terceirização na administração pública
Data da apresentação 06 /12/2019

A presente pesquisa tem por objetivo analisar os aspectos constitucionais da terceirização na administração pública, analisando os diálogos entre o Direito Administrativo e o Direito do trabalho. Trilhando os caminhos evolutivos, a partir da sua origem na iniciativa privada, abordaremos a temática da terceirização tendo como centralidade a utilização deste mecanismo no Setor Público, o qual se intensifica com o movimento neoliberal, a partir das reformas do aparelho do Estado em virtude da crise fiscal de 1970. Apresenta-se as estratégias de reformas da Administração Pública, com a introdução do modelo gerencialista, as políticas que foram implementadas com o intuito de reduzir o escopo e os gastos governamentais a partir de uma perspectiva de eficiência, eficácia e efetividade. Por fim, enfoca-se nas mudanças ocasionadas pela Lei nº 13.429/17 (Lei de Terceirização) e os reflexos da regulamentação da terceirização da atividade fim da Administração Pública e sua constitucionalidade, bem como a necessidade da realização do concurso público.

Mestrando(a) Ricardo Cardoso Dalalio
Orientador(a) Dr. José Claudio Domingues Moreira
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema A desconsideração da personalidade jurídica inversa na partilha de bens sob a perspectiva do princípio da isonomia.
Data da apresentação 06 /12/2019

O presente estudo promove uma análise da desconsideração da personalidade jurídica em sua modalidade inversa, com aplicação na partilha de bens sob a luz do princípio da isonomia. Para tanto, a pesquisa valeu-se de uma abordagem doutrinária e jurisprudencial, sendo analisada a relevância da autonomia patrimonial concedida às pessoas jurídicas, e a necessidade de relativização frente ao preenchimento dos requisitos legais do instituto da disregard. Desta forma, a importância do casamento e da união estável, somada à análise do regime de bens, torna possível a compreensão da existência ou não de direitos e deveres na sociedade conjugal, principalmente com o término desta, momento em que se passa ao estudo da partilha. Assim, a necessidade da desconsideração inversa e sua aplicação na partilha de bens surge no momento que há a quebra da isonomia nos bens a serem partilhados, em vista da utilização da pessoa jurídica por um dos cônjuges ou companheiros que detém controle da sociedade empresária, com a intenção de retirar do outro consorte ou companheiro direitos inerentes ao patrimônio comum. Portanto, o princípio da isonomia tem real intimidade com a correta aplicação da desconsideração da personalidade jurídica inversa, desde que se observe o caso concreto e os requisitos legais, somado a fiel postura do magistrado na aplicação deste instituto. Com base nisso, o referido instituto se torna um instrumento equitativo de regulação da vida social, eliminando a disparidade das partes e efetivando o princípio da isonomia.

Mestrando(a) Francisco Rodrigues Azenha Júnior
Orientador(a) Dr. Pietro de Jesus Lora Alarcon
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema A emenda constitucional 103/2019 e o retrocesso ao direito fundamental social à previdência social.
Data da apresentação 06 /12/2019

A partir da análise da evolução dos direitos fundamentais, notadamente do direito fundamental social à previdência social, com foco nos requisitos até então vigentes para concessões das aposentadorias, o presente trabalho buscou apresentar uma reflexão crítica sobre algumas alterações realizadas pela Emenda Constitucional n.º 103/2019, promulgada pelo Congresso Nacional após o trâmite da Proposta de Emenda Constitucional n.º 06/2019. Foram apresentados dados oficiais que contrapõem a alegada crise financeira do sistema previdenciário nacional amplamente defendida pelo governo e que embasou a reforma da previdência ocorrida, demonstrando que o sistema poderia ser saudável se fosse de interesse político. Com as alterações já realizadas e em sua maioria vigentes desde o dia 13 de novembro de 2019, como a inclusão da idade mínima para concessão das aposentadorias, redução dos valores dos benefícios pela alteração na forma de cálculo, limitação dos valores pagos na pensão por morte, exclusão da aposentadoria por tempo de contribuição dentre as alternativas a disposição do segurado, entre outras diversas alterações no intuito de dificultar ou impossibilitar o acesso aos benefícios da previdência social, houve flagrante retrocesso social a direito fundamental já concretizado pelo Estado. Neste ponto, foi demonstrado que não foi permitido ao legislador suprimir ou limitar direito social já em fruição por ações do próprio Estado, em respeito aos princípios da confiança, segurança jurídica e dignidade da pessoa humana. Neste contexto de grave retrocesso social diante da exclusão da aposentadoria por tempo de contribuição das coberturas do sistema previdenciário, resta aos constitucionalmente legitimados a propositura de Ação Direta de Inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal, para que este como guardião da constituição, bem como das conquistas sociais nela transcritas por meio dos direitos e garantias fundamentais, inclusive sociais, interrompa o retrocesso social perpetrado pela Emenda Constitucional n.º 103/2019 contra a parcela mais humilde da população brasileira.

Mestrando(a) Alexandre Henrique Pantano de Oliveira
Orientador(a) Dr. Rui Carvalho Piva
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantias de Direitos
Tema A EFICÁCIA DO ACESSO À JUSTIÇA NO BRASIL
Data da apresentação 06 /12/2019

O presente estudo se dedicará, não apenas à conceituação formal e aplicação do Acesso à Justiça, enquanto garantia fundamental assegurada constitucionalmente, mas também a analisar as nuances em torno do Processo Judicial Eletrônico, além de examinar o sentido mais amplo de Acesso à Justiça, não sob o prisma de um simples direito de ajuizar demandas. Atualmente, várias barreiras à efetivação dessa garantia constitucional tem emergido substancialmente, mas uma em especial se destaca, junto com a infraestrutura precária das instituições do Poder Judicante, qual seja, a morosidade. Ao tratar da norma supramencionada, merece destaque a nova dinâmica processual proposta, objetivando maior celeridade e menor custo, mas essa prática sofre oposição principalmente nos países subdesenvolvidos, com as questões do acesso à informação, do conhecimento, a informatização e à própria justiça. De outro lado, a não materialização de outro princípio, qual seja, a razoável duração do processo, além de contribuir com a mácula do acesso à justiça, causa um fenômeno social grave, o descrédito das instituições judiciárias, o que ao longo da ultima década vem se intensificado sob os mais diversos argumentos, desaparelhamento da justiça, acúmulo de processos, falta de serventuários e juízes, entre outros. Portanto, tentaremos mostrar a necessidade de se promover efetivamente o acesso do cidadão comum à informação, num segundo momento, fomentar-se a inclusão digital no Brasil, como política pública, e ao mesmo tempo modernizar o Judiciário, adequando-o à realidade da digitalização e informatização de todo o sistema processual para garantir, não só a razoável duração do processo, bem como a consciência jurisdicional de prestação da tutela almejada por aquele que busca o judiciário, tudo isso em concomitante ao literal e efetivo Acesso à Justiça.

Mestrando(a) Natália Stefanie Paschoalini
Orientador(a) Dra Eliana Franco Neme
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema Castração de animais domésticos como método de erradicar o abandono e garantir o meio ambiente ecologicamente equilibrado.
Data da apresentação 06 /12/2019

O presente trabalho visa demonstrar que a preocupação com os animais domésticos não é apenas uma questão de demonstração de afeto com seres não humanos. Ao contrário, pelo fato do mesmo conviver com o homem, ao ser tutelado de maneira negligente, certamente tornar-se-á vetor de transmissão de doenças, trazendo sérios riscos à população em geral. Para encontrar uma solução para o problema, muitas sociedades de proteção aos animais, órgãos governamentais e, até mesmo, cidadãos comuns têm se mobilizado no sentido de eliminar de vez a problemática do abandono. Porém, enquanto não houver uma real conscientização da importância da realização da castração, junto a outros fatores, como método para impedir a procriação desenfreada, o problema da disseminação de zoonoses continuará a existir. Com a erradicação do abandono, no entanto, serão diminuídas as possibilidades de transmissão das doenças severas que acometem os animais e que tanto sofrimento lhes causam, beneficiando, por conseguinte, o próprio ser humano, tanto no presente, como nas futuras gerações. A temática abordada, portanto, reflete um interesse em apresentar a erradicação dos animais abandonados como a maneira mais eficaz de controlar os vetores de doenças que atingem a população. O trabalho deve, ainda, atingir o leitor, até mesmo aquele que jamais demonstrou qualquer afinidade com a causa animal, no sentido de conscientizá-lo da importância da castração de animais de rua como método eficiente de equilíbrio ambiental e, por conseguinte, do bem-estar da sociedade.

Mestrando(a) Hévely Nelize Martins da Silva Biasotto
Orientador(a) Dr. Fábio Alexandre Coelho
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema Efetivo exercício da liberdade sindical: sindicato e seu custeio. Alterações da reforma trabalhista.
Data da apresentação 06 /12/2019

O presente trabalho discorrerá sobre a liberdade sindical e sua relação com as alterações introduzidas pela Lei n.º 13.467/2017, que afetou a forma de pagamento da contribuição sindical, prevista nos artigos 578 a 610 da CLT. Com as alterações introduzidas pela nova legislação houve o estabelecimento da facultatividade em relação ao pagamento da contribuição sindical, principal fonte de custeio do sistema sindical brasileiro, outrora obrigatória e imposta aos membros de todas as categorias, tanto que caracterizada como imposto. Vale ressaltar que a mudança causou forte impacto no cenário brasileiro que apresenta mais de uma dezena de milhares de entidades de classe com as mais diversas nomenclaturas, muitas vezes sem o mínimo cumprimento de sua finalidade representativa, instituídos tão somente como objetivo de angariar fundos, apresentando-se como sindicatos de fachada. O presente trabalho tem a proposta de analisar se, em relação ao novo cenário normativo, a liberdade sindical está sendo exercida, inclusive em atendimento às normas internacionais sobre o tema (Convenção nº 87 e 98 da OIT), bem como se as entidades de classe subsistirão a fim de cumprir fielmente o seu objetivo que é a defesa dos interesses dos representados, especialmente trabalhadores, considerando a desigualdade da relação jurídica trabalhista, tornando-se atrativas para que os membros das categorias efetivamente queiram assegurar o seu sustento, ou, do contrário, está se reduzindo ainda mais a capacidade de atuação do ente sindical na defesa dos interesses de seus membros, especialmente os trabalhadores, considerando-se, ainda, que essa reforma também deu ênfase à autonomia privada, enaltecendo os poderes conferidos aos sujeitos da relação de emprego de forma individualizada, deixando de lado o sindicato, já enfraquecido por sua fonte de custeio alterada. A partir de tal contexto, vislumbram-se possibilidades, seja para enaltecer a figura do sindicato, tornando-o conhecido, atrativo e efetivo, de modo que seus representados queiram livremente a ele aderir e custear, no cumprimento da liberdade sindical que lhes é constitucional e internacionalmente assegurada ou, do contrário, para fazer-lhes cair por terra, como descartáveis ou praticamente inexistentes, reduzindo drasticamente a defesa dos interesses por meio da força oriunda da coletividade, alcançada a duras penas para convalidação de direitos dos trabalhadores na relação de emprego, cuja subordinação figura como marco essencial ao seu estabelecimento. Assim, neste cenário, o presente trabalho tem a proposta de demonstrar que a alteração legislativa implica em mudança drástica no sistema sindical e na liberdade sindical, porém há que ser considerada proveitosa, eis que efetivou como elemento principal a manifestação a vontade prévia e expressa do indivíduo, na medida em que a contribuição sindical não foi extinta, mas sim facultada, devendo ser aproveitada como uma possibilidade de efetivação do direito à liberdade.

Mestrando(a) Erika Moriizumi
Orientador(a) Dr. Fabio Alexandre Coelho
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema Acordo Coletivo como instrumento de efetividade dos direitos sociais x Lei n.º 13.467/2017
Data da apresentação 06 /12/2019

O presente trabalho discutirá sobre a possibilidade de o negociado sobrepor-se à legislação, em razão do advento da Lei nº 13.467/2017, outorgando liberdade e autonomia para as partes negociadoras, com o intuito de reforçar a organização dos trabalhadores e a ação dos sindicatos no interior das empresas, visando adequar a realidade dos contratos de trabalho frente à economia brasileira, através da flexibilização e da modernização, com o escopo de reduzir o desemprego e evitar passivo trabalhista. Ao longo do trabalho, será demonstrada a necessidade de adoção de novas formas de manutenção dos contratos de trabalho, tendo como princípio basilar a negociação coletiva, em consonância com a realidade imposta pelos novos paradigmas, aplicando o Princípio da Intervenção Mínima na Autonomia da Vontade Coletiva, com o objetivo de buscar efetividade dos dispositivos existentes na ordem jurídica, voltada a tentar conferir a paridade necessária para a negociação coletiva. Com as alterações introduzidas pela Lei nº 13.467/2017, houve alteração do art. 620 da CLT, concedendo uma maior liberdade de negociação para o sindicato, a fim de que pudesse adequar as necessidades de sua categoria frente as das empresas, demonstrando que a mudança de parâmetros contribuiu para a evolução das relações entre sindicatos e empregadores, se afastando cada vez mais das relações de conflito que eram comuns nos últimos 70 anos. Assim, o presente trabalho tem a proposta de demonstrar que o acordo coletivo é instrumento de efetividade dos direitos sociais, sendo que a flexibilização foi uma forma de criar exceções à regra, com o intuito de adaptar o direito previsto em lei ou nas normas autônomas à realidade econômica-social.

Doutorando(a) Fábio Resende Leal
Orientador(a) Dr. José Luiz Ragazzi
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema RECURSO ESPECIAL; RELEVÂNCIA DA QUESTÃO FEDERAL E OBJETIVAÇÃO DA JURISDIÇÃO INFRACONSTITUCIONAL
Data da apresentação 13 /09/2019

Sobrecarregado e ineficiente, o sistema de justiça brasileiro, tal como definido pela Constituição Federal de 1988, está prestes a entrar em colapso. O Superior Tribunal de Justiça, preso a um gigantesco acervo processual, é incapaz de desempenhar a função para a qual foi criado (definição das questões de direito federal por meio do recurso especial). Ao invés de trabalhar para dotar o ordenamento jurídico de coerência e uniformidade, a Corte se vê obrigada a funcionar como instância recursal. O presente trabalho tem por objetivo, primeiro, repensar o verdadeiro papel que o STJ deve desempenhar atualmente e, como consequência, propor alterações ao artigo 105 da Constituição, visando estabelecer um novo e eficiente requisito de admissibilidade para o recurso especial, a relevância da questão federal. Ademais, almeja estudar o fenômeno da objetivação da jurisdição a ser exercida naquele tribunal, perante o qual há de se buscar não apenas a solução do conflito de interesses, mas, principalmente, a resolução, em abstrato, dos assuntos mais complexos e relevantes. Nesse contexto, o recurso especial deve terminar em julgamento de eficácia ampliada e qualificada, para que a motivação do acórdão funcione como paradigma à decisão dos demais processos em que haja ou venha haver discussão legal similar. Elaborada pelo método hipotético-dedutivo, esta tese é composta de cinco capítulos, escritos a partir de uma perspectiva histórica e tendo por principais referenciais teóricos Hans Kelsen (decisão judicial enquanto norma jurídica), Piero Calamandrei (função primordial da corte superior) e Luiz Guilherme Marinoni (precedentalismo). Com o intuito de demonstrar a aplicabilidade no Brasil de princípios, institutos e técnicas consagradas no sistema anglo-saxão - stare decisis, precedentes vinculantes, ratio decidendi, compatibilidade, distinção e superação - são analisados e citados vários acórdãos do Superior Tribunal de Justiça. Ao final, chega-se à conclusão de que é imprescindível e inadiável a modificação da Constituição no que se refere à admissibilidade e ao resultado do recurso especial.

Doutorando(a) Fernando Machado de Souza
Orientador(a) Dr. Fábio Alexandre Coelho
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO E POR IDADE NOS CASOS DE MUDANÇA DE SEXO
Data da apresentação 10 /05/2019

Em virtude dos avanços científicos nas técnicas de intervenção cirúrgica e ambulatorial, do aumento do número de hospitais credenciados, e, sobretudo, em decorrência da autorização do procedimento de mudança de sexo de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde, tem aumentado exponencialmente o número de pessoas que se submetem ao tratamento. Contudo, as regras de aposentadoria por tempo de contribuição e por idade não contemplam os segurados que mudaram de sexo. Tendo em vista que homens e mulheres possuem requisitos distintos para aposentadoria, é preciso estabelecer critérios para equilibrar os critérios para fins de aposentadoria em relação a cada sexo. O objetivo da pesquisa é demonstrar que por meio da aplicação de fatores multiplicadores é possível converter o tempo de contribuição e a idade em cada sexo, para permitir a contagem proporcional dos requisitos para aposentadoria. Metodologicamente, o estudo analisa os reflexos previdenciários a partir da adequação do sexo, sem analisar questões subjetivas destes segurados. O referencial teórico da pesquisa é a teoria tridimensional do direito, que permite a convergência dos elementos fato, valor e norma, necessários para a interpretação dos reflexos previdenciários da adequação de sexo como juridicamente relevante. Ao final, serão apresentadas simulações para exemplificar a aplicação prática da pesquisa e a sugestão do texto para alteração das normas.

Doutorando(a) José Leite da Silva Neto
Orientador(a) Dr. Pietro de Jesus Lora Alárcon
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema A PRECARIEDADE JURÍDICO-CONCEITUAL DO INSTITUTO FAMÍLIA E A DIFICULDADE PARA O CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO ALIMENTAR
Data da apresentação 10 /05/2019

Considerando o trinômio Estado, sociedade e família, identifica-se como problema a distancia entre o tratamento obrigacional da Constituição às famílias e as condições sociais e econômicas daquelas fragilizadas pela pobreza e exclusão. A hipótese de verificação é que a precariedade jurídica, social e econômica das famílias são causas de descumprimento das obrigações trazidas pela Constituição da Constituição Brasileira de 1988. Utilizando-se de pesquisa bibliográfica e de estatísticas do IBGE e Dieese, demonstra-se a precariedade jurídico-conceitual, social e econômica na qual as famílias pobres se encontram. Como referência de interpretação constitucional, buscando apoio em jurisprudência do STF, verifica-se a conformidade e a desconformidade constitucional do instituto família em vista do cumprimento de sua obrigação alimentar. Defende-se que esta obrigação jurídicoconstitucional de alimentar deve ser interpretada distinguindo duas dimensões: a analética e a dialética, a partir da forma de cumprimento. infere-se que, independente da dimensão, a ausência de recurso é um impedimento para o cumprimento da obrigação. O objetivo, descartada a proposta de apresentar solução ao problema, é demonstrar a existência de contradição entre a realidade das famílias pobres e não reconhecidas e as suas atribuições obrigacionais jurídicoconstitucionais comprometendo seu desempenho como base da sociedade. Então, demonstrado-se a hipótese chega-se à tese de que a precariedade jurídica, social e econômica constituem-se em causas de descumprimento de obrigações atribuídas pela Constituição da Constituição Brasileira de 1988 para as famílias.

Doutorando(a) Carolina Ellwanger
Orientador(a) Dr. Pietro de Jesús Lora Alárcon
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema A LENTE RESTAURATIVA NO ENSINO JURÍDICO: FORMAÇÃO DO AGENTE PACIFICADOR
Data da apresentação 26 /04/2019

O tema da tese alinha-se com a análise do ensino jurídico e a perspectiva na formação acadêmica. Demonstrando que, apesar das reformas em currículos e diretrizes, o paradigma da litigância ainda é a baliza da formação acadêmica, busca-se o repensar da educação jurídica a partir da lente restaurativa. Essa pressupõe o trabalho para a responsabilização com a recomposição entre os envolvidos e o tratamento das consequências conflitivas, tendo como foco o empoderamento das partes. O objetivo geral do trabalho é propor premissas para a construção de um ensino jurídico que desenvolva o agente pacificador, ou seja, o profissional habilitado para utilizar mecanismos pacíficos na construção do tratamento dos conflitos. O procedimento metodológico adotado neste trabalho é o qualitativo, a partir de pesquisas bibliográficas, documentais e da utilização do método fenomenológico. Como conclusão, se depreendeu que para que a alteridade esteja presente na prática jurídica há a necessidade de modificar a formação acadêmica. Verificou-se que a utilização dos métodos consensuais de tratamento de conflitos e as práticas restaurativas, apesar de terem aplicabilidade comprovada, ainda é exceção à regra no cenário jurídico. Aliado a esse cenário, um percentual baixo das faculdades de direito oferece o conhecimento de mecanismos consensuais, acarretando na dificuldade da superação do paradigma litigante. Utilizando a lente restaurativa no ensino, se terá a formação de profissionais que se descolam do paradigma litigioso e buscam maneiras pacíficas de tratar conflitos.

Doutorando(a) Ricardo Augusto Bragiola
Orientador(a) Dr. José Luiz Ragazzi
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema A ANALOGIA COMO MÉTODO DECISÓRIO NO USO DO PRECEDENTE JUDICIAL VINCULANTE E DA SÚMULA VINCULANTE
Data da apresentação 15 /03/2019

O presente trabalho abordará a problemática utilização da súmula vinculante e do precedente judicial vinculante por método jurídico de conexão analógica frente à decisão anteriormente utilizada (caso-fonte) para a nova decisão a ser dada no caso concreto (caso-alvo), com um caráter qualitativo e não quantitativo - que tem a ver com o problema da racionalização e problematização de um caminho jurídico a ser atingido com objetividade na realização judicativa-concreta do iter decisório, dentro da processualística substancialista na perspectiva constitucional, para que o seu manejo, tanto da súmula vinculante quanto do precedente judicial vinculante, sejam adequados quando utilizados para com o caso concreto a ser decidido pelo Poder Judiciário. Em particular, enfocaremos o uso da analogia, como um método decisional. Decidir com base em precedentes judiciais vinculantes não é por um juízo prévio de semelhança entre duas situações (puramente) de fato distintas e, a posteriori, julgar que são suficientemente identificáveis para ter a mesma solução jurídica. O importante é a identificação de aplicação analógica, a partir da semelhança das perguntas e das respostas obtidas a partir de parametrização que se dá de modo relacional dialeticamente entre casos, com afastamento das refutações, contraexemplos e críticas. Ao se "abrir" o precedente judicial vinculante ou a súmula vinculante, com a problematização do caso-fonte frente ao caso-alvo, faz-se assim a busca pela essência, refutando que a prática jurídica brasileira persista ainda como uma oficina de falsas facilidades com o uso do precedente judicial vinculante e da súmula vinculante.

Doutorando(a) sdafsadf
Orientador(a) sadfasdf
Área de Concentração sadfasdf
Tema asdfsadfsa
Data da apresentação 01 /03/2019

asfsadfsa

Mestrando(a) Raphael Ballalai Bueno
Orientador(a) Dr. Ageu Libonati Junior
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE NA INTERPRETAÇÃO DA ISENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA QUANTO AS DOENÇAS GRAVES
Data da apresentação 07 /12/2018

A Lei 7.713/88 regulamenta o Imposto de renda. No artigo 6º, inciso XIV está elencado a isenção do pagamento do referido tributo por portadores de doenças graves. No entanto, existem muitas outras doenças tão graves quanto e até mais graves que não dão o privilégio do portador ter seu crédito tributário excluído. Com base nos ideais basilares da Revolução Francesa de 1789, liberdade, igualdade e fraternidade, está dissertação busca demonstrar que estes preceitos, que são pilares da dignidade da pessoa humana, devam ser sempre utilizados como fonte primária visando a proteção do ser humano. Desta forma, reforçando a ideia do capitalismo humanista para a preservação do considerado mínimo vital ou existencial. Afim de chegar nestas conclusões serão estudados a história da Revolução Francesa e seu impacto na criação dos direitos humanos; Direito Tributário com suas garantias constitucionais, dando o devido enforque no Imposto de Renda, levando em consideração, sempre, as garantias fundamentais do ser humano para as hipóteses de isenção deste tributo em pessoas doentes, as quais não tem a isenção abarcadas pela lei.

Mestrando(a) Bruna de Paula Polanzan
Orientador(a) Dr. José Claudio Domingues Moreira
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema A SOCIOAFETIVIDADE NA ADOÇÃO POST-MORTEM COMO ELEMENTO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
Data da apresentação 14 /12/2018

O presente trabalho, intitulado "A Socioafetividade na Adoção Post-Mortem como Elemento da Dignidade da Pessoa Humana", tem como objetivo demonstrar a importância da socioafetividade na adoção e a necessidade de flexibilização da norma diante do fato concreto. A adoção sempre esteve presente nas relações humanas, desde os primórdios da sociedade, podendo ser encontrada nas passagens bíblicas do velho testamento. Iniciou-se no direito costumeiro e posteriormente passou a ser regida pela legislação. No Brasil, sofreu mudanças com o passar dos anos, antes vista como um negócio jurídico ou uma forma de troca de favores entre adotado e adotante, atualmente visa à proteção e o melhor interesse do infante. Para salvaguardar os menores foram instituídas leis rígidas ao procedimento de adoção, que resultou em processos longos, assim desestimulando os brasileiros a pratica da adoção legal e o exercício da adoção irregular. Hodiernamente muitas são as famílias que possuem "filhos de criação" educados com todo o amor e reconhecidos pela sociedade como prole da entidade familiar, porém não reconhecidos juridicamente. Com a morte de um dos adotantes o direito de igualdade e identidade do adotado é questionado, e por muitas vezes não reconhecido judicialmente pela ausência de formalidade à adoção post-mortem prevista no artigo 42 §6º do Estatuto da Criança e do Adolescente. Entretanto, a Constituição Federal de 1988 é democrática e humanista, defende a proteção ao princípio da dignidade da pessoa humana, introduziu novos alicerces às relações de direito privado, em especial, o direito de família, atualmente a afetividade é um dos princípios basilares deste instituto, e garante de forma humanista e valorativa que o que o amor constrói não poder ser destruído por mera ausência de requisito procedimental. Desta forma, se dignidade da pessoa humana é a valoração do ser humano, objetivando seu bem estar e seu direito à felicidade, desde que provado a existência de vinculo afetivo e o reconhecimento de família perante as partes, o artigo 42 §6º do ECA deve ser flexibilizado em obediência à Carta Magna. A pesquisa tem como base a análise de fatos concretos, jurisprudências, doutrinas do direito e da psicologia. E conclui como resultado satisfatório que a relevância do princípio da socioafetividade é primordial para as decisões nos processos de adoção como elemento da dignidade da pessoa humana.

Mestrando(a) Ana Carolina da Silva Degrava
Orientador(a) Dr. José Claudio Domingues Moreira
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema A curatela no estatuto da pessoa com deficiência na perspectiva da dignidade da pessoa humana
Data da apresentação 14 /12/2018

A constitucionalização do Direito Civil diante de constantes modificações no ordenamento jurídico ao longo da história, trouxe-nos questões importantes à baila. No Brasil, após a ratificação em 2009 da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, a sistemática jurídica atinente à teoria das incapacidades e seus desdobramentos sofreu intensas alterações, dentre os mais importantes com relação ao instituto da curatela. O Código Civil brasileiro, editado em 2002, não obstante a sua propensão em se relacionar com a sistemática constitucional de proteção da dignidade da pessoa humana, não amparou em seu teor o acolhimento da integralização da autonomia das pessoas com deficiência. Nesse sentindo, a República Federativa do Brasil se tornou signatária da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, sendo com isso promovida uma alteração de perspectiva significativa sobre o ponto de vista da conceituação do que vem a ser deficiência, e consequentemente ocasionou mudanças na forma de estudo das teorias das incapacidades e respectivas atribuições. A Lei nº. 13.146/2015, denominada de Estatuto da Pessoa com Deficiência, em consonância com os preceitos fundamentais da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, causou amplas e significativas transformações no sistema pátrio de incapacidade e, por consequência, nas questões processuais conexas à proteção da pessoa com deficiência. Com o novo Estatuto, veio autonomia da vontade, a autonomia privada que deve ser encarada de forma sensível pelos operadores do direito, diante dos efeitos que podem vir a gerar em razão dessa autonomia integral, por muitas vezes sem a atribuição de deveres efetivos. As alterações advindas com o Estatuto da Pessoa com Deficiência geraram frutos em institutos intrínsecos ao Direito Civil, como o casamento e a interdição, e no Processual Civil, reflexos na prescrição e decadência, bem como, na criação do novo instrumento de tomada de decisão apoiada.

Mestrando(a) Renata Carrara Bussab
Orientador(a) Dr. Rui Carvalho Piva
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema DIVERSIDADE DECISÓRIA E LITIGIOSIDADE REPETITIVA À LUZ DA SEGURANÇA JURÍDICA E DA IGUALDADE
Data da apresentação 14 /12/2018

A presente dissertação abordou a questão da litigiosidade repetitiva em face dos grandes litigantes do Judiciário. Percebeu-se que com a evolução da sociedade, vinda de novos direitos, abertura formal ao Poder Judiciário, os conflitos se intensificaram e os temas tornaram-se repetitivos. O Judiciário, por sua vez, está inserido em uma crise contemporânea, em razão do aumento de litígios diários distribuídos, crise esta que está passando por tentativa de enfrentá-la desde o seu início, tendo, o ordenamento jurídico passado por inúmeras reformas com o objetivo de amenizar a situação, dentre elas a Emenda Constitucional nº 45/04, com a introdução do regime de súmulas vinculantes, vinculação das decisões emanadas em Ação Direta de Inconstitucionalidade e Ação Declaratória de Constitucionalidade, dentre outras, até chegar ao extremo de uma reforma processual, a qual introduziu a observância obrigatória do sistema de precedente, além do Instituto de Resolução de Demandas Repetitivas, a fim de conter a litigiosidade repetitiva. No entanto, o que se discutiu aqui, por meio de revisão bibliográfica e pesquisa empírica, pelo método hipotético-dedutivo, são as ações que, embora ajuizadas na esfera individual, guardam certa coletividade com outras distribuídas em diferentes varas ou comarcas, ou em tempos distintos e que, não são abarcadas pelos institutos de demandas repetitivas, não estão previstas em súmulas vinculantes e nem tampouco são alcançadas pelas ações coletivas. Diante disso, a possibilidade de ocorrência de decisões divergentes para casos iguais é grande, porém, torna-se inadmissível continuarmos aceitando esse tipo de situação, pois traz enorme descrédito ao Poder Judiciário, além de reflexos negativos no seio social, com um sentimento de que a injustiça foi concretizada. Há necessidade de observância dos elementos da segurança jurídica, quais sejam: previsibilidade e estabilidade das decisões judiciais, com um julgamento íntegro e coerente em decisões de casos iguais.

Mestrando(a) Luiz Felipe Ferreira dos Santos
Orientador(a) Dr. Rui Carvalho Piva
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema LIMITES DA COISA JULGADA NA REPARAÇÃO DE DANOS A DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS
Data da apresentação 14 /12/2018

Esta dissertação é consequência de uma pesquisa analítica da Constituição Federal, normas infraconstitucionais, posicionamentos doutrinários e jurisprudenciais das Cortes Excepcionais, sobre o direito fundamental do acesso à justiça, peculiar ao Estado Democrático de Direito, e o instrumento de sua concretização via ação coletiva que trata dos direitos individuais homogêneos. Justifica-se a necessidade de análise do presente tema na medida em que, até o momento, a tutela coletiva que trata de direitos individuais homogêneos não se faz bem compreendida, utilizada e aplicada no Brasil. Para tanto, inicia-se o trabalho com o exame das características do Estado Democrático de Direito, bem como da importância de direitos fundamentais como o acesso à justiça e a duração razoável do processo. Apresenta-se as ações coletivas como instrumentos de concretização de direitos. Aborda-se sua evolução histórica, seus princípios fundamentais, a diferença entre representação e substituição processual, a legitimidade para a utilização desses instrumentos e diferencia-se as tutelas coletivas do sistema de precedentes. No núcleo do trabalho foca-se na ação coletiva que trata de direitos individuais homogêneos, especificamente com relação à coisa julgada, seus limites subjetivos e objetivos. Apresenta-se o entendimento do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça com relação ao tema. Objetiva-se traçar a ratio decidendi dos julgamentos. Apresenta-se vetores para formação da conclusão, oportunidade em que reflexões são realizadas, notadamente em razão da possível colisão entre direitos fundamentais, dos quais se destacam o devido processo legal e o acesso efetivo à justiça. Conclui-se no sentido de ser necessária a compatibilização dos direitos fundamentais em jogo, o respeito ao núcleo essencial de cada direito, a análise e aplicação do ordenamento jurídico de modo coerente, íntegro e sistemático.

Mestrando(a) Jorge Luís Galli
Orientador(a) Dr. Cláudio José Amaral Bahia
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema DIREITO AO TRABALHO DIGNO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA E A ACESSIBILIDADE NO EXERCÍCIO DA ADVOCACIA
Data da apresentação 07 /12/2018

O presente trabalho buscou trazer uma análise da situação de advogados com deficiência, em especial aqueles com deficiência visual. Para tanto, o trabalho valeu-se de uma abordagem doutrinária e jurídica dos casos que evidenciam a falta de acessibilidade nos órgãos mantidos e administrados pelo Poder Judiciário. Ficou claro que mesmo após mais de dez anos da ratificação, pelo Brasil, com status de Emenda Constitucional, da Convenção Internacional Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e mais de três anos de vigência da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015), estamos longe de efetivar os direitos deste grupo. Assim, buscou evidenciar a responsabilidade do Poder Público, por meio do CNJ e dos próprios Tribunais, com relação a falta de acessibilidade em seus órgãos, em especial no tocante a implementação do Processo Judicial Eletrônico, que ao contrário do que afirmam os discursos destes órgãos, ao invés de facilitar a vida dos operadores do direito, se tornou uma barreira para os advogados com deficiência visual, impedindo o exercício da advocacia com autonomia e independência, requisitos básicos da promoção da inclusão social. Portanto, demonstrando as inúmeras barreiras impostas a estes profissionais, vimos que não está sendo garantido o direito social a um trabalho digno, contrariando todas as normas internacionais e os ditames constitucionais.

Mestrando(a) Sérgio Ricardo Rodrigues
Orientador(a) Dr. Silvio Carlos Alvares
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema A aplicação do princípio da dignidade humana e a lei de execução penal nos presídios
Data da apresentação 18 /12/2018

Tem o presente trabalho o objetivo de demonstrar que é possível ressocializar os egressos dos presídios, aplicando o princípio da dignidade humana e individualização da pena que já vem estipulados na nossa Carta Magna bem como na Lei de Execução Penal e até em Tratados Internacionais dos quais o Brasil é signatário. É cediço que qualquer ser humano está sujeito a cometer crimes e ser condenado, recebendo uma sentença penal condenatória, cuja sanção é a pena privativa de liberdade e, nesses casos, importante que os detentos tenham preservados seu direito fundamental à integridade física e moral. Essa norma constitucional deve ser mantida. Contudo a realidade dos nossos presídios é totalmente diversa não permitindo que esses direitos fundamentais sejam considerados, sendo de extrema necessidade uma mudança radical em nosso sistema prisional para que as finalidades da pena, que são a prevenção e ressocialização, realmente sejam obtidas.

Mestrando(a) Débora Fayad Misquiati
Orientador(a) Dr. José Claudio Domingues Moreira
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema DESJUDICIALIZAÇÃO DE INVENTÁRIO COM HERDEIROS INCAPAZES: EFETIVAÇÃO DO DIREITO FUNDAMENTAL À HERANÇA EM CONCREÇÃO DA AUTODETERMINAÇÃO DO SER HUMANO
Data da apresentação 14 /12/2018

A desjudicialização de inventário com herdeiros incapazes como uma forma de viabilizar, em patamar de igualdade, os mesmos meios de efetivação do direito fundamental à herança fornecidos aos juridicamente capazes, em respeito à individualidade de cada um e permeando, através da figura do notário, a sua autodeterminação é o tema desse trabalho científico, no qual, através do método lógico-dedutivo, elaborou-se um estudo, diante da necessidade da sociedade de eliminar barreiras externas que impedem a livre manifestação de vontade de cada ser, em respeito a sua diversidade, focado no papel do notário latino que, ao longo da história, mostrou-se eficazmente presente nos diversos ramos de atividade, como um terceiro imparcial, íntegro e capacitado juridicamente, intermediando entre os envolvidos na tutela da confiança, num grau que vai além da boa-fé objetiva e que se mostra essencial para os propósitos da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. A possibilidade de desjudicialização de inventário com a presença de herdeiros incapazes como forma de efetivar o direito fundamental à herança em concreção à autodeterminação do ser humano, parece ir ao encontro dos anseios sociais, respondendo ao momento histórico e cultural que vivenciamos. Vislumbrar que a ausência de previsão expressa de um direito fundamental não pressupõe sua inexistência e o direito fundamental à capacidade civil de cada ser humano, analisado em si mesmo, em suas vontades e em respeito a sua autodeterminação deve ser viabilizado pelo Estado. Apesar das críticas ao Estatuto da Pessoa com Deficiência, sua vigência pressupõe uma mudança de paradigma da pessoa do incapaz, o que levou a uma reestrutura da teoria das incapacidades no Código Civil brasileiro. E agora, necessitamos de medidas para concretização do direito de igualdade dessas pessoas dentro e em respeito às suas diversidades, quebrando barreiras criadas pelo comodismo da sociedade em não se adaptar ao diferente. A figura do notário, no cenário jurídico proposto, acompanhado de um advogado exclusivo para o herdeiro incapaz e do Ministério Público como fiscal do procedimento proposto, gera uma tríplice fiscalização entre os próprios e torna possível - com o mesmo sucesso do inventário na seara administrativa quando há apenas herdeiros capazes - essa nova etapa, que mantém a mesma segurança jurídica que hoje emana do Poder Judiciário.

Mestrando(a) Rodrigo de Lima Santos
Orientador(a) Dr. José Claudio Domingues Moreira
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema PRIVACIDADE E DIVULGAÇÃO DE NÚMERO TELEFÔNICO POR BANCO DE DADOS
Data da apresentação 14 /12/2018

O presente trabalho buscou examinar, sob a ótica do direito constitucional e infraconstitucional, a violação do direito à privacidade pelos bancos de dados de proteção ao crédito, através da divulgação e comercialização de números telefônicos de pessoas sem prévia autorização ou mesmo conhecimento. Isto porque a proteção da privacidade tem previsão constitucional como direito fundamental no art. 5º, inc. X, da Constituição Federal de 1988. A abordagem histórica da privacidade permitiu avançar em delimitar, mesmo que parcialmente, o campo de incidência do instituto, para fins de reconhecimento e abrangência de sua proteção. Os estudos direcionaram-se quanto à verificação da possível violação através da transgressão de outro direito fundamental, inserido também no conceito de privacidade, que é do sigilo dos dados pessoais, dados estes coletados, arquivados e transmitidos pelos bancos de dados de proteção ao crédito. Por força da generalidade e abstração da expressão dados contida no art. 5º, inc. XII, da Constituição Federal, buscou-se identificar um conceito para, então, reconhecer se há ou não uma proteção constitucional específica sobre o sigilo de dados pessoais. Comparou-se também a legislação brasileira em vigor diante das normas e do tratamento dos dados pessoais com o Direito europeu, possibilitando constatar o estágio em que o Estado brasileiro se encontra nesta matéria, diga-se de passagem, verdadeiro principiante. Destas análises, encontraram-se subsídios teóricos para legitimar, ou não, a violação da privacidade por conta da divulgação de numero telefônico sem autorização e quais as consequências geradas aos titulares das linhas telefônicas, vitimas de tais práticas, se apenas na esfera civel ou também na esfera criminal. A necessidade desta pesquisa mostrou-se legítima, uma vez que, na sociedade da informação em que vivemos, com o avanço tecnológico e da internet, as informações são veiculadas muito rapidamente e porque não dizer instantaneamente. Embora se conheça da relatividade da proteção à privacidade, direito não absoluto, já que colide com o direito de acesso à informação e liberdade de imprensa, os bancos de dados utilizam-se de dados considerados invioláveis, por força do art. 5º, inc. X e XII, da Constituição, bem como da Lei Geral das Telecomunicações e demais normas que protegem o usuário contra a divulgação indevida de seu código de acesso telefônico. Diante deste quadro, torna-se necessária uma tutela preventiva e repressiva, seja na esfera administrativa seja judicial, utilizando-se habeas data, bem como outras medidas para a proteção dos dados pessoais e da imagem-atributo das pessoas. Ao final, foram apresentadas possíveis soluções para um adequado tratamento e proteção destes dados pessoais.

Mestrando(a) Fernanda Previatto Antunes
Orientador(a) Dr. Rui Carvalho Piva
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema A CONSTITUCIONALIZAÇÃO DA COISA JULGADA NO PROCESSO COLETIVO
Data da apresentação 13 /12/2018

O presente trabalho refere-se a um plano de investigação científica, com a utilização da pesquisa bibliográfica acerca da coisa julgada no processo coletivo. Pretende-se investigar as características da coisa julgada, como coisa julgada formal e material, os limites, entre outras. Para também uma melhor compreensão é preciso, entender a tutela coletiva e os direitos coletivamente tutelados, pois estes são os principais fundamentos do processo coletivo e quais são os direitos protegidos pela ação coletiva. E para conectar todas essas análises foi um estudo sobre a coisa julgada no processo coletivo. O artigo 104 da Lei 8.078/90 - Código de Defesa do Consumidor - apresenta as ações coletivas, previstas no seu art. 81, não provocam a litispendência para as ações individuais e que os efeitos da coisa julgada erga omnes ou ultra partes, não beneficiarão os autores das ações individuais, caso não seja requerida a suspensão dos processos individuais, no prazo de trinta dias, a contar da ciência, nos autos, do ajuizamento da ação coletiva. O presente trabalho apresenta o estudo de que a decisão de procedência do pedido feito na ação coletiva deve ampliar os efeitos da coisa julgada coletiva, erga omnes ou ultra partes, também à ação individual já ajuizada, com pedido julgado improcedente, por decisão transitada em julgado, com o processo não suspenso. Nesta situação, defende-se a flexibilização da coisa julgada que aconteceu sobre a sentença de improcedência do pedido, na ação individual. Assim, retira-se a contradição entre as sentenças de improcedência do pedido na demanda individual e de procedência sob o mesmo pedido, com base na mesma causa de pedir, na ação coletiva, pensando na segurança jurídica e na primazia que deve ser dada à coisa julgada coletiva, erga omnes ou ultra partes.

Mestrando(a) André Issa Gândara Vieira
Orientador(a) Dr. Fábio Alexandre Coelho
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema NEGOCIADO OU LEGISLADO? ANÁLISE TEÓRICA SOBRE A PREVALÊNCIA DO NEGOCIADO NAS RELAÇÕES DE TRABALHO
Data da apresentação 07 /12/2018

As intensas transformações vivenciadas pelo Direito do Trabalho, mormente nos últimos trinta anos, sem dúvida influenciam diretamente as tendências jusrisprudenciais e doutrinárias acerca do real alcance dos princípios da proteção e irrenunciabilidade de direitos trabalhistas. O antes inderrogável preceito de aplicação da norma mais favorável pode ser flexibilizado para atribuir prevalência às normas negociadas sobre a legislação, criando, dessa forma, contexto de intervenção mínima estatal, a privilegiar o exercício da autonomia privada coletiva. Nesse contexto, embora o ativismo judicial praticado na Justiça do Trabalho constitua elemento a ser considerado em qualquer tentativa de flexibilização de normas de conteúdo trabalhista, denota-se tendência do Supremo Tribunal Federal em adotar teses mais vanguardistas quando o assunto versado é a prevalência das normas negociadas e sua necessária segurança jurídica. Com efeito, o Direito do Trabalho no Brasil deve convergir para a democratização das fontes normativas, com o escopo de resgatar o espaço indevidamente sufragado pelo Estado ao longo da história, conferindo, finalmente, às partes sociais o encargo de procederem às necessárias adaptações em relação à obsoleta normativa trabalhista. Nessa perspectiva, a reforma trabalhista (advinda da promulgação da Lei 13.467/2017, com vigência a partir de 11.11.2017), ainda não conseguiu propiciar a propagada segurança jurídica e alavancagem na geração de empregos formais. Assim, a negociação coletiva deve ser capitaneada por atores sociais conscientes e comprometidos em seus papeis de intervenientes diretos na busca de fundamentos republicanos e democráticos, como a dignidade da pessoa humana, o valor social do trabalho e a promoção da livre iniciativa.

Mestrando(a) Andréia Maria Roso
Orientador(a) Livre-Docente Vidal Serrano Nunes Junior
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema DISPENSAS COLETIVAS E EFICÁCIA HORIZONTAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Data da apresentação 06 /12/2018

Partindo da análise da evolução dos direitos fundamentais, em especial no que concerne a extensão de sua eficácia às relações jurídicas entre particulares, o presente trabalho visa analisar as nefastas consequências das dispensas coletivas, as quais, em total desprestígio aos direitos fundamentais dos trabalhadores, são levadas a efeito, na grande maioria dos casos, de forma arbitrária pelos empregadores. A globalização, fenômeno próprio do capitalismo contemporâneo, e a política neoliberal são as principais (embora não as únicas) causas do descumprimento dos compromissos e deveres constitucionais, dos empregadores em relação aos seus empregados, sendo estes últimos reféns de sua debilidade no pacto laboral. Ante a ausência de regulação do art. 7º, inciso I da Constituição Federal de 1988, a jurisprudência trabalhista, após longo processo de amadurecimento, firmou-se no sentido de exigir prévio diálogo social entre empregadores, empregados e sindicatos das categorias, com a finalidade de não apenas analisar os fatores motivadores das dispensas coletivas (em sua maioria, arbitrárias), como também, em última instância, a amenização das indesejáveis consequências, em especial por considerar que, diferentemente das dispensas individuais, atingirão, num só golpe inúmeras famílias, a sociedade e economia locais. Mesmo porque, a preservação da cidadania e da dignidade da pessoa humana nas relações de trabalho representa um dos pilares do Estado Democrático de Direito (art. 1º, II, III e IV da CF), da Ordem Econômica (art. 170, caput e incisos da CF) e da Ordem Social (art. 193 da CF), possuindo amparo na norma constitucional pátria e em normas internacionais de direitos trabalhistas. A pesquisa é de cunho interdisciplinar, realizando uma interface entre o Direito Constitucional, o Direito do Trabalho e o Direito Civil.

Mestrando(a) Heloisa Cremonezi
Orientador(a) Dr. Fábio Alexandre Coelho
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema A APOSENTADORIA DO TRABALHADOR RURAL COMO MECANISMO DE INCLUSÃO SOCIAL
Data da apresentação 07 /12/2018

O presente estudo foi elaborado objetivando demonstrar que a triste realidade arraigada à imagem do trabalhador rural, retrata a realidade histórica do Brasil, tido por um País com população eminentemente agrícola. Têm-se, contudo, que a evolução industrial associada à mecanização e opções políticas dos sucessivos governos alterou essa realidade social, afastando uma economia alicerçada em métodos rústicos e artesanais, voltada a um cultivo de subsistência, para alicerçar-se em um direito social, em igualdade de condições em relação aos trabalhadores urbanos. Observa-se que a população rural foi colocada à mercê de um sistema voltado ao combate dos riscos sociais, com destaque a figura da mulher camponesa, anteriormente excluída do sistema protetivo, que teve seu direito assegurado, pela primeira vez e, ainda de forma limitativa, a partir do Estatuto do Trabalhador Rural, que instituiu um Fundo de Previdência Social Rural - FUNRURAL, tendente a proteger essa classe de obreiros. Nota-se que desde a instituição da primeira constituição brasileira que trouxe, timidamente, a expressão "Seguridade Social", a Constituição Federal de 1824, a efetividade dos direitos sociais aos trabalhadores rurais, se tornou incontroversa, com a promulgação da Constituição Federal de 1988, demonstrando que o colono que se mantinha a margem da proteção previdenciária, progrediu, paulatinamente, conquistando seus direitos. Sob esse enfoque é fundamental o conhecimento histórico da matéria, enfatizando o pensamento e ação do homem, das sociedades e Estados, de forma a compreender que as características dos sistemas de Seguridade Social e seus respectivos ordenamentos jurídicos, refletem, em maior ou menor grau, no processo evolutivo dos direitos e garantias fundamentais, recheados de mudanças, recuos e progressos e, de interações constatadas no decurso do tempo. Em linhas, busca-se estabelecer um panorama sobre a evolução histórica da seguridade social, no Brasil e no mundo, enfatizando a Previdência Social como um direito fundamental, em especial a proteção previdenciária ao trabalhador rural que, após crescente evolução constitucional e da legislação previdenciária rural, foi incluído como um dos atores sociais, em igualdade de direitos e obrigações.

Mestrando(a) Fabiana Aparecida Menegazzo Cordeiro
Orientador(a) Dr. Luiz Nunes Pegoraro
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema O DIREITO À EDUCAÇÃO PLENA EM MEIO AO CONFRONTO ENTRE A CIDADANIA E A ALIENAÇÃO SOCIAL NA MODERNIDADE LÍQUIDA
Data da apresentação 07 /12/2018

O presente estudo se constrói com o objetivo de demonstrar como as falhas na concretização integral do direito à educação estão intimamente ligados à exclusão social da grande massa de pessoas que compõem a sociedade brasileira. Cabe à educação servir como porta de acesso para a formação plena das pessoas, tanto para o trabalho quanto para o exercício da cidadania, de forma a proporcionar a integração das crianças e dos jovens aos seus futuros papéis de cidadãos ativamente atuantes no seio social do qual são membros. Os desafios para efetivação do direito à educação são inúmeros durante toda a história do país. A não superação de problemas macros como a utilização do sistema educacional para fins políticos, o despertar tardio para a finalidade maior do sistema educacional para a promoção da educação plena exigida pelo Constituinte somados às questões sociais de mudanças de paradigmas de estruturação social, potencializadas pelo individualismo, pela tecnologia e pelo capitalismo fazem com que, apesar da existência de uma vasta legislação, inclusive atualizada, a concretização deste direito permaneça falha. Por consequência, tem-se a educação como alimento para a exclusão em massa da sociedade que é usuária deste sistema, e que ao assumirem suas maioridades civis, pouco ou nada sabem sobre o importante papel dos cidadãos para a concretização do Estado Democrático de Direito. Este estudo predomina-se como pesquisa bibliográfica e de legislação, tratando o problema com a mescla das formas quantitativa e qualitativa de abordagem. A teorização de Zygmunt Bauman da modernidade líquida é utilizada para a ambientação do momento histórico e da realidade social tratada no trabalho. Já a Teoria da Integridade de Dworkin em relação à concatenação de todos os processos e sujeitos que envolvem a entrega de fato da educação plena e a Teoria dos Sistemas Sociais de Luhmann em relação aos acoplamentos estruturais entre os subsistemas sociais Direito-Escola-Família, atuam como vetores na construção de medidas que norteiem a concepção e o desenvolvimento das normas e dos processos que envolvem o direito à educação plena. A minuta de uma lei é desenvolvida consolidando a estruturação legal destas medidas sugeridas.

Mestrando(a) Bianca Thamiris Mizusaki
Orientador(a) Dr. Sérgio Tibiriça Amaral
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema LEI DE ANISTIA: UMA ANÁLISE CRÍTICA SOBRE A ANTINOMIA EXISTENTE ENTRE A DECISÃO PROFERIDA NA ADPF N° 153 E O JULGAMENTO DO CASO GOMES LUND VS. BRASIL
Data da apresentação 07 /12/2018

O trabalho desenvolvido nessa pesquisa teve por objeto de estudo as contraditórias decisões proferidas pela Corte Interamericana de Direitos Humanos no julgamento do caso Gomes Lund vs. Brasil (Guerrilha do Araguaia) e pelo Supremo Tribunal Federal na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental no 153, que divergiram acerca da validade da Lei no 6.683/79. O empasse que surge da dissonância entre dois órgãos que se dedicam a proteger os mesmos direitos não se restringe a um mero dissenso de entendimentos, pois a desarmonia entre jurisdições acarreta reflexos significativos que requerem uma persecução histórica dos direitos mais caros à humanidade para seu melhor entendimento. Nesse sentido, a presente dissertação aborda a origem e o fundamento dos direitos humanos, e o contexto de sua internacionalização, colacionando, para tanto, aportes da Carta das Nações Unidas e do Sistema Interamericana de Direitos Humanos, com enfoque especial em seus principais órgãos. Em outro momento, discorre-se acerca da justiça de transição, tema basilar para o entendimento das reflexões futuras, assim como os contextos político-sociais que permearam a ditadura militar brasileira (1964-1985), o episódio conhecido como Guerrilha do Araguaia (1972-1975) e a edição da Lei no 6.683/79. Sob a ótica protecionista do Sistema Interamericano, se analisa o procedimento nele deflagrado no Caso Gomes Lund vs. Brasil, trazendo à baila todas as questões que culminaram na responsabilização internacional brasileira pela violação de direitos humanos durante o regime autoritário. De igual modo se explora a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental no 153, o pedido postulado na exordial e seus fundamentos, assim como os argumentos levantados para embasar os posicionamentos dos ministros julgadores. Por fim, realiza-se uma análise comparativa das decisões à luz da inegável relevância que possui os direitos humanos, pontuando as condutas que continuam a contribuir para a perpetuação dos crimes que lesam a humanidade, emitindo um juízo de valor sobre a Lei no 6.683/79, considerando os efeitos da sua incorporação ao ordenamento jurídico e aventando orientações sem caráter vinculativo, com fito exclusivo de formular uma análise crítica sobre esse tema tão importante e controverso. Nessa pesquisa são aplicados os métodos histórico, hipotético-dedutivo e analítico-crítico de abordagem científica.

Mestrando(a) Bruno Oliveira Pinheiro
Orientador(a) Dr. Ageu Libonati Junior
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema Incentivos fiscais relacionados ao ICMS e concretização de direitos humanos
Data da apresentação 07 /12/2018

A presente dissertação propõe a análise dos incentivos fiscais de ICMS e sua relação com os direitos humanos no sistema jurídico. Os direitos humanos ganharam atenção especial no texto da Constituição Federal de 1988, na medida em que foram elevados à condição de objetivos, fundamentos e princípios da República Federativa do Brasil, devendo, portanto, orientar a interpretação dos dispositivos e normas, em conjunto com as prescrições do art. 3º, II e III, da Constituição Federal, que garantem a utilização de incentivos fiscais como instrumento de promoção do desenvolvimento social e superação das desigualdades sociais e regionais. Nesse contexto, é analisada a exigência de unanimidade para aprovação de incentivos fiscais relativos ao ICMS, enquanto limite à autonomia dos Estados e do Distrito Federal - de onde exsurge a guerra fiscal entre os Estados, e sua relação com a utilização dos incentivos fiscais para a promoção do desenvolvimento nacional.

Mestrando(a) Lucas da Silva Peres
Orientador(a) Dr. Cláudio José Amaral Bahia
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema Ampliação objetiva e subjetiva para o inventário e partilha extrajudicial como garantia de acesso ao direito à herança
Data da apresentação 07 /12/2018

O presente trabalho tem por escopo a análise da possibilidade de expansão objetiva e subjetiva das atribuições para Inventário e Partilha Extrajudiciais, que hoje são expressamente vedados para os casos de sucessão em que exista testamento ou herdeiros e legatários incapazes. O Direito é um fenômeno histórico-cultural o qual não possui fórmula pré-estabelecida no que diz respeito às normas e atribuição de funções públicas ao Poder Estatal, variando conforme a experiência. Sua única invariável é a procura pelo "Bem-Comum" no plano social. Neste sentido, buscou-se confrontar que dados estatísticos oficiais do Poder Judiciário dão conta de enorme congestionamento da Justiça, e que uma das soluções possíveis é a desjudicialização de algumas atribuições atualmente exclusivas do Poder Judiciário. A partir disto, analisa-se a evolução histórico-legislativa do notariado Brasileiro e delimita as suas funções atuais, as quais se encaixam no perfil mundial de "notariado do tipo latino" e através de uma análise reflexiva-especulativa, sugere a ampliação das atribuições dos tabeliães a fim de incluir na possibilidade de atuação os inventários e partilhas nos quais existam testamentos e herdeiros incapazes, como meio para assegurar o efetivo acesso ao direito à herança.

Mestrando(a) Valdir de Carvalho Campos
Orientador(a) Dr. Rui Carvalho Piva
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema Construções consolidadas e meio ambiente equilibrado
Data da apresentação 13 /12/2018

O Meio Ambiente Ecologicamente Equilibrado é considerado um direito fundamental de terceira geração, possuindo natureza de inviolabilidade, pautado em várias normas constitucionais. A sociedade humana, antes ligada a valores individuais, passou a contemplar o coletivo, incorporando-se, necessariamente, novos mecanismos processuais para tal fim, com a criação de instrumentos que têm por intuito a ampliação do acesso à justiça e, principalmente, a canalização de conflitos coletivos para o âmbito judicial. Dentre os mais relevantes desses instrumentos, está a Ação Civil Pública, técnica processual que maior vantagens oferece à proteção jurisdicional do meio ambiente, pois tem a preocupação precípua de evitar prejuízo à sua qualidade e restaurar o que porventura já tiver sido objeto de degradação; sendo seu objetivo maior a manutenção de um meio ambiente ecologicamente equilibrado para as atuais e futuras gerações. Para tanto, faz-se necessário o uso de instrumentos processuais que permitam ao cidadão o uso de medidas céleres e preventivas, como é o caso da tutela inibitória preventiva e a colisão de princípios fundamentais frente ao direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e a construção consolidada nas Áreas de Proteção Permanente, o que se reflete nos direitos à moradia, propriedade e a utilização dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade para oportunizar a solução jurídica justa.

Mestrando(a) Oswaldo Kenji Kotsubo
Orientador(a) Dr. Luiz Nunes Pegoraro
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema Homeschooling: O desafio da educação domiciliar no Brasil frente à Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
Data da apresentação 07 /12/2018

O fenômeno da Educação Domiciliar ou Homeschooling embora não seja algo novo no sistema educacional nacional ou internacional, ressurgiu com grande aceitação nos Estados Unidos da América a partir da década de 60. Não demorou muito para que muitas famílias, levados por múltiplos fatores, também optassem pela adoção da Educação Domiciliar no Brasil. O julgamento do RE 888.815 pelo E. Supremo Tribunal Federal trouxe um novo desafio à Educação Domiciliar. O objetivo deste trabalho foi buscar elementos para auxiliar na legalização da Educação Domiciliar no Brasil, por se tratar de um tema controvertido e que ainda divide opiniões. Para a elaboração deste trabalho optou-se pelo método exploratório-descritivo, com abordagem qualitativa, através da análise sistematizada de artigos de periódicos, dissertações, teses, livros, capítulos de livros e nas principais legislações Brasileiras. A técnica de análise de conteúdo foi utilizada mediante a construção de categorias definidas a partir dos objetivos do trabalho. Com base nestas informações elaborouse um breve escorço histórico do direito à educação no Brasil, com base nas Constituições Brasileiras e nas principais Reformas Educacionais. Em seguida buscou-se a formulação de um conceito de Educação. Para tratar do tema central buscou-se, a priori, um conceito de Educação Domiciliar, passando pela educação domiciliar nos Estados Unidos da América e nos principais países ao redor do mundo, para, em seguida analisar a posição adotada pelo E. Supremo Tribunal Federal no julgamento do RE 888.815. Ao final, concluiu-se pela necessidade de construção de uma norma regulamentadora da Educação Domiciliar no Brasil.

Mestrando(a) Vivian Cristina Garcia de Freitas
Orientador(a) Dr. José Roberto Anselmo
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema IMPACTO DA TECNOLOGIA NA ATIVIDADE JURÍDICA: ANÁLISE SOBRE O DIREITO E OS BENEFÍCIOS PARA OS SEUS OPERADORES E PARA AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Data da apresentação 30 /11/2018

evolução e desenvolvimento tecnológicos já se encontram, praticamente, em todas as áreas da atividade humana. O Direito, uma das atividades mais tradicionais e conservadoras, também vem sofrendo influências da tecnologia. Muitas ferramentas e programas de software estão inovando a prática da atividade jurídica em todos os seus aspectos, bem como provocando impactos na própria forma de aplicar o Direito, como a utilização da inteligência artificial e outras ferramentas de análises preditivas com possibilidade de concatenar informações pretéritas e mensurar tendências. Além disso, também há benefícios decorrentes dessa evolução tecnológica que podem agregar em relação à inclusão social das pessoas com deficiência, de forma específica, aos profissionais da área jurídica com deficiência. Assim, a partir da análise de algumas ferramentas tecnológicas já existentes e aplicadas na área jurídica, passando por uma análise da Constituição Federal brasileira, buscaremos discutir os impactos das novas tecnologias na prática jurídica, bem como na efetivação de direitos das pessoas com deficiência.

Mestrando(a) Marco Aurélio Franqueira Yamada
Orientador(a) Livre-Docente Vidal Serrano Nunes Junior
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema EFICÁCIA HORIZONTAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS E SUA APLICABILIDADE NA SAÚDE SUPLEMENTAR
Data da apresentação 06 /12/2018

A partir da análise da evolução dos direitos fundamentais, especificamente no que tange à extensão de sua eficácia às relações jurídicas de caráter privado, o presente trabalho se propõe a apresentar uma reflexão sobre o direito à saúde, concretizado pela iniciativa privada por meio dos planos e seguros privados e assistência à saúde, haja vista tratar-se de modalidade de suma importância na sociedade contemporânea, com suporte autorizativo expresso no texto constitucional brasileiro de 1988, levando também em consideração a crescente demanda social e o déficit de atendimento pelo setor público. Desta forma, diante de um cenário em que o direito fundamental à saúde encontra assistência pelo setor público e pela iniciativa privada, trazendo uma aproximação substancial entre as relações públicas e privadas, gera-se a discussão se a eficácia dos direitos fundamentais deve ser aplicada na mesma intensidade e de forma direta para ambos os destinatários - Estado e operadoras de planos e seguros privados de assistência à saúde - tendo em vista que são cada vez mais frequentes as demandas judiciais versando sobre o direito fundamental à saúde. Nesse contexto, a fim de despertar uma discussão conciliadora entre as teorias sobre a eficácia horizontal dos direitos fundamentais e sua aplicação nas relações entre os usuários e os planos privados, o trabalho terá como suporte de argumentos um resgate histórico, doutrinário, jurisprudencial e assistência na legislação constitucional e infraconstitucional vigente, para demonstrar que a aplicação de forma uníssona do direito fundamental à saúde sem considerar a dualidade Estado-Privado, pode gerar prejuízos tanto para as operadoras de planos privados quanto para os usuários e para o próprio sistema de saúde.

Mestrando(a) Carolina Menck de Oliveira Cegarra
Orientador(a) Dr. Luiz Nunes Pegoraro
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema O direito ao trabalho: uma proposta de política pública para a inclusão social da pessoa com deficiência
Data da apresentação 07 /12/2018

A presente dissertação tem como precípuo escopo demonstrar a evolução da pessoa com deficiência na busca de reconhecimento de seu direito ao trabalho, enquadrado como direito fundamental e que valoriza e dignifica o homem, além de promover sua inclusão social. Através da metodologia de pesquisa bibliográfica e de legislação, buscando interpretar as normas jurídicas de maneira conjunta, o trabalho demonstrará que, desde os primórdios onde a deficiência significava o descarte do ser humano até a edição do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/15), muitas garantias foram reconhecidas, mas ainda faltam direitos para serem suplementados. No que tange ao mercado de trabalho, o artigo 93, da Lei nº 8.213/91, política pública que regulamenta a matéria, impõe uma porcentagem escalonada de admissão de pessoas com deficiência para as empresas que possuem mais de cem empregados. Muito embora tal documento legislativo invista na contratação, serão levantadas questões como a existência de empregadoras que somente atuam desse modo para cumprirem a cota e não sofrerem sanções pecuniárias, bem como a não necessidade de retaliação quando a pessoa jurídica dispensa o trabalhador com deficiência e mantêm a cota disposta na Lei. Por fim, será demonstrada uma proposta de política pública que visa com que as pessoas com deficiência sejam integradas no ambiente empresarial, além de reiterar a importância da educação e da informação para formar seres humanos melhores e cívicos.

Mestrando(a) Vinicius Rodrigues de Freitas
Orientador(a) Dra. Ruth Maria Junqueira de Andrade Pereira e Sil
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema Empresa e desenvolvimento. Análise do progresso da sociedade Brasileira por meio do pequeno capital empreendido
Data da apresentação 30 /11/2018

O legislador constituinte de 1988 prestigiou o desenvolvimento como sendo um dos objetivos fundamentais da nossa República. A Constituição Federal em vigor traz inúmeros dispositivos que apontam para o desenvolvimento como um dos instrumentos capazes de trazer equilíbrio para a sociedade brasileira. No entanto, o processo civilizatório brasileiro demonstra ser recente o reconhecimento da relevância do progresso para a sociedade. Durante grande parte da história brasileira, o desenvolvimento da sociedade foi desconsiderado pelos governantes, o que gerou atrasos significativos para a prosperidade de uma nação tão rica, como a brasileira. Estratégias concentradas na exploração ou, posteriormente, pensadas apenas para o crescimento do grande capital, contribuíram para a formação de uma sociedade de empregados, indivíduos ensinados e educados para alcançar o emprego, não para empreender. A falta de acesso ao empreendimento causa, de maneira direta, concentração de riqueza, ineficiência criativa, dependência, fraca concorrência, aumento de preços, redução da qualidade, baixa competitividade do país no mercado exterior, dentre outros reflexos não menos importantes. Indiretamente, as dificuldades vivenciadas pelos empresários de pequeno capital desestimulam a prática da atividade empresarial, retiram perspectivas de sucesso e inibem um potencial desenvolvimento da sociedade, que poderia surgir do real interesse do brasileiro em contribuir para o crescimento do país. O estudo das estratégias aplicadas pelos governantes para o desenvolvimento do Brasil foi a base para o desenvolvimento da Dissertação, cujo ápice foi a análise dos resultados da pesquisa realizada com 1.263 pessoas sobre a relação do empresário com a sociedade e o desenvolvimento.

Mestrando(a) Diego Fernandes Cruz Villela
Orientador(a) Dr. Luiz Nunes Pegoraro
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema Judicialização da saúde pública: a efetivação da saúde ante a escassez de recursos e as ações individuais
Data da apresentação 07 /12/2018

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Direito - Área de Concentração: Sistema Constitucional de Garantia de Direitos - do Centro de Pós-Graduação da Instituição Toledo de Ensino de Bauru/SP, para obtenção do título de Mestre em Direito. A pesquisa assume o direito à saúde como um dos mais basilares e fundamentais para o ser humano e pretende analisar, baseado em pesquisa bibliográfica exploratória, como a saúde pública se estrutura e desenvolve no Brasil, para tentar descobrir se a judicialização da saúde pública se dá por uma razão estrutural ou se ela está ligada a outros fatores operacionais. Aborda também, de forma teórica, as consequências da judicialização da saúde pública e os desafios enfrentados pelo Poder Judiciário na tratativa destas questões, para também tentar descobrir se a judicialização é o melhor instrumento para resolver os problemas da saúde pública, ou se existe uma outra e melhor alternativa. Assim, desenvolve o tema dos direitos humanos registrando sua evolução histórica e desenvolvimento até se chegar ao direito à saúde na Constituição Federal brasileira de 1988. Analisa a estruturação do Sistema Único de Saúde e a questão da judicialização da saúde pública, abordando os problemas presentes na solução desses conflitos pelo Poder Judiciário. Conclui afirmando que o Sistema Único de Saúde está organizado de maneira coerente para consecução de seus objetivos, porém, fatores como a inexistência de um sistema de saúde sólido no passado, a escassez de recursos e a corrupção, interferem e prejudicam a efetivação da saúde pública no Brasil, fazendo com que a população se utilize da judicialização para fazer valer seu direito à saúde. Aponta, contudo, que a judicialização da saúde pública pode ser extremamente nociva à sociedade, uma vez que as questões a serem enfrentadas pelo Poder Judiciário são de grande complexidade e nem sempre a via processual utilizada para a judicialização permite a apreciação e discussão de questões complexas. Sugere como solução, para a redução da judicialização sem prejuízo da efetivação da saúde, a fixação de critérios para as decisões judiciais no assunto e a utilização de meios mais democráticos de escolha das políticas públicas a serem implementadas no âmbito da saúde pública, através dos mecanismos de Democracia Sanitária já previstos no ordenamento jurídico brasileiro.

Doutorando(a) Luís Guilherme Soares Maziero
Orientador(a) Dr. José Luiz Ragazzi
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema Precedentes judiciais obrigatórios no código de processo civil de 2015: entre a civil law e a common law - uma análise à luz da teoria pura do direito
Data da apresentação 09 /11/2018

O trabalho tem como objetivo o estudo dos precedentes judiciais obrigatórios previstos no Código de Processo Civil brasileiro, a partir de uma análise na perspectiva da teoria geral do direito, especialmente da teoria das fontes do direito, propondo uma abordagem das principais alterações realizadas pelo Código de Processo Civil de 2015 relacionadas aos precedentes judiciais obrigatórios, passando então a compará-las à formação dos precedentes dentro do modelo da Common Law, especialmente ao modelo do direito inglês. Na sequência, passa-se a abordar as fontes do direito brasileiro a partir do processo de formação histórica da Civil Law e, consequentemente, do direito português, que influenciaram a formação do ordenamento jurídico brasileiro para, na parte final da tese, passar a abordar os precedentes judiciais brasileiros enquanto fonte do direito da espécie norma jurídica, a partir dos elementos teóricos previstos na Teoria Pura do Direito, de Hans Kelsen. Nesta perspectiva de análise, empregando o método de pesquisa doutrinária e jurisprudencial, o estudo busca demonstrar que as recentes alterações promovidas no ordenamento jurídico brasileiro não implantaram no Brasil um sistema de precedentes, como na Common Law, mas apenas empoderaram a cúpula do Poder Judiciário brasileiro, permitindo que ele exerça um poder legiferante que, por não estar em harmonia com a Constituição Federal, transgride o princípio do Estado Democrático de Direito, aniquilando o modelo dialógico de processo e implemetando um sistema que possibilita a dominação do Estado pelos tribunais superiores. Neste contexto, foram comparados os precedentes judiciais brasileiros aos assentos portugueses, declarados inconstitucionais pelo Superior Tribunal de Justiça de Portugal no ano de 1993.

Doutorando(a) Vinicius Roberto Prioli de Souza
Orientador(a) Dra. Eliana Franco Neme
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema O acesso à internet como instrrumento de inclusão dos tetraplégicos
Data da apresentação 26 /10/2018

Esta tese tem por objetivo demonstrar a existência do direito fundamental dos tetraplégicos à internet, assegurando àqueles que não possuem condições financeiras, os meios de acesso à rede, tais como equipamentos, recursos de tecnologia assistiva e serviços de banda larga. Busca-se garantir a acessibilidade à internet, pelo Poder Público, através do fornecimento de computadores adaptados (ou tablets, por exemplo) com a necessária tecnologia assistiva especialmente desenvolvida para atender as necessidades das pessoas tetraplégicas, tais como mouses especiais, dispositivos apontadores que valorizam movimento de cabeça, movimento de olhos e ondas cerebrais, softwares de reconhecimento de voz e roteadores, como forma de assegurar a este grupo minoritário o exercício de direitos fundamentais. Quanto à abordagem, a presente tese contempla a pesquisa qualitativa aliada à quantitativa, ou seja, ao mesmo tempo preocupou-se com a representatividade numérica dos tetraplégicos residentes no Brasil, de acordo com o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, bem como com o aprofundamento da compreensão da sociedade diante da necessidade de reconhecimento e garantia de novos direitos. Esta dirige-se a um problema específico, qual seja, a necessidade do reconhecimento do direito fundamental dos tetraplégicos ao acesso à internet, bem como para aqueles economicamente hipossuficientes, o direito aos equipamentos, recursos e serviços de modo gratuito, requisitos necessários para acessar a rede. Por fim, quanto aos objetivos, esta pesquisa é exploratória, tornando mais familiar as dificuldades e aflições vivenciadas pelos tetraplégicos, tendo como procedimentos utilizados a pesquisa bibliográfica e documental.

Mestrando(a) Rogério Piccino Braga
Orientador(a) Dr. Cláudio José Amaral Bahia
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema O INSTITUTO DO RECALL NO JUDICIÁRIO: UM ELEMENTO DE DEMOCRATIZAÇÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Data da apresentação 25 /10/2018

O recall configura-se como um instrumento de exercício da soberania popular, de utilização nos regimes democráticos de determinados países onde se alterna a prática da democracia direta e da democracia indireta. Todas as vezes que se opta por sua adoção, a resistência do parlamento se faz presente, já que se trata do mais eficaz e direto mecanismo de controle popular a pesar sobre o exercício do mandato parlamentar representativo-político. Para parcela significativa da doutrina, o direito de revogação popular de mandato político-representativo foi construído sob a égide da democracia norte-americana, sem espaço, portanto, no constitucionalismo brasileiro. Tal assertiva se extrairia da máxima de que a democracia como praticada no Brasil é tardia e imatura, sob a ótica das vezes em que o país democratizou e redemocratizou a Nação, desde os idos da primeira Constituição, em 1824, chegando até a Constituição de 1988. Esse é o cenário em que se construiu a ideia e a perspectiva do recall legislativo no campo prático e doutrinário, até o momento. O objetivo da Tese é apresentar o direito de revogação popular em suas duas modalidades, a saber, o recall revocatório de julgados e o recall judicial-político. Com isso, portanto, busca-se, objetivamente, manter a essência dos institutos, qual seja, a democratização dos ideais do constitucionalismo brasileiro, aproveitando o núcleo do recall, como desenvolvido no cenário norte-americano; somando-se a ele, a evolução constitucional brasileira e a viabilidade de controle popular da Corte Suprema do Judiciário brasileiro. Para tanto, a pesquisa foi organizada com espeque nas correntes doutrinárias e históricas sobre o instituto, bem como na coleta de dados via aspecto jurisprudenciais, tendo como parâmetro, ainda, o produto do trabalho do legislador desde o período que precede o nascimento de Cristo, até o século XXI. Os resultados alcançados comprovam a viabilidade da instituição do novo modelo de controle e revogação popular, porém, sob as vestes de revogação de decisões judiciais proferidas em controle concentrado de constitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal, bem como das nomeações para a composição do mesmo Tribunal Superior, como proposta de inovação do instituto da democracia semidireta.

Doutorando(a) Glauco Roberto Marques Moreira
Orientador(a) Dra. Eliana Franco Neme
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema A SEGURANÇA COMO PARÂMETRO CONSTITUCIONAL À MODERNIZAÇÃO DO DIREITO PENAL NA SOCIEDADE DE RISCO
Data da apresentação 29 /06/2018

O presente trabalho teve por objeto de estudo a análise da modernização do Direito Penal à luz da Teoria dos Direitos Fundamentais, traçando um paralelo entre os direitos liberais e os direitos sociais, ou mais especificamente, entre o direito liberal à liberdade individual e o direito social à segurança da coletividade, considerando a evolução do Direito Penal, do paradigma do Direito Penal liberal, atualmente em vigor, para o Direito Penal moderno, mais voltado às exigências das sociedades pós-modernas. O estudo buscou demonstrar que a evolução histórica dos direitos fundamentais em direitos de primeira dimensão, a partir do modelo de Estado liberal, e depois como direitos de segunda dimensão, tendo como base o modelo de Estado social, se trata de um processo contínuo e complementar, muito mais ligado à ideia de compatibilidade de direitos do que de ruptura de uma para outra dimensão. A partir dessas considerações, depois de analisar a estrutura e a função dos direitos fundamentais liberais e sociais no ordenamento jurídico, em especial a teoria dos limites e restrições dos direitos fundamentais, bem como o núcleo essencial inviolável desses direitos - que é a dignidade da pessoa humana -, a pesquisa foi direcionada para analisar a expansão e modernização do Direito Penal, tendo como parâmetro as transformações ocorridas na sociedade em decorrência da globalização e da modernização. Vimos que tais transformações afetaram não somente a vida cotidiana da população, a economia, a política, o conhecimento, o pensamento, mas sobretudo o próprio Direito. Ocorre que no Direito Penal há uma forte corrente doutrinária que prega pela preservação do sistema punitivo nos moldes do individualismo iluminista, que instituiu o Direito Penal clássico, e não aceita que o Direito Penal da sociedade moderna, identificada pela expressão "sociedade de risco", é um Direito Penal, da mesma forma, moderno, com preocupações que vão além da tutela individual dos direitos dos cidadãos. Esse novo Direito Penal moderno cuida de questões relacionadas à proteção de bens jurídicos transindividuais, de interesse coletivo, estando voltado a proteger a sociedade dos riscos da modernidade, marcado pelo medo e pelo perigo; uma sociedade insegura, que tem medo de ser vítima das ameaças e dos ataques de terceiros e do próprio poder público. Nesse novo modelo de sociedade, surge um Direito Penal "do cidadão", um Direito Penal "da segurança" da sociedade que não aguenta mais viver em um ambiente de insegurança e reclama ações mais efetivas do Estado na proteção dos bens e interesses sociais. Finalizando o estudo, constatamos que o modelo de "Estado de segurança" é um paradigma que atende essas necessidades mais recentes da sociedade, marcada pelo medo e pelos riscos. Neste modelo, o direito social à segurança tem lugar privilegiado, por se tornar fim e tarefa do Estado social e Democrático de Direito. A segurança se torna, então, um dever estatal de proteção dos cidadãos; direito às garantias positivas do exercício das liberdades; e direito a prestações por parte do Estado. Foi empregado o método evolutivo-histórico e dialético-dedutivo, com base em pesquisa bibliográfica em obras nacionais e principalmente em obras estrangeiras, haja vista se tratar de assunto pouco explorado pelos doutrinadores pátrios.

Doutorando(a) Pedro Lima Marcheri
Orientador(a) Dr. Walter Claudius Rothenburg
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema DISCRIMINAÇÃO ODIOSA EM FACE DOS JUDEUS POR MEIO DA INTERNET
Data da apresentação 15 /12/2017

O antissemitismo é uma das formas mais ubíquas e subestimadas de preconceito. Sua longevidade, mesmo diante do ocaso do regime nazista, denota a relevância com que o tema deve ser tratado no campo jurídico. Não obstante, até hoje o antissemitismo se mostra um fenômeno incompreendido, principalmente ao contrapô-lo com a multifacetária identidade cultural do povo judeu. Com o advento das novas tecnologias, a discriminação dos judeus sofreu um adensamento. Ante ao surgimento de novos tipos de discriminação odiosa na Internet, nessa tese buscouse evidenciar aprimoramentos no modelo jurídico de proteção aos judeus, promovendo a inclusão de minorias na legislação criminal. Partindo de um estudo histórico-social sobre a composição da identidade judaica e a influência das novas tecnologias nesta identidade, foram observadas novas linguagens de discriminação odiosa contra os judeus na rede mundial de computadores, o antissemitismo virtual. Esse fenômeno não é contemplado com satisfatoriedade pelo Direito, notadamente nos padrões atuais de criminalização. A ressignificação de conceitos adequados releva-se fundamental para suprir as vulnerabilidades na proteção das sensibilidades dos judeus discriminados. Para o enfrentamento desta questão, se faz necessário o aprimoramento de tais padrões, incorporando medidas como a tipificação da discriminação odiosa e a inserção de medidas jurídicas específicas para os delitos informáticos. A generalidade do tema permite que os modelos propostos ao caso dos judeus sejam estendidos a todas as espécies de discriminação, suprindo, igualmente, as falhas apontadas.

Mestrando(a) Marcela Silva Almendros
Orientador(a) Livre-Docente Vidal Serrano Nunes Junior
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE DECISÃO NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL: O AMOR DO LEGISLADOR AO PASSADO
Data da apresentação 15 /12/2017

A pesquisa aqui desenvolvida, dissertação para obtenção do grau de Mestre em Direito, põe-se a buscar a análise da figura jurídica das decisões judiciais na contemporaneidade do direito pátrio e de sua dogmática jurídica atual, fazendo surgir a sua adequação frente aos preceitos da Constituição da República de 1988, em seus princípios, regras ou valores nela insculpidos. A decisão judicial, cuja determinação constitucional, contida no art. 93, inciso IX, da Carta Magna, encarta o princípio da motivação das decisões judiciais, como um direito/garantia fundamental do cidadão no Estado Democrático de Direito, devendo os atos decisórios do Poder Judicial brasileiro, tornarem-se públicos e fundamentados juridicamente sob a égide dos preceitos da Lei Maior, sob pena de nulidade.Tal realidade constitucional, que encerra preceitualmente a ação do Poder Judiciário, em sua função principal, a decisão judicial, é agora recoberto por um novo alvorecer de conceitos, além dos conceitos contidos na Constituição Federal de 1988, com o advento do Novo Código de Processo Civil de 2015. Demandando assim, um novo modo de interpretação por meio dos membros do poder judiciário, para que, a fundamentação de suas decisões, busque uma conformação dos princípios, regras e valores determinados como preceitos à função jurisdicional no novel diploma de processualística civil, com os comandos maiores da Constituição Brasileira, por força da supremacia da constituição. Por fim, esta pesquisa científica, dissertação para obtenção do grau de Mestre em Direito, na realidade que se esteira, própria do neoconstitucionalismo, busca intervir na compreensão da interpretação e aplicação adequada da decisão judicial a cada um dos problemas e desafios que a sociedade contemporânea nos traz como, a técnica de interpretação mais ajustada e a construção de argumentos justificadores das decisões do Poder Judiciário, em atendimento aos preceitos constitucionais processuais e os preceitos do Novo Código de Processo Civil (NCPC/15).

Doutorando(a) André Murilo Parente Nogueira
Orientador(a) Dr. Flávio Luís de Oliveira
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema PRECEDENTALISMO À LUZ DA TEORIA TRIDIMENSIONAL DO DIREITO
Data da apresentação 07 /12/2017

A tese tem por objeto o estudo de um fenômeno jurídico que denominamos de precedentalismo, concernente ao contemporâneo fortalecimento dos pronunciamentos judiciais das Cortes Superiores do Judiciário brasileiro, aos quais se tem atribuído efeitos vinculantes, horizontal e verticalmente, em especial, com a edição do Código de Processo Civil, evidenciando a relevância e atualidade do tema. Tal tendência será analisada sob o viés da Teoria Tridimensional do Direito, de Miguel Reale, a qual traz como ideia central a construção da experiência jurídica através de uma dialética de complementariedade com correlação funcional entre os elementos fato-valor-norma, ou seja, o Direito deve ser construído e aplicado levando em consideração questões factuais e axiológicas, a fim de que nele se possa verificar validade, eficácia e fundamento/legitimidade. Sob esse enfoque, mediante método de pesquisa doutrinária e jurisprudencial, além do arcabouço jurídico pátrio, percebemos que o sistema de precedentes brasileiro ou tupiniquim, escondido num falacioso discurso precedentalista de uniformidade do Direito e de igualdade entre os jurisdicionados, em sua essência, revela uma realidade sumular ou ementistas, manejada para o fim de editar pronunciamentos jurisdicionais de caráter genérico e abstrato, como se lei fossem, assim como reduzir o número de processos e o diálogo processual, de maneira ilegítima, inconstitucional e antidemocrática, até mesmo por conta de não se identificar a correlação acima mencionada, mercê de precedentes desprovidos de qualquer liame fático-valorativo, desnudando uma ideologia de dominação das Cortes Superiores, de fechamento sistêmico e de esterilidade do ordenamento jurídico.

Doutorando(a) Manuella de Oliveira Soares
Orientador(a) Dr. Rui Carvalho Piva
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema A AÇÃO CIVIL PÚBLICA COMO INSTRUMENTO CATALISADOR DA INCLUSÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO NAS HIPÓTESES NÃO ABRANGIDAS PELA LEI DE COTAS
Data da apresentação 08 /12/2017

Os valores constitucionais estabelecidos quando do Pacto Social de 1988 exigem que o jogo democrático seja exercido por maioria e não por tirania, razão pela qual ao se debruçar sobre a realidade fática vivenciada pelos grupos vulneráveis, dentre eles as pessoas com deficiência, percebe-se uma inequívoca e duradora linha de exclusão dos referidos segmentos, situação essa que exige pronta intervenção estatal que, em regra, é mediada por veículo legislativo de função equalizadora. Nesse cenário, é que a Lei n° 8.213/91 foi editada como instrumento de efetivação da inclusão das pessoas com deficiência no mercado laboral. Todavia, na prática, tem-se mostrado ineficaz em inúmeros municípios, uma vez que nestes não existem empresas que se encaixam nos critérios da Lei. Assim, numa tentativa de se estancar a proteção insuficiente que o texto normativo em questão ocasiona, o presente trabalho, por meio de uma pesquisa bibliográfica, demonstrou a inegável e premente importância de se criar mecanismos que promovam a eficácia da Lei de Cotas, com a finalidade de se efetivar o direito de inclusão das pessoas com deficiência em todo território nacional, por ser tratar de direito fundamental constitucional. Nesses termos, optou-se invocar a Ação Civil Pública como instrumento processual idôneo e adequado a exigir do interprete legítimo e necessário ativismo judicial constitucional, sem que com isso possa se falar verdadeiramente em usurpação da função legislativa, para garantir vagas de trabalho às pessoas com deficiência nas empresas que não se encaixam expressamente na Lei de Cotas. A proteção aos direitos das pessoas com deficiência, após a Convenção de Nova Iorque ingressar no ordenamento jurídico com status de emenda constitucional, inaugurou o que se convencionou nominar de bloco de constitucionalidade, e como tal deve ser efetivada. Assim, aplicar a Lei de Cotas para as empresas com menos de cem empregados é garantir direitos fundamentais, outorgando-lhe maior abrangência e conteúdo substancial. A velha ideia que concede legitimidade apenas a jurisdição voltada à atuação fria lei, não tem mais lugar frente a essa nova sociedade. O Judiciário deve compreender e aplicar a lei a partir dos princípios constitucionais de justiça e dos direitos fundamentais. O Direito não pode mais ficar simplesmente atrelado à imagem de uma máquina burocrática estatal obsoleta, refletindo em um Poder de Estado rançoso. A Ação Civil Pública insere-se no quadro da democratização do processo com o poder de expandir firme e gradativamente o acesso das pessoas com deficiência ao trabalho, tornando o país mais humano, justo e comprometido com o bem-estar e com seu próprio futuro e mais próximo dos objetivos fundamentais da República.

Mestrando(a) Andressa Dias Aro
Orientador(a) Dr. Sérgio Tibiriça Amaral
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema DA VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA DIGNIDADE, DA CIDADANIA E OS DIREITOS SOCIAIS DAS PRESAS GESTANTES NO SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO
Data da apresentação 01 /12/2017

A presente dissertação tem por objetivo discutir o atual cenário do sistema carcerário brasileiro em relação às presas gestantes e suas necessidades do dia a dia dentro do sistema. Dessa forma, o objeto principal desse trabalho serão as gestantes e mães que vivem sob a custódia do Estado, cumprindo suas respectivas penas, em consequência dos atos cometidos. Para tanto, busca identificar quais são os problemas enfrentados pelo sistema prisional, identificando os fenômenos que deram origem a essas precariedades. No mais, a pesquisa conta com renomados doutrinadores nacionais e estrangeiros, além de legislação específica sobre o tema e outras de ordem constitucional que servem para embasar juridicamente o estudo. Com base nessas diretrizes, além de análises jurisprudenciais, pretende traçar elementos fundamentais e históricos sobre o recorte realizado para demonstrar a realidade sombria dos presídios.

Mestrando(a) Pedro Siqueira de Pretto
Orientador(a) Dra. Eliana Franco Neme
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema O PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DO CONTRADITÓRIO E A PROVA EMPRESTADA
Data da apresentação 04 /12/2017

O presente trabalho versa sobre o princípio constitucional do contraditório e a prova emprestada. A prova é matéria crucial para a proteção do Estado Democrático de Direito e tutela da dignidade da pessoa humana, tendo em vista que é a partir de uma relação jurídica de direito processual que se busca, perante o Poder Judiciário, alcançar algum bem da vida. O estudo visa à elucidação e cotejamento entre o aludido princípio e os principais pontos que envolvem o instituto do empréstimo do elemento probatório, mormente em demandas cíveis e criminais. Serão analisados seus fundamentos, requisitos, visões doutrinárias e jurisprudenciais, além do Direito comparado. Buscam-se apreciações críticas e perscrutadas sobre o objeto em debate, com a intenção de aprofundar o estudo e de se retirar possíveis conclusões, sem se esquecer, ademais, da importância da novidade dessa espécie probatória, que foi prevista pelo novo Código de Processo Civil - mas que antes já era admitida.

Mestrando(a) Marcelo Eduardo Rossitto Bassetto
Orientador(a) Dr. Sérgio Tibiriça Amaral
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema O CONTROLE DE CONVENCIONALIDADE DA LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA BRASILEIRA
Data da apresentação 01 /12/2017

Os tratados internacionais constituem a principal forma de disciplina das relações entre os Estados e outros entes dotados de personalidade internacional. Dentre os tratados, os atinentes aos Direitos Humanos representam um padrão mínimo de conduta para que os Estados se legitimem na sociedade internacional. Os tratados de Direitos Humanos têm o propósito de proteger as pessoas até mesmo dos Estados das quais são nacionais. O reconhecimento de uma hierarquia especial dos tratados de Direitos Humanos no Brasil permite que eles sirvam de parâmetro de validade da legislação infraconstitucional, mediante controle de convencionalidade ou de supralegalidade. Os Direitos Sociais em geral e os previdenciários em particular também se submetem ao controle de convencionalidade, sendo objetivo da dissertação identificar na legislação previdenciária brasileira a existência de dispositivos que não se amoldam aos parâmetros estabelecidos em tratados internacionais de Direitos Humanos, mediante o recurso de um controle de validade. Conclui-se pela existência de três situações em que normas internas de Direito Previdenciário são inválidas por violação de tratados de Direitos Humanos.

Mestrando(a) Tiago Ramires Domezi
Orientador(a) Dr. Fábio Alexandre Coelho
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema CONTRADITÓRIO COOPERATIVO COMO MECANISMO DE PARTICIPAÇÃO DEMOCRÁTICA NO EXERCÍCIO DA JURISDIÇÃO
Data da apresentação 01 /12/2017

A presente dissertação propõe analisar um modelo processual atento às necessidades do Estado Democrático e Constitucional de Direitos. Para tanto, foi realizado um resgate histórico-científico do processo na tentativa de desvelar suas nuances e apresentar sua atual etapa de desenvolvimento. Procurou-se ainda apresentar as modernas concepções acerca do relacionamento jurídico-processual das partes, pensando em suplantar o clássico padrão piramidal que gera focos de centralidade e relega a dialética processual. Na atual quadra democrática, a ampla participação na construção normativa é medida que se impõe à atividade jurisdicional. Uma relação monológica mostra-se totalmente insuficiente. Diante disto, o trabalho pretendeu apresentar um mecanismo para efetivar essa participação necessária. Investigando o Novo Código de Processo Civil, que, sob a influência da constitucionalização do processo, operou mudança paradigmática à condução procedimental, notou-se a implementação de um relacionamento policêntrico, onde a comparticipação das partes (juiz, autor e réu) formata uma comunidade de trabalho, se destacando através da inovação dinâmica assumida pelo contraditório. O novo modelo processual civil brasileiro assume caráter democrático e prima pela decisão de mérito com ampla influência e vedação à decisão surpresa. Nesse contexto, o presente estudo, frente a uma pesquisa teórica e bibliográfica, com método de abordagem dedutivo, realizada através da análise da legislação constitucional e infraconstitucional, bem como de obras doutrinárias referentes ao tema, buscou apresentar o contraditório cooperativo como ferramenta indispensável à participação democrática no exercício da jurisdição, almejando a justiça do caso concreto em discussão, de maneira a promover os direitos fundamentais, sejam eles materiais ou processuais.

Mestrando(a) Ciderlei Honório dos Santos
Orientador(a) Dr. Claudio José Amaral Bahia
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema A PROTEÇÃO JURÍDICA DO EMBRIÃO HUMANO À LUZ DA CLÁUSULA GERAL DE TUTELA DA DIGNIDADE HUMANA
Data da apresentação 24 /11/2017

A presente dissertação tem como proposta trabalhar com a proteção jurídica do embrião humano frente às técnicas de manipulação genética do genoma humano. Para tanto, foi lançado mão de doutrina jurídica com o fim de chegar a uma conclusão a respeito da natureza jurídica do embrião humano, passando, por certo, pelo conceito de personalidade jurídica e vida humana. A abordagem do conceito de pessoa e sua dignidade também foi de grande importância para determinar se embrião humano é pessoa e se possui dignidade. Por fim, foi apresentado diversos pontos que se mostram como obstáculos à manipulação genética do embrião humano.

Mestrando(a) Jair Antonio Pena Junior
Orientador(a) Dr. Rui Carvalho Piva
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema A LIBERDADE DE IMPRENSA E A TUTELA JURISDICIONAL, PREVENTIVA E REPRESSIVA, DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Data da apresentação 24 /11/2017

A liberdade de imprensa assume vital importância, pois a informação do povo e a formação da "opinião pública" integram o próprio núcleo do conceito de democracia. Porém, não raros são os confrontos entre a liberdade de imprensa e os demais direitos fundamentais, de modo que necessário se faz analisar a possibilidade, ou não, de que o indivíduo busque tutelar-se, junto ao Poder Judiciário, tanto preventiva, como repressivamente, contra eventuais abusos nos meios de comunicação. O Supremo Tribunal Federal, quando do julgamento da ADPF 130, houve por bem inviabilizar a tutela jurisdicional preventiva, autorizando apenas o manejo de demandas que tenham como finalidade buscar a recomposição de uma lesão já perpetrada quando do exercício da liberdade de imprensa, o que se revela equivocado, visto que não há como se confundir a censura, constitucionalmente vedada, com a tutela preventiva, que sempre encontra amparo no ordenamento jurídico-constitucional. É possível o afastamento daquela decisão com base na técnica denominada distinguishing, bem como por meio de um correto entendimento do ordenamento constitucional, sempre com vistas à concretização do princípio da máxima efetividade dos direitos fundamentais.

Mestrando(a) Nivia de Castro Orlandi
Orientador(a) Dr. Fábio Alexandre Coelho
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema A PROVA COMO MECANISMO PARA A CONCRETIZAÇÃO DE DIREITO À REPARAÇÃO DO ERRO MÉDICO
Data da apresentação 24 /11/2017

A produção de provas nas ações que discutem a responsabilidade civil médica é o centro da questão abordada neste trabalho. A exposição de um estudo sobre a estrutura geralmente apresentada ao se tratar de provas, com enfoque constitucional, dá início à discussão. A necessidade de apresentar provas faz dela a apresentação de um direito fundamental. Para tanto, foi levantada uma pesquisa inspirada em desenvolver a matéria provas de forma a destacá-la como direito fundamental a ser protegido e efetivado no ordenamento jurídico brasileiro. Assim, a necessidade de apresentar um conjunto probatório suficiente para a concretização de direitos na seara da responsabilidade civil médica é direito constitucionalmente protegido pelos princípios encartados na Constituição Federal, como o devido processo legal, a ampla defesa e o contraditório. A responsabilidade civil médica, para estar comprovada e fundamentar uma condenação a título de erro médico, não apresenta elementos fáceis de serem ajustados na fase instrutória do processo judicial, sendo a culpa médica fator de grande complexidade a ser auferido nos casos que demandam sua caracterização. Neste sentido, a aplicação da teoria dinâmica do ônus probatório demonstra inegável consolo para aqueles que mediante simples alegações não conseguiriam corroborar com a veracidade dos fatos. Todavia, diversos fatores atuam concomitantemente para que as vítimas do erro médico sofram não apenas a título do dano a elas acometido, mas também a insatisfação em ver seu direito esvair-se em frustrações de processos judiciais demorados, com um alto custo, que muitas vezes findam sem a obtenção do direito pretendido.

Mestrando(a) Paula Freitas Lara
Orientador(a) Dr. Pietro de Jesus Lora Alarcon
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA PRIMEIRA INFÂNCIA: O DIREITO FUNDAMENTAL À ESTIMULAÇÃO PRECOCE NA REDE REGULAR DE ENSINO
Data da apresentação 24 /11/2017

O presente trabalho sustenta a imprescindibilidade de a rede regular de ensino possuir uma política pública adequada e efetiva para a educação das crianças com deficiência intelectual na primeira infância. Essa obrigação deriva do constituinte de 1988, bem como, da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, ratificada pelo Decreto nº 6.949/09, com status de emenda constitucional. Para tanto, apresenta o novo conceito de pessoa com deficiência intelectual e os desafios históricos e culturais suportados pelas pessoas com deficiência e crianças, ao longo do tempo. Nesta análise, com parâmetro no ordenamento jurídico parte do pressuposto que a educação inclusiva, das pessoas com deficiência, na rede regular de ensino é um comando constitucional, com desdobramento nas legislações atinentes ao tema. Desta maneira, constata que a estimulação precoce das crianças na primeira infância, com deficiência intelectual, na rede regular de ensino é determinante para um futuro promissor e digno de desenvolvimento e aprendizagem destas pessoas. A pesquisa conclui que se trata de um direito fundamental decorrente do direito à educação prevista no art. 6º, caput, da Constituição Federal de 1988 e no art. 24 da Convenção Internacional - Decreto nº 6.949/09.

Mestrando(a) Henrique de Almeida Prado Franceschi
Orientador(a) Dr. José Roberto Anselmo
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema NORMAS INDUTORAS NO SISTEMA BRASILEIRO DE PROMOÇÃO DO DIREITO SOCIAL À MORADIA BAURU/SP 2017
Data da apresentação 24 /11/2017

O tema direito social à moradia é o objeto de estudo deste trabalho, especificamente os instrumentos colocados à disposição pelo Estado para a concretização do acesso do cidadão a tal direito. É assunto relevante em qualquer civilização, mas ganha especial importância no Brasil diante da Constituição Federal de 1988 em face da sua íntima e histórica conexão com a família, base da sociedade e o papel dignificador do ser humano, em implementação de um dos fundamentos constitucionais. A dissertação se inicia com o esclarecimento da natureza jurídica do direito social à moradia no ordenamento jurídico brasileiro e o reconhecimento constitucional como direito fundamental. Desenvolve-se, em seguida, pela apresentação de diversas modalidades de conformação legislativa que têm a pretensão convergente de pavimentar para o cidadão o caminho da autoconcretização do direito à moradia. O Estado brasileiro optou majoritariamente pelo estabelecimento de normas indutoras e sanções positivas que criam um ambiente propício à conquista do direito à moradia, mediante o autodesenvolvimento dos cidadãos. Com a finalidade de analisarmos o tema utilizamos o método dedutivo, demonstrando através da pesquisa os meios utilizados pelo Estado brasileiro para efetivação do direito à moradia.

Mestrando(a) Alyne Yumi Konno
Orientador(a) Dr. José Roberto Anselmo
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema A FILIAÇÃO SOCIOAFETIVA E O SISTEMA NOTARIAL E REGISTRAL BRASILEIRO
Data da apresentação 24 /11/2017

O tema da filiação socioafetiva é o objetivo de estudo deste trabalho, especificamente no tocante à atividade notarial e registral brasileira. A relevância do tema decorre da recente decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal nos autos do Recurso Extraordinário nº 898.060/SP, em 22 de setembro de 2016, que reconheceu a possibilidade de concomitância da filiação biológica com a socioafetiva, denominada pela doutrina como "multiparentalidade". A dissertação inicia discorrendo acerca da evolução da família na história da humanidade e o conceito atualmente apresentado pela doutrina. Ainda, analisando os princípios aplicáveis ao presente tema, realiza um estudo constitucional acerca do tratamento da filiação e da parentalidade em geral. Em sequência, apreciando o afeto e os requisitos para a configuração de uma filiação socioafetiva, o presente trabalho aborda o exercício da paternidade responsável e a incidência do princípio do melhor interesse da criança. Por fim, é abordada a atividade notarial e registral brasileira, analisando-se o âmbito de incidência da filiação socioafetiva no Registro Civil das Pessoas Naturais e no Tabelionato de Notas, ressaltando sua importância como eficientes instrumentos de desjudicialização e desburocratização.

Mestrando(a) Alexandre Mateus de Oliveira
Orientador(a) Dr. Silvio Carlos Alváres
Área de Concentração Sistema Constitucional de Garantia de Direitos
Tema O REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS E SEU RELEVANTE PAPEL NA CONSECUÇÃO DA CIDADANIA E NA DESJUDICIALIZAÇÃO DAS QUESTÕES DE FAMÍLIA
Data da apresentação 22 /11/2017

O objetivo do presente trabalho é demonstrar que o Registro Civil das Pessoas Naturais é a sede inata para tratar de questões ligadas à família, especialmente aquelas referentes à desjudicialização das relações familiares. Por meio do método dedutivo, utiliza-se o sistema de pesquisa bibliográfica e de pesquisa teórica, pela relativa extensão do conteúdo conceitual e bibliográfico pesquisado. De modo complementar, adota-se a técnica de pesquisa documental, com base em projetos normativos e instrumentos notariais e de registros aplicáveis à demonstração das hipóteses aventadas. O ponto de partida desta dissertação é o fundamento constitucional da atividade extrajudicial, consubstanciada nos serviços públicos notariais e de registro, popularmente conhecidos como "cartórios", bem como a evolução histórica dessa atividade, desde os primórdios da humanidade até os dias atuais. Passa-se ao estudo mais detido sobre o Registro Civil das Pessoas Naturais e seu relevante papel na consecução da cidadania, da dignidade da pessoa, e na efetivação de direitos fundamentais. Analisa-se a crise do sistema de justiça, sobretudo diante do abarrotamento do Poder Judiciário que, também por essa razão, não consegue cumprir de maneira eficiente sua função precípua de proporcionar pacificação social o que, consequentemente, acaba incrementado o congestionamento de demandas, configurando um ciclo vicioso. A partir dessa constatação, e em resposta a uma demanda crescente e invencível de processos, procede-se à análise do fenômeno da desjudicialização, especialmente quanto às relações familiares, nas quais a figura do oficial de registro civil, legalmente dotado de fé-publica, por meio dos princípios e finalidades que orientam sua profissão jurídica, pode contribuir decisivamente para a desburocratização e democratiza