O professor da ITE Botucatu, Luiz Cláudio, escreveu um artigo sobre o perfil do profissional no século XXI, uma reflexão importante sobre o tema. Ele é especialista em MBA em Gestão Recursos Humanos, formado em Administração de Empresas.
É comum nesta época fazermos reflexões e analisarmos como vivemos o ano que passou, fazer um balanço das promessas cumpridas e das que se perderam no caminho. É comum, também, os programas de TV compilarem em uma única edição os escândalos políticos, as catástrofes naturais, as celebridades e os famosos que marcaram o ano.
Não posso reclamar, particularmente 2017 foi um ano de muitas conquistas e realizações, mas houve alguns fatos que me deixaram impressionado e preocupado. E o maior deles é o fanatismo e a falta de raciocínio que se fez presente nas discussões públicas e cotidianas sobre os mais variados assuntos. Desde os debates sobre política a cultura imperou um dualismo radical onde a opinião própria é imposta sem a menor fundamentação até que a outra parte se cale (vencida pelo cansaço), sem a oportunidade de argumentar ou mostrar o seu ponto de vista.
Discussões fundamentadas em raciocínio raso que denunciam a falência da educação em nosso país e a baixa frequência dos indivíduos em leitura. E ao fim, a falta de respeito e de informação que não acrescenta em nenhuma das partes e nem contribui para a solução do problema em questão, ou seja, perdemos a capacidade de aceitação e de compreensão do outro. E isso não é bom se levarmos em conta que o ser humano não é uma ilha, que dependemos de estranhos para alcançar nosso sustento (patrão, aluno, cliente etc) e que a conexão com o outro é uma necessidade fisiológica assim como comer e beber.
Conforme Melo (2017) flexibilidade, empatia e equidade são qualidades que serão diferenciais para os profissionais no próximo ano, além de se tornarem características para o século XXI.
A flexibilidade permite que o indivíduo rapidamente se adapte e consiga atender as demandas provocadas pela rápida mudança de cenário se mantendo interessante e necessário para o mercado que compõe. Atualmente vivemos num ambiente em que a mudança tem presença permanente e que o desenvolvimento tecnológico encolheu tanto o espaço quanto o tempo. A prova disso está na facilidade de adquirir produtos importados sem ter de viajar e a rapidez em que computadores e celulares se tornam obsoletos.
A Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, entender seus sentimentos e compreender suas atitudes. Além de harmonizar e melhorar relações sociais e afetivas, ao exercitar essa virtude com clientes, por exemplo, se torna um fator competitivo, pois traz a oportunidade de surpreendê-los e fidelizá-los por conhecê-los bem.
A equidade consiste no senso de justiça, ou seja, leva em conta e valoriza as diferenças na relação com o outro. É ter a consciência de que ser diferente não torna a pessoa maior ou menor que as demais, mas que necessita daquilo que condiz com suas reais características, ou seja, equidade é a habilidade em lidar com a variedade.
Os profissionais (independente de cargo ou hierarquia que ocupam) deverão romper a barreira que o isola do outro para obter bons resultados.
E para finalizar quero dividir uma das lições que 2017 me ensinou: na vida nós podemos escolher entre ter razão e ser gentil, mas que na maioria das vezes ser gentil é o melhor caminho.
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